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terça-feira, dezembro 16, 2014

O VENTO em 2014 



O sensitivo disse que veio a imagem do "vento". A brisa boa passando. Levando e trazendo. Coisas boas e não tão boas passando, como num filme. Falou que dá a sensação de juventude, quando a vida está no ápice da expansão. Não está parada. Está se desenrolando. Gerúndio, que é o contínuo. Crescendo. Aprendendo. Vivendo.
Então este foi o meu elemento de 2014: O VENTO.
Me lembrei de quando conheci o I-CHING pela primeira vez. Faz uns 16 anos. E a imagem foi a do vento. Que vem aos poucos, vai conquistando aos poucos. Acho que preciso me resignar a essa imagem. O meu vento é o suave. É a brisa morna, que dá gosto de sentir no rosto. Mas vem devagar, sem arrebatamento. Eu só preciso ter paciência e içar as velas. Me entregar ao vento suave e deixar que ele me leve...

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Ano de poucos posts. Aliás, de quase nenhum post. Não senti vontade. Também não briguei com isso. Há uma corrente passando por baixo do mar parado. O momento é de aceitação. Há tempo para tudo. Até para o silêncio (que pode significar: alegria, tristeza, angústia, esperança, ansiedade, insônia, resignação, confiança, redenção, paz. Tudo isso.) 

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Mas quero levar para 2015 a imagem do músico desengonçado. 
Comentei com ele que, quando ele se sentou ao meu lado, fiquei com vontade de cantarolar a música "Oh, happy day". Ele disse:
- É porque estou sempre cantando. Tenho meus momentos difíceis, mas transformo tudo em música.

Independente do que virá, quero ser capaz de transformar tudo em música. Quer dizer, me contento em ser capaz de cantarolar, porque não sei criar música. Mas sei apreciar.

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Além do vento, 2014 foi um ano de retornos. Retorno à Jane Austen (a digníssima!), retorno à dança, retorno à literatura, retorno à intuição. 
E estou terminando o ano com um ótimo livro: DO QUE EU FALO QUANDO EU FALO DE CORRIDA, de Haruki Murakami.
Algumas lições do grande romancista japonês para este fim de ano:

- "Por ora tudo o que está a meu alcance é postergar quaisquer juízos minuciosos e aceitar as coisas como elas são. Assim como aceito o céu, as nuvens e o rio."

-  "(...) é precisamente por serem diferentes umas das outras que as pessoas são capazes de criar seus próprios eus independentes."

- "Então o fato de que eu sou eu e nenhum outro é um dos meus maiores recursos."

- "(...) vamos ser francos: o mundo não é justo. Mas mesmo numa situação injusta, acho que é possível buscar uma espécie de justiça. Claro, isso pode demandar tempo e esforço. E talvez aconteça de não parecer valer a pena tanto trabalho. Cabe a cada um decidir se sim ou não."

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E por falar em música, esta é a música que está embalando o meu fim de ano. Quando toca no carro da madame, ela tem vontade de dançar no banco de trás, enquanto o motorista, no banco da frente, fica batucando no volante. Só por essa imagem, a música já me contagiou!




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