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terça-feira, setembro 29, 2009

LINDA CONSTRUÇÃO:
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O que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível. (Adélia Prado)
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(poema PARA O ZÉ. Vc pode ler aqui.)
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E hoje é dia dos poderosos do céu: ARCANJOS MIGUEL, RAFAEL E GABRIEL
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O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões - Miguel, Gabriel e Rafael - para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus "mensageiros dos decretos divinos" aqui na terra.

Miguel, que significa "ninguém é como Deus", ou "semelhança de Deus", é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus". É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmoe no islamismo.
Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "cura de Deus", teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.
(Retirado daqui)
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PARA KIKO:
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FELIZ ANIVERSÁRIO! Um dia bossa nova pra ti!
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domingo, setembro 27, 2009

COMENSAIS DA MORTE
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É no Harry Potter que há os 'comensais da morte', né? Pois lembro que quando li a descrição deles, achei-a perfeita. Porque há comensais da morte por toda a parte. Algumas pessoas podem não perceber, porque alguns deles andam bem disfarçados, com roupa normal, com rosto normal; até perfume passam. Mas quando você se aproxima deles, daí se dá conta de que está diante de um comensal da morte: algo frio começa a se aproximar de você. Tudo o que é belo, alegre e esperançoso começa a desaparecer e você fica sem forças para agarrar esses sentimentos. Uma escuridão fica ao seu redor e você se sente fraco. É como se houvesse um abismo na outra pessoa, e esse abismo quisesse te puxar.
Tive uma professora que era assim. Saía das aulas dela pálida e com olheiras. Acho até que perdia peso. Precisei aprender a lidar com esse tipo de pessoa: sinal da cruz na testa, na boca e no coração ("Pelo poder da Santíssima Trindade, Deus, nosso Senhor, livrai-nos de todos os nossos inimigos, Amém"). Não é exagero meu. Uma amiga e eu passamos a fazer isso - e deu certo. A outra técnica, aprendi um tempo depois, no livro do John O'Donohue, quando ele cita Pascal: "em tempos difíceis, devemos manter algo belo no coração". Isso ajuda muito. Quer um exemplo: você está ao lado de um comensal da morte, então se lembra de uns versos da Adélia Prado (*).... ou da luz dourada que aparece de vez em quando. Aliás... essa luz dourada...comensal da morte nenhum é capaz de apagá-la
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(*) Mais um da Adélia, pois estou relendo alguns de seus poemas...
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(...)
Que noite tão clara e quente,
ó vida breve e boa!
A cigarra atrela as patas
é no meu coração.
O que ela fica gritando eu não entendo,
sei que é pura esperança.
(Módulo de Verão)
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quinta-feira, setembro 24, 2009

HOMENS LÊEM JANE AUSTEN, aleluia! (*)
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Esses dias, a Raquel postou o comentário de uma moça dizendo que se casaria com um homem que lesse Jane Austen. Pois quanto aos homens lerem Jane Austen, isso é um assunto recorrente entre os grupos de mulheres austenianas. Porque, nós sabemos, raríssimos homens lêem a digníssima. Uma prova é que o CHÁ COM JANE AUSTEN está com 95 pessoas, e havia apenas 3 homens no grupo. Destes, apenas um continuou participando por um tempo, mas também já abandonou. Em compensação, não pára de aparecer novas leitoras no grupo.
Qual a razão disso? Talvez tenha se criado uma falsa impressão de que Jane Austen é pra mulherzinha. Eu mesma já disse que é pra mulher, sim (vide post do dia 15 de abril de 2009), mas pelos motivos que exponho nesse post. Porém, pela escrita da Jane, pelo seu talento, pelas suas ironias e sutilezas (e por que não?, por uma ou outra pitada de romance que encontramos), ela é uma literatura u-ni-ver-sal. Os homens iriam adorá-la. E mais: poderiam tentar descobrir por que é que adoramos essa escritora.
Falo tudo isso, pois hoje encontrei um colega da faculdade, e ele disse: Estou lendo Jane Austen no original - Pride and Prejudice. Ontem dei várias gargalhadas sozinho quando li sobre a mãe da Elizabeth.
Viram só? É o prazer da leitura que a Jane Austen nos proporciona. E esse amigo já começou bem: logo com Orgulho e Preconceito, que costuma ser o favorito das mulheres.
Homens, precisam de mais um testemunho masculino pra começarem a ler Jane Austen?
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(*) Tá, eu confesso: me lembrei da música It's rainning men....
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p.s. para o boyfriend: a propósito, já terminou Orgulho e Preconceito? tsc-tsc (risadinhas com os botões)
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quarta-feira, setembro 23, 2009

OUTRO POEMA DA ADÉLIA PRADO:
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O outro poema do meu livro que estava com "orelha de burro" na página, hoje percebo que tem ligação com o que postei antes - o ENSINAMENTO. É como se a poetisa tivesse aprendido pelo exemplo da mãe. Veja:
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CASAMENTO
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Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como 'este foi difícil'
'prateou no ar dando rabanadas'
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
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ERA ELEMENTAR, CARO WATSON...

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Acabo de ver o trailer do filme do Sherlock Holmes, previsto para chegar em janeiro. O diretor é Guy Ritchie (o ex-marido da Madonna).
E o que dizer sobre o filme? Hum...pelo trailer fiquei com o pé atrás. Dá pra ver em demasia a direção de Guy Ritchie. Ação demais pro meu gosto. Os filmes antigos do detetive, que vi quando era criança, eram um pouco mais austeros, como era Sherlock Holmes.
Pretendo ver o filme, mesmo assim, mas...sei não...
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MINHA PASSAGEM PELA SCOTLAND YARD...
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Falando em Sherlock Holmes, senti saudade do meu jogo favorito da pré-adolescência: SCOTLANDO YARD. Era viciada, a ponto de desvendar os casos sozinhas quando ninguém mais podia 'brincar'. Pegava os livrinhos e ia seguindo as pistas, tentando deduzir quem matou, por que matou etc. Jogo sensacional. Alguém mais jogou?
Vejam as fotos do jogo e compartilhem este momento nostalgia...

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Scotland Yard é um jogo de dedução e raciocínio que simula os processos de investigação normalmente usados na realidade. São 120 casos para você desvendar. Não perca tempo! Anote todas as informações que conseguir. No final, separe os fatos circunstanciais dos essenciais. Mas atenção: os outros participantes também estão em busca das respostas. Assuma o papel de Sherlock Holmes e viva as emoções de um verdadeiro detetive! (daqui)
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segunda-feira, setembro 21, 2009

MAIS ADÉLIA PRADO
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Como soube que mais gente gostou do poema da Adélia Prado, resolvi transcrever outros poemas dela. Tenho um livro seu - POESIA REUNIDA - que comprei em 2001. Ele tem, inclusive, uma dedicatória da própria Adélia Prado (a-hã...). Está assim: Rebeca, pra você esta poesia e meu desejo de alegria. Adélia Prado. Ou seja, é um dos meus xodós na estante de casa.
Peguei-o hoje para dar uma folheada e notei que havia dois poemas em que a lateral superior da página está com "orelha de burro". Sei que gostei de vários poemas na época em que os li, mas, curiosamente, só dois estão marcados.
Como continuo gostando (muito) deles, hoje transcrevo o primeiro; no próximo post, transcrevo o segundo.
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ENSINAMENTO
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Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
'Coitado, até essa hora no serviço pesado'.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
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domingo, setembro 20, 2009

LI EM UM PPS:
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Os mestres podem abrir a porta, mas só você pode entrar.
(Provérbio chinês)
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Interessante que nos caminhos da cura é assim. O passo fundamental é você querer "entrar". John O'Donohue comenta em um de seus livros algo que deveria nos fazer pensar: na Bíblia, lemos que Jesus, antes de curar qualquer pessoa, perguntava: "Quereis ser curado?", ou então "testava" a pessoa, vendo se ela insistiria pela cura. Quando a pessoa respondia que queria ser curada, daí Ele dizia: "Vai em paz, tua fé te curou".
É de se pensar, né? Ele, o 'poderosão', que poderia chegar curando todo mundo, só curava quando a pessoa queria ser curada.
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sábado, setembro 19, 2009

"EU PODIA ESTAR ROUBANDO, EU PODIA ESTAR MATANDO, MAS ESTOU AQUI..."

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(Foto tirada por minha amiga Anna Paula. Segundo ela, foi o único vira-lata que ela viu em Londres. Eu tinha que postar isso!)
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sexta-feira, setembro 18, 2009

OS PORNÔS
Aos meus avós
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Contei ontem aos amigos da sala; conto hoje aos amigos do Desanuviando.
Faz uns dias, estava conversando com os meus avós sobre filmes que estão passando no cinema. Meu avô perguntou se eu já tinha visto um, chamado "Se beber, não case". Eu disse que não por causa do título; me pareceu um desses filminhos idiotas de adolescente norte-americano. Mas meu avô disse que o filme é bom; que ele gostou bastante. Que valia a pena.
Nessa hora, minha avó interrompeu e falou:
- Pois é, seu avô gostou. Eu até fiquei preocupada porque apareceram uns pornôs e eu achei que ele não ia gostar. Mas ele riu o filme todo.
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quinta-feira, setembro 17, 2009

FALANDO SOBRE ABÓBORAS,
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minha fada madrinha disse:
- Ninguém nasceu pra ser vaquinha de presépio.
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quarta-feira, setembro 16, 2009

"ELA DESATINOU" (*)
Para K.
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Ela desatinou. Brigou com seus dragões, jogou fora fungos a teias de aranha de sua alma. Abriu janelas. Muitas. (Algumas eram guardadas pelos dragões.). Floriu seu lar. Amou. Pediu: "Deus, me ajude (, pelo amor de Deus!)".
E o vento soprou, cantando a sorte que a joaninha anunciara.
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(*) Voltando às encruzilhadas da vida - ou doida ou santa. Mas a "minha" desatinada (bastante sensata), pra ficar mais parecida com a desatinada "do Chico", precisa de um último acréscimo: "E o vento soprou, cantando a sorte que a joaninha anunciara, enquanto os dragões ficaram chorando porque sofrem - quando desatinam a pessoa, esta já não quer mais saber de seus jugos". Veja:
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p.s.: Mesmo assim, a minha "desatinada" continua sendo diferente da "desatinada" do Chico. (E não, não fui eu que desatinei; ainda não precisei desatinar dessa forma... Mas apoio quem está desatinando. Só agora está se libertando dos dragões que a (o) encarceraram por todos estes anos.)

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domingo, setembro 13, 2009

O QUE HAVIA PROMETIDO:
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Um amigo enviou um texto do filósofo espanhol Julián Marías sobre o Maigret, de Georges Simenon.
Destaco alguns textos por responderem à minha pergunta quando li Maigret pela primeira vez: Como que um homem de vida tão complicada (me refiro à vida de Simenon) consegue escrever um personagem tão legal e tão "normal"?
Julián Marías dá sua opinião:
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(...)
Las novelas de Maigret(...). Novelas "policíacas", tratan de crímenes y de los esfuerzos del comisario para descubrir a los autores, detenerlos y - esto es una observación suya - no juzgarlos, tarea reservada a los jueces. En todo caso, se trata de delitos, en su mayoría asesinatos que merecen y suelen recibir castigo. Sin embargo, estas novelas, a diferencia de las otras, son casi siempre luminosas, alegres, llenas de aguda observación, complacencia en diversas formas de humanidad, comprensión, compasión. ¿Cómo es posible?
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La razón de ello es la personalidad de Maigret, e en cierto modo de su mundo próximo. Maigret es de una bondad extremada. De pulcritud moral sin falta, de conducta escrupulosamente recta, de absoluta limpieza económica, de ejemplar castidad, de fidelidad sin excepción a la encantadora Mme. Maigret, de poco relieve aparente en los libros, pero bien conocida y entrañable para todos los lectores. Maigret tiene simpatía por las personas, le parecen en principio estimables, aunque es implacable ante el crimen, que no debe quedar impune.
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Trata de comprender todo, se interesa por la humanidad con la que ha de habérselas, vive intensamente los lugares en que se mueve, no solo París, sino una enorme diversidad de lugares. En cuanto a París, lo que ha aportado a sua conocimiento e interpretación: el París del siglo XX, sobre todo en su parte central, es único, comparable al de Balzac, sin duda más rico e inmediato.
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Daí Julián Marías fala sobre umas anotações autobiográficas de Simenon e comenta:
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(...)
Los hechos, las proezas, las riquezas, ocultan al autor, al sujeto de todo ello. Lo que no se encuentra - lo que no he encontrado - es la persona del hombre llamado Simenon. Tengo la impresión de que algo se interpone entre ella y los hechos narrados. Ni siquiera la relación con su hija y la muerte de ésta llegan a la cercanía que sería necesaria. Esto me ha hecho pensar en la relación entre Simenon e Maigret. Pienso si acaso éste fue el ideal de Simenos, la figura admirada y querida, la que acaso hubiera querido ser; tal vez la que hubiera debido ser. Acaso Simenon tomaba de vez en cuando vacaciones de sí mismo, del personaje que a fuerza de dotes, talento y éxito había llegado a ser y refugiarse en su criatura genial, aquella en la que había puesto lo que le parecía más estimable, más deseable.
(...)
(SIMENON Y MAIGRET, de Julián Marías. O texto completo você lê aqui)
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E O POEMA QUE HAVIA PROMETIDO ERA ESTE:
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A SERENATA
(Adélia Prado)
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Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito o exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos -
só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
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sexta-feira, setembro 11, 2009

PENSANDO SOBRE MUDANÇAS...
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Por que a gente muda ou por que pensa em mudanças?
Provavelmente pra vislumbrar algo diferente do que está vislumbrando no momento.
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quinta-feira, setembro 10, 2009

Medidas de segurança?
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Ia copiar e colar um poema e uns trechos de um texto que me enviaram hoje. Não estou conseguindo. Então, final de semana, copio, letra por letra, o que me mandaram, e que quero compartilhar com vocês. (É surpresa!)
Aguardem!
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Sobre os versos da Adélia Prado, que já renderam alguns comentários, digo: há tempos queria postá-lo. Adoro pensar que, para algumas mulheres, em determinado ponto de suas vidas, haverá uma encruzilhada: e agora? viras santa ou viras doida? E acho que essas encruzilhadas é que podem esconder uma salvação.
No meu caso, talvez por ainda ser jovem (essas encruzilhadas aparecem depois dos quarenta)(*), acho que estou mais pra pêndulo: de vez em quando estou santinha, de vez em quando estou doidinha. Hoje, especificamente, acho que estou mais doidinha. Amanhã? Quem sabe?
Sobre isso, também, me lembrei de um episódio narrado por John O'Donohue em um de seus livros. Vou procurá-lo com calma e postar aqui no fim de semana.
Beijos!
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(*) Como sei? Meus botões, que muito observam, me disseram que é assim.
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quarta-feira, setembro 09, 2009

FÉRIAS DO GABINETE...
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No post de 1. de junho de 2004, transcrevi uma declaração de Alexandre Dumas.
Ele ouvira Victor Hugo confessar que só lia os seus livros. Então, por consideração, declarou:
- Se eu não escrever, que livros Victor Hugo lerá?
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Pois estou numa situação assim (*). O gabinete onde minha amiga trabalha está de férias, e ela, não tendo o que fazer, começou a ler o Desanuviando. É a segunda pessoa que começa a ler o meu blog por não ter nada o que fazer. Então, a essas pessoas, peço desculpas por estar com o blog meio paradinho, mas prometo que vou retomá-lo.
Como disse a essa amiga e nova leitora: um blog não deixa de ser um diário, ainda que mais discreto, e isso limpa a alma. É gostoso ter sempre uma desculpa - e um tempinho - para vir até aqui.
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(*) Tsc-tsc, menos, menos...
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Mas se o blog é um reflexo de quem o escreve, aqui "fora" também estava sem palavras. Mas porque estava sem voz, literalmente.
Isso trouxe um lado bom: fiz uso de um livro que ganhei do Kiko: O PODER DAS ERVAS. Preparei uma receita especial (**), contendo alho, alecrim, limão, anis-estrelado, asa de morcego (Brincadeira! Esse último ingrediente não). Senti como se invocasse velhas ancestrais das florestas (algumas delas queimadas, tadinhas). E não só senti como se as invocasse como senti uma vontade enorme de ter um jardim com todas essas ervas vitais. (E também de ter o meu próprio lar, com um cômodo especial, que cheire a lavanda, jasmin ou laranjeira, conforme o anjo que o venha visitar.)
Há algo de mágico no preparo de um chá. E quando você o toma e vê que sua voz está voltando, se rende ainda mais a essas pequenas magias.
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(**) Espero que esse chá que preparei não seja alucinógeno. Mas vou confessar: quando o bebo, me sinto transportada a um país velho, frio e escuro (embora não seja sombrio). Até tomo esse chá de olhos fechados. É o gosto dele: de país-velho-frio-escuro.
Já o chá de alecrim, ele puro, tem gosto de sagrado.
Acho que vou começar a praticar essa adivinhação do gosto do chá. Estou notando que alguns chás têm o gosto mais sutil do que aparentam.
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Um dia, acordei pensando no Hanneman (calma, calma, não pensem besteira). Samuel Hanneman foi o criador da Homeopatia. Acordei com o seu nome na cabeça e não conseguia mais tirá-lo. Lembrei que já tinha lido algo a seu respeito nos escritos do Dr. Bach (o dos florais). Pois abri o livrinho que contém os seus escritos bem na página onde aparecia o nome do Dr. Hanneman. Então fiquei com uma vontade enorme de ler os escritos do pai da homeopatia. Encomendei o seu livro (que encontrei em um sebo) no mesmo dia. Ainda não o li por completo, mas é interessantíssimo.
Algo que fez o Dr. Bach se sentir atraído pela homeopatia é que ela leva em conta a personalidade do indivíduo. Um mesmo remédio terá efeitos distintos em pessoas que tiverem diferentes personalidades. Mas pessoas de personalidades afins terão efeitos similares.
Quando a gente começa a observar "por aí", vê que ele tem razão. Sei de duas mulheres (uma não conheceu a outra; e eu só as "conheci" de longe) que sofreram as mesmas coisas na vida: foram traídas por seus maridos, apanharam deles, mas continuaram casadas. Pois bem, uma delas, de tanto sofrimento, teve câncer e morreu. Deixou muita saudade, pois sempre foi amável com todos. Era daquelas pessoas que todos queriam ter por perto. A outra agüentou tudo por causa dos filhos, mas não sem ficar com seqüelas (porque essas coisas deixam seqüela em qualquer mulher): toma mil remédios para mil problemas de saúde, tornou-se uma pessoa difícil em certos aspectos, de vez em quando exaspera os que estã ao seu redor, embora não seja má pessoa.
Em ambos os casos, acho que faltou um Hanneman ou um Bach para ajudar a transfigurar a vida, ajudando-as a dar a volta por cima, com confiança e sem mágoas. E, certamente, uma e outra, apesar de sofrimentos parecidos, teriam tratamentos diferentes.
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Nesse momento, meus botões acabaram de me lembrar uns versos que (parece) são da Adélia Prado:
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Estou no começo do meu desespero: ou viro doida ou santa.
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E se um dia acordei pensando no Hanneman, ontem acordei pensando no John O'Donohue. Como se estivesse ansiando por suas palavras. Então peguei o BEAUTY, e já estou com um problema: não consigo largá-lo.
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Beauty does not linger, it only visits. Yet beauty's visitation affects us and invites us into its rhythm, it calls us to feel, think and act beautifully in the world: to create and live a life that awakens the Beautiful.
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E mais:
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Everywhere there is tenderness, care and kindness, there is beauty. (E alguém tem dúvida disso?)
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VIRGINIA WOLF E JANE AUSTEN:
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Um comentário de Virginia Wolf sobre Jane Austen foi postado lá no CHÁ COM JANE AUSTEN:
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The most perfect artist among women.
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