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domingo, agosto 22, 2010

INVICTUS
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Acabei de ver o filme INVICTUS, do Clint Eastwood (*), e peguei emprestado o poema que o Nelson Mandela lia na prisão. Só pra começar bem a semana, com duas mentalizações positivas: "Eu sou dono e senhor de meu destino;/ Eu sou o comandante de minha alma". (**)
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Invictus

(Título Original: "Invictus")

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

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(*) Já li que o Nelson Mandela verdadeiro tem uns pontos desagradáveis em sua história, mas o Nelson Mandela do Clint Eastwood é perfeito: nobre e sábio.
(**) Sendo verdade isso do poema, no filme (deve ser, pois, ao contrário do "nosso" Lula, o Mandela estudou), fico imaginando alguém na situação dele: preso em um cubículo, de repente lê um poema, cujas palavras são capazes de lhe dar forças. É fascinante o que "simples" junções de letras podem fazer com a alma - e pela a alma! - de uma pessoa.
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Falando no poder mágico de certos versos, essa semana que passou, fiquei com este verso de Cora Coralina na cabeça: Eu me esforço para ser cada dia melhor: bondade também se aprende. E daí me lembrei da Clarice Lispector, dizendo que há vários tipos de inteligência, e a bondade é a mais importante delas.
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