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sábado, agosto 28, 2010

REGRESSOS, REENCONTROS, RESGATES E MUITO LIRISMO: tudo isso em um só dia
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Algumas fotos antigas. O sorriso de sempre. O espírito está claire-de-lune-debussy. Mais um degrau avançado. E as crianças adoram brincar de ficar de cabeça para baixo, presas naquelas barras somente pelas pernas.
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AMOR COMO EM CASA
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Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me perdem,
uma tarde no café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
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Manuel António Pina
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"Lembro um lugar feito de risos e confiança, de uma casa açoriana e um tempo em que o maior problema era inventar a próxima brincadeira. (...) aldeia é qualquer lugar para onde se queira voltar porque é, em essência, o lugar da saudade. É tudo aquilo que me inspira amorosidade (...)" (Norma Bruno, em A MINHA ALDEIA)
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Por tudo o que fui, sou e serei...algum vizinho começou a cantar bem alto, junto com o Bee Gees: "love is such a beautiful thing"
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E o poderosão (reparem como é sereno e forte ao mesmo tempo), por um dos meus pintores favoritos:
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(St. Michael, de Bartolomé Esteban Murillo)
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E termino o post com o mesmo 'algum vizinho' ainda cantando Bee Gees. Agora é Islands in the stream. E não é que essa música é legalzinha? Até fui pegar a letra. Acompanhem com estalinhos no dedo:
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Islands In The Stream

Baby when I met you there was peace unknown
I set out to get you with a fine tooth comb
I was soft inside
There was something going on
You do something to me that I can't explain
Hold me closer and I feel no pain
Every beat of my heart
We got something going on
Tender love is blind
It requires a dedication
All this love we feel needs no conversation
We can ride it together , ah ha
Making love with each other , ah ha

Islands in the stream
That is what we are
No one in between
How can we be wrong
Sail away with me
To another world
And we rely on each other , ah ha
From one lover to another , ah ha

I can't live without you if the love was gone
Everything is nothing when you got no one
And you walk in the night
Slowly losing sight of the real thing
But that won't happen to us and we got no doubt
Too deep in love and we got no way out
And the message is clear
This could be the year for the real thing
No more will you cry
Baby I will hurt you never
We start and end as one
In love forever
We can ride it together , ah ha
Making love with each other , ah ha

Islands in the stream
That is what we are
No one in between
How can we be wrong
Sail away with me
To another world
And we rely on each other , ah ha
From one lover to another , ah ha
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domingo, agosto 22, 2010

INVICTUS
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Acabei de ver o filme INVICTUS, do Clint Eastwood (*), e peguei emprestado o poema que o Nelson Mandela lia na prisão. Só pra começar bem a semana, com duas mentalizações positivas: "Eu sou dono e senhor de meu destino;/ Eu sou o comandante de minha alma". (**)
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Invictus

(Título Original: "Invictus")

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

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(*) Já li que o Nelson Mandela verdadeiro tem uns pontos desagradáveis em sua história, mas o Nelson Mandela do Clint Eastwood é perfeito: nobre e sábio.
(**) Sendo verdade isso do poema, no filme (deve ser, pois, ao contrário do "nosso" Lula, o Mandela estudou), fico imaginando alguém na situação dele: preso em um cubículo, de repente lê um poema, cujas palavras são capazes de lhe dar forças. É fascinante o que "simples" junções de letras podem fazer com a alma - e pela a alma! - de uma pessoa.
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Falando no poder mágico de certos versos, essa semana que passou, fiquei com este verso de Cora Coralina na cabeça: Eu me esforço para ser cada dia melhor: bondade também se aprende. E daí me lembrei da Clarice Lispector, dizendo que há vários tipos de inteligência, e a bondade é a mais importante delas.
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quarta-feira, agosto 18, 2010

ESTÁ ESCRITO NAS MINHAS MÃOS:
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Sou razão e sensibilidade; sonho e realidade. Foi o que a quiróloga (e não quiromante) disse (*). E acrescentou: "são os contrastes em harmonia". Não, penso eu com os meus botões: sou a harmonia e o conflito. Às vezes concilio minha razão e minha sensibilidade; meus sonhos com minha realidade; outras vezes, não.
Agora, por exemplo, the sight of stars quer me fazer sonhar...Mas eu preciso estar com os pés bem fincados na realidade. Pronto: começou o conflito! Chão, estrelas, chão, estrelas...
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(*) parece que é por causa dos dedos finos e compridos, das unhas compridas e das mãos que se afunilam nas pontas.
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COMO SERIAM AS MÃOS DA CLARICE?
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Abro aleatoriamente o livro UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES, da Clarice Lispector e encontro esta frase:
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A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano.

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As mãos de Clarice surpreendiam.
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quarta-feira, agosto 11, 2010

CONSELHO DE UMA CERTA PESSOA DO BEM:
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Na vida, a gente tem que ir acertando. Mas como a gente vive errando, o jeito é ir consertando e emendando. Se desculpando e perdoando.
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domingo, agosto 08, 2010

JANE AUSTEN, EIS A DIFÍCIL DECISÃO:
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Pessoal do Chá com Jane Austen,

estava protelando esta decisão, mas não deu mais. Terei que encerrar minhas atividades no Chá com Jane Austen.
Este ano, estou com muitas obrigações e muitos objetivos pra cumprir, e que estão me absorvendo bastante. Não consigo mais me envolver no Chá como me envolvi no primeiro ciclo, quando entrava todos os dias no grupo, pra mandar emails, ler comentários, levantar enquetes. Este ano não está dando.
Por isso tomei essa decisão.
Como não sei quando as coisas vão acalmar por aqui, não digo que encerro totalmente o Chá, mas que, pelo menos até julho do ano que vem, vai estar parado.
Esse email do CHá com Jane Austen vai continuar existindo, para que a gente possa, eventualmente, enviar novidades referentes à Jane Austen. Só aquele compromisso das leituras é que vou ter que encerrar.

Aos que estão aqui desde o primeiro ciclo, deixo o meu abraço e o meu agradecimento. Foi muito bom ter lido as obras dessa maravilhosa escritora com vcs. Me diverti muito e realizei um sonho: o de poder conversar sobre Jane Austen com várias pessoas, diariamente e fora dos meios acadêmicos! Achei que isso, no Brasil, fosse impossível. Esse grupo mostrou o contrário. Basta reunir as pessoas certas. (Pois sempre há uma fã de Jane Austen perdida por aí...)


Aos que entraram aqui recentemente, buscando conviver com admiradoras da Jane Austen, saibam que a Jane está em alta. Hoje há milhares de novidades relacionadas a ela. Uma de nossas integrantes, a Raquel Sallaberry, tem um site sobre a Jane Austen (o Jane Austen em Português: http://janeausten.com.br) e também pode indicar outros milhares de sites sobre a escritora. Portanto, se vocês vieram em busca de Jane Austen, não desanimem, pois, como conversei com a Raquel um dia desses: você busca uma coisa sobre a Jane e encontra outra, e outra, e mais outra...

Qualquer coisa, é só enviarem um email.

Um GRANDE abraço a todos!
Rebeca
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P.S.: me lembrei daquela senhora, no filme MENSAGEM PARA VOCÊ, dizendo para a personagem da Meg Ryan, quando decide fechar a livraria:"(...) é a decisão mais corajosa. (...) Você está ousando imaginar que pode ter uma vida diferente! Sei que não tem essa sensação. Sente-se uma tremenda fracassada. Mas não é! Está marchando para o desconhecido, armada com nada."
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domingo, agosto 01, 2010

ANDO FASCINADA.
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Andam falando muito sobre os espíritos perto de mim, mas, sabe de uma coisa? Ando fascinada pelo ser humano. São tantos dramas, tantas nuances, tantas surpresas, que quando você percebe isso você entende de onde veio a inspiração de um Shakespeare da vida.
Os espíritos estão lá, no invisível, e queira Deus que só se aproximem para nos ajudar. Mas o que está visível aos nossos olhos é que é um verdadeiro mistério e um verdadeiro assombro.
Quantas batalhas, quantos arrependimentos, quantos acertos, quanta miséria e quanto enlevo. Tudo isso em um só plano. Não é pouca coisa...
Que os espíritos nos ajudem, mas que nós também nos ajudemos a nos tornarmos, não um tédio ou uma aberração, mas um surpreendente e agradável espetáculo aos anjos (*).
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(*) Um amigo comentou comigo que leu não lembro onde: que os anjos, por só terem virtudes, sentiriam uma pontada de ciúmes dos humanos quando estes, que não são apenas virtudes, agem de forma digna, valorosa e nobre. Não sei se seria 'ciúmes' a palavra correta. Talvez 'júbilo', já que eles - os anjos - estão sempre torcendo por nós. É um júbilo e uma surpresa ao mesmo tempo, por ver que seres tão imperfeitos são capazes, em certos momentos, de atos tão virtuosos.
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QUERIDA JANE AUSTEN,
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preciso tomar uma difícil decisão.
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Sua fiel amiga,
Rebeca
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