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quarta-feira, setembro 09, 2009

FÉRIAS DO GABINETE...
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No post de 1. de junho de 2004, transcrevi uma declaração de Alexandre Dumas.
Ele ouvira Victor Hugo confessar que só lia os seus livros. Então, por consideração, declarou:
- Se eu não escrever, que livros Victor Hugo lerá?
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Pois estou numa situação assim (*). O gabinete onde minha amiga trabalha está de férias, e ela, não tendo o que fazer, começou a ler o Desanuviando. É a segunda pessoa que começa a ler o meu blog por não ter nada o que fazer. Então, a essas pessoas, peço desculpas por estar com o blog meio paradinho, mas prometo que vou retomá-lo.
Como disse a essa amiga e nova leitora: um blog não deixa de ser um diário, ainda que mais discreto, e isso limpa a alma. É gostoso ter sempre uma desculpa - e um tempinho - para vir até aqui.
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(*) Tsc-tsc, menos, menos...
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Mas se o blog é um reflexo de quem o escreve, aqui "fora" também estava sem palavras. Mas porque estava sem voz, literalmente.
Isso trouxe um lado bom: fiz uso de um livro que ganhei do Kiko: O PODER DAS ERVAS. Preparei uma receita especial (**), contendo alho, alecrim, limão, anis-estrelado, asa de morcego (Brincadeira! Esse último ingrediente não). Senti como se invocasse velhas ancestrais das florestas (algumas delas queimadas, tadinhas). E não só senti como se as invocasse como senti uma vontade enorme de ter um jardim com todas essas ervas vitais. (E também de ter o meu próprio lar, com um cômodo especial, que cheire a lavanda, jasmin ou laranjeira, conforme o anjo que o venha visitar.)
Há algo de mágico no preparo de um chá. E quando você o toma e vê que sua voz está voltando, se rende ainda mais a essas pequenas magias.
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(**) Espero que esse chá que preparei não seja alucinógeno. Mas vou confessar: quando o bebo, me sinto transportada a um país velho, frio e escuro (embora não seja sombrio). Até tomo esse chá de olhos fechados. É o gosto dele: de país-velho-frio-escuro.
Já o chá de alecrim, ele puro, tem gosto de sagrado.
Acho que vou começar a praticar essa adivinhação do gosto do chá. Estou notando que alguns chás têm o gosto mais sutil do que aparentam.
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Um dia, acordei pensando no Hanneman (calma, calma, não pensem besteira). Samuel Hanneman foi o criador da Homeopatia. Acordei com o seu nome na cabeça e não conseguia mais tirá-lo. Lembrei que já tinha lido algo a seu respeito nos escritos do Dr. Bach (o dos florais). Pois abri o livrinho que contém os seus escritos bem na página onde aparecia o nome do Dr. Hanneman. Então fiquei com uma vontade enorme de ler os escritos do pai da homeopatia. Encomendei o seu livro (que encontrei em um sebo) no mesmo dia. Ainda não o li por completo, mas é interessantíssimo.
Algo que fez o Dr. Bach se sentir atraído pela homeopatia é que ela leva em conta a personalidade do indivíduo. Um mesmo remédio terá efeitos distintos em pessoas que tiverem diferentes personalidades. Mas pessoas de personalidades afins terão efeitos similares.
Quando a gente começa a observar "por aí", vê que ele tem razão. Sei de duas mulheres (uma não conheceu a outra; e eu só as "conheci" de longe) que sofreram as mesmas coisas na vida: foram traídas por seus maridos, apanharam deles, mas continuaram casadas. Pois bem, uma delas, de tanto sofrimento, teve câncer e morreu. Deixou muita saudade, pois sempre foi amável com todos. Era daquelas pessoas que todos queriam ter por perto. A outra agüentou tudo por causa dos filhos, mas não sem ficar com seqüelas (porque essas coisas deixam seqüela em qualquer mulher): toma mil remédios para mil problemas de saúde, tornou-se uma pessoa difícil em certos aspectos, de vez em quando exaspera os que estã ao seu redor, embora não seja má pessoa.
Em ambos os casos, acho que faltou um Hanneman ou um Bach para ajudar a transfigurar a vida, ajudando-as a dar a volta por cima, com confiança e sem mágoas. E, certamente, uma e outra, apesar de sofrimentos parecidos, teriam tratamentos diferentes.
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Nesse momento, meus botões acabaram de me lembrar uns versos que (parece) são da Adélia Prado:
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Estou no começo do meu desespero: ou viro doida ou santa.
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E se um dia acordei pensando no Hanneman, ontem acordei pensando no John O'Donohue. Como se estivesse ansiando por suas palavras. Então peguei o BEAUTY, e já estou com um problema: não consigo largá-lo.
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Beauty does not linger, it only visits. Yet beauty's visitation affects us and invites us into its rhythm, it calls us to feel, think and act beautifully in the world: to create and live a life that awakens the Beautiful.
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E mais:
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Everywhere there is tenderness, care and kindness, there is beauty. (E alguém tem dúvida disso?)
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VIRGINIA WOLF E JANE AUSTEN:
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Um comentário de Virginia Wolf sobre Jane Austen foi postado lá no CHÁ COM JANE AUSTEN:
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The most perfect artist among women.
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