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quarta-feira, janeiro 20, 2010

TEMPORARIAMENTE FORA
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(do Henri Matisse)
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segunda-feira, janeiro 18, 2010

CONSELHO que meu namorado deu para a irmã dele:
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- Toda mulher deveria ler Jane Austen.
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sábado, janeiro 16, 2010

FILMES QUE FALTA EU COMENTAR: RAN
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Daqueles filmes que eu gostaria de ver (ver post do dia 29 de novembro de 2009), já consegui assistir a O TERCEIRO HOMEM e RAN.
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Com relação a O TERCEIRO HOMEM, o comentário que um amigo me enviou fala por mim. O filme é realmente muito bom. Vai conduzindo o espectador por um suspense crescente. E há algo que chama a atenção: os diálogos dos filmes antigos eram muito mais ricos. Os personagens pensavam antes de falar, e pronunciavam frases mais elaboradas, não apenas os "fuck you" dos filmes de hoje. E o ponto alto do filme, o tchan dele, é quando aparece o Orson Welles pela primeira vez. Ali na sombra, sua cara de cínico é impagável. Dá vontade de rever essa cena.
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Quanto ao RAN...Bom, vamos lá. As imagens são belíssimas, o figurino está ótimo, é um filme do grande Kurosawa...mas eu não agüentei. Fui até o final do filme só para ver como ia terminar, mas fiquei com vontade de cometer um harakiri. Me desculpem os orientais se disser alguma besteira, mas gostaria de saber se é preciso ser um oriental pra entender o filme. O filme SONHOS, do Kurosawa, é um dos meus favoritos, mas este filme, o RAN... o que é isso? O filme mostra um pai e três filhos. Se um filho faz uma rebeldia pro pai, este se vira de costas e diz: Nunca mais quero olhar para você. O que é isso?? Daí tem desgraça atrás de desgraça, um irmão passando a perna no outro, uma cunhada pedindo a cabeça da outra criada... Tem filmes que só mostram desgraceira, mas que são bons. Mas este... Deve estar além da minha compreensão. Talvez esse drama que aparece em RAN seja o ponto alto do filme, mas é um drama tão seco, tão sem o "vamos-conversar-pra-tentar-melhorar", que fui ficando agoniada. Por isso que me passou pela cabeça que talvez seja necessário ter uma cabeça de oriental para compreender os comportamentos dos personagens. Mas se eu estiver equivocada, então peço que alguém me corrija e venha me explicar melhor o filme.
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Durante o filme RAN, quando estava começando a compreender por que o harakiri surgiu onde surgiu, uma música veio me salvar, me lembrando de pequenos prazeres da vida, alguns cheiros remotos - e saborosos - e da luz que tanto me fascina. É uma música que eu sabia que vinha de algum filme, mas não lembrava qual. Até que me veio à memória: do filme UM BOM ANO (ver post do dia 10 de abril de 2009), num jantar de Max com Fany. Ouçam:
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A esse respeito, comento mais no próximo post.
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segunda-feira, janeiro 11, 2010

TENHO PENSADO NO GARY COOPER
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Não, não estou apaixonada por ele. Tenho pensado nesse ator por causa de dois filmes em que ele atuou: BEAU GESTE e MATAR OU MORRER.
Em ambos os filmes, seus personagens se sacrificam - sozinhos - por um bem maior. Em BEAU GESTE, ele se sacrifica, mas sem contar para ninguém. Só descobrimos o seu 'bonito gesto' no final. Em MATAR OU MORRER, ele se sacrifica sozinho, mas porque a cidade inteira ficou com medo de enfrentar os bandidos que estavam chegando (embora fosse necessário fazer algo). E o personagem de Gary Cooper era o xerife. Se ele fugisse, a cidade inteira estaria perdida. O problema é que ele precisaria de ajuda para enfrentar os bandidos, mas ninguém o ajuda; todos ficam com medo, tiram o corpo fora. Então Cooper, com toda a sua coragem e seu senso de dever, se prepara para enfrentar o perigo.
O final de Beau Geste, não conto para não estragar. Já o final de MATAR OU MORRER é favorável ao herói. Mas o personagem de Cooper fica tão desgostoso com a cidade que resolve abandoná-la. E minutos antes de entrar no trem que o levará para longe, ele cospe no chão da cidade que se acovardara. (*)
Digo que tenho pensando no Gary Cooper por causa desses filmes, pois quando os assisti me perguntei se esses atos heróicos seriam praticados ainda hoje. O que podia ser um nobre sacrifício naquela época não seria considerado tolice em nossos dias? Porque se para coisas pequenas, como minha vaga no estacionamento, minha nota na faculdade etc, o pensamento que predomina é "dane-se os demais; eu quero é safar o meu", o que se poderia esperar de uma situação em que a liberdade e a vida (ou seja, situação que exige muito mais brio) estão em jogo? Cooper precisaria de muita saliva para cuspir em solos acovardados.
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(*) Na Bíblia, acho interessante o seguinte conselho que Jesus dá a seus apóstolos: Nas cidades ou aldeias onde entrardes, informai-vos se há alguém ali digno de vos receber; fica ali até a vossa partida. Entrando numa casa, saudai-a: Paz a esta casa. Se aquela casa for digna , descerá sobre ela vossa paz; se, porém, não o for, vosso voto de paz retornará a vós. Se não vos receberem e não ouvirem vossas palavras, quando sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi até mesmo o pó de vossos pés. (Mt 10, 11-14) A minha bíblia explica que esse ato de sacudir o pó dos pés é "costume judaico que significa que daí em diante se rompiam quaisquer contratos ou relações."
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domingo, janeiro 10, 2010

POST ESTRANHO
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Cães famintos que impedem as pessoas de subir ou descer pelas escadas. Desencontro. Dê carne aos cachorros e foge. Cobranças. Caridade. Caridade. Caridade. Chuva fortíssima - machuca, depois refresca. Banho de mar. Maçã podre boiando nas águas do mar. Maçã vem, maçã vai. Mais chuva. Ah, banho de mar! Bola de plástico vermelha boiando nas águas do mar. Bola vem, bola vai. Regozijo. Canga rasgada. Reencontro. Sorriso para a criança. Abraço da criança. Silêncio. Choro. Abraço. Consolo. Aperto no peito. Lamentos. Do Pixinguinha. Esperança vem, esperança vai. Esperança, vem! O que significa cães grandes e famintos em sonho? Confia, please!!! Carinho que enternece. Ternura que transborda. Confia. Confia. Passa a chuva. Aquece o coração. Foi tanta água - chuva, mar e choro -, que as ruas continuam alagadas.
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quinta-feira, janeiro 07, 2010

AVISO
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Vou colher (mais) uns instantes ao mar e já volto.
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terça-feira, janeiro 05, 2010

MUITO FÁCIL VIRAR LORD!
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Lendo Jane Austen? Indo para uma escola de etiquetas? Que nada! É só comprar o título!
Foi o que vi anunciado em um site. Dizia:
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Become a Lord/Lady - for just £29,99!
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Mas infelizmente não vi nenhum site vendendo educação ou gentileza.
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segunda-feira, janeiro 04, 2010

O CONHECIMENTO
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Quando fazia letras, algo que me chamou a atenção foi ver colegas minhas falando que "não iam mais se matar de estudar". Isso porque tínhamos alguns professores com muitos conhecimentos, mas tão complicadinhos na vida. Então, o raciocínio que algumas colegas faziam era: "eles são assim porque só se dedicam aos estudos." Pior que esses professores até davam essa impressão - além de vários problemas sérios na vida pessoal, viviam fazendo intrigas, um falando mal do outro, um querendo saber mais que o outro etc -, mas felizmente conheci gente fora das universidades muito mais inteligente que nossos professores e que não eram complicados. Então os "mestres" não deviam ser complicados por causa dos estudos, mas por outra coisa. O que também nos faz pensar que o estudo só para ter diplomas, reconhecimentos e regalias do CNPQ não nos leva a nada; pelo contrário: pode até complicar nossas vidas, "arrombar" nossas famílias etc.
Lendo um trecho do pequeno grande livro IMITAÇÃO DE CRISTO (que, ao que tudo indica, foi escrito em 1441), encontrei uma possível resposta para aquela dúvida que tínhamos no curso de letras com relação aos estudos:
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Toda a perfeição, nesta vida, é mesclada de alguma imperfeição, e todas as nossas luzes são misturadas de sombras. O humilde conhecimento de ti mesmo é caminho mais certo para Deus que as profundas pesquisas da ciência. Não é reprovável a ciência ou qualquer outro conhecimento das coisas, pois é boa em si e ordenada por Deus; sempre, porém, devemos preferir-lhe a boa consciência e a vida virtuosa. Muitos, porém, estudam mais para saber, que para bem viver; por isso erram a miúdo e pouco ou nenhum fruto colhem. (Livro Primeiro, Capítulo 2, Versículo 4)
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domingo, janeiro 03, 2010

CHÁ COM JANE AUSTEN 2010 E JANE EYRE
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Para quem vai entrar no Chá com Jane Austen este ano, eis o calendário que vamos seguir:
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JANEIRO: JANE EYRE, Charlote Bronte

FEVEREIRO: PERSUASÃO. Jane Austen

MARÇO: O MORRO DOS VENTOS UIVANTES, Emily Bronte

ABRIL: EMMA, Jane Austen

MAIO: RETRATO DE UMA SENHORA, Henry James

JUNHO: MANSFIELD PARK, Jane Austen

JULHO: GRANDES ESPERANÇAS, Charles Dickens

AGOSTO: ORGULHO E PRECONCEITO, Jane Austen

*** SETEMBRO: CREPÚSCULO, Stephenie Meyer ou: OS MISTÉRIOS DE UDOLFO, Ann Radcliffe ***

OUTUBRO: A ABADIA DE NORTHANGER, Jane Austen

NOVEMBRO: A MORADORA DE WILDFELL HALL, Anne Bronte

DEZEMBRO: RAZÃO E SENSIBILIDADE, Jane Austen

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Intercalamos uma obra da Jane Austen com uma obra de outro escritor para atender tanto aos que entraram no começo do grupo quanto aos que entraram ou vão entrar depois.

Agora começamos com o livro Jane Eyre, e este é o email que já enviei para o grupo:
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Assim começa nosso livro de janeiro:

Naquele dia não fora possível um passeio. É verdade que pela manhã, durante uma hora, tínhamos brincado sob o arvoredo nu. Mas, desde o almoço (quando a senhora Reed estava sem hóspedes almoçava muito cedo) o vento frio do inverno trouxera nuvens tão carregadas e uma chuva tão penetrante que o sair lá fora havia sido posto fora de cogitações. (da Editora Itatiaia, tradução: Waldemar Rodrigues de Oliveira)

Em um livro de literatura inglesa que tenho aqui em casa, encontrei isto:

Charlotte Brontë (1816-1855), que admirava Thackeray, dedicou seu romance "antithackeriano", Jane Eyre, a ele. Nesta história de uma governanta que se apaixona por seu patrão, casado com uma mulher louca, verificamos uma paixão que não se encontra nem em Thackeray nem em Dickens, uma genuína história de amor de grande realismo, cheia de observações agudas e a que não falta espirituosidade. Esta história, com suas cenas de amor bastante francas, foi como uma bomba. (A LITERATURA INGLESA, de Anthony Burgess; editora Ática)

Boa leitura a todos!
Rebeca

sábado, janeiro 02, 2010

ANO NOVO E NOVIDADE NO DESANUVIANDO
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Depois que o meu antigo banner do Desanuviando desapareceu, fiquei com vontade de fazer um novo. Mas não me vinha nenhuma idéia. Até que, revendo umas fotos antigas, me lembrei de uma tirada em um dia de luz rara, aquela luz de que tanto gosto. A foto foi feita na janela da casa de uma amiga, e eu só a tirei porque quis ajudar a memória a conservar as impressões que aquela luz me causou.
O banner antigo (estava comigo desde 2004), para quem não lembra mais, tinha esta imagem de Daniel Garber:
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(Orchard Window)
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O novo banner, como vocês podem ver, tem esta imagem:
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Além da luz especial daquele dia, aparece o mar. Para mim, não há nada mais desanuviante que o mar. Poder olhar ele sempre é um grande desejo meu - e motivos de paz e alegria.
Lembro de ter lido o John O'Donohue sugerir que contemplemos as ondas do mar quando estivermos com algum problema aparentemente sem solução. O vai-e-vem da água, parece, tem o poder de ir esclarecendo as coisas e nos deixar prontos para solucionar qualquer coisa.
A todos os leitores do Desanuviando, convido para que venham contemplar o mar junto comigo.
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p.s.: por enquanto, o banner ficará assim, grandinho. Depois penso em diminuí-lo.
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sexta-feira, janeiro 01, 2010

UMA REFLEXÃO DE ANO NOVO
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Ouvi os áudios que um amigo gravou para mim sobre a TIP (Terapia de Integração Pessoal). Essa terapia me pareceu interessantíssima por vários motivos: dura menos tempo que outras terapias, descobre e trata problemas que às vezes vêm de gerações na família, dentre outras coisas. Volto a falar nela em um outro post mais específico. Hoje apenas transcrevo uma frase que ouvi da psicóloga que fala no áudio:
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SOFRIMENTO É O POSICIONAMENTO ESCOLHIDO.
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