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sexta-feira, julho 30, 2010

I'LL BE BACK
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O número de visitas ao Desanuviando caiu drasticamente nestes dias em que estive ausente, mas 24 fiéis leitores continuaram vindo aqui diariamente. Vocês me comovem! Acho até que vou jogar no bicho!
Em consideração a vocês, venho aqui dizer que eu ainda volto. Não sei quando, até porque as próximas semanas continuam com muita labuta, sob sol de rapina (brincadeira: é "sol a pino"; só dei uma de Lula pra ver se vocês estavam atentos!), mas a inspiração começa a voltar. E a sensação é a mesma de quando você está em uma festa e toca uma música contagiante, dessas que te fazem levantar, correr para o meio do salão e mexer todo o corpo. Ai, que delícia!
Até breve, queridos!
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p.s.: em vídeo, meu estado de espírito se traduziria assim:

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quarta-feira, julho 21, 2010

Julho é mesmo o meu mês do silêncio
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Estava escrevendo um post longo, inspirado, mas, não sei o que fiz, apaguei tudo. Repito: tu-do! Desanimador...
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terça-feira, julho 06, 2010

OS VENTOS ME DIZEM:
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"Julho é o mês da introspecção, do silêncio, da paciência".
Então, caros leitores, volto em breve.
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domingo, julho 04, 2010

QUE DELÍCIA OUVIR ESTA REBELDIA DECLAMADA ASSIM:
(agradeço ao amigo que me enviou! Poema de José Régio, declamado por João Villaret.)
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Para acompanhar, aqui está o poema de José Régio:
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Cântico negro
José Régio


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


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