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sexta-feira, junho 30, 2006

UM SOM (*):
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NÃ-MIÔ-RÔ-rEN-GUÊ-KIÔ
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(*) Isso é um mantra, e não faço a mínima idéia de como se escreve- e se se escreve - , por isso tentei reproduzir, em letras, como se fala. No ano 2000, tive uma professora budista que sempre repetia esse mantra, principalmente nos momentos de maior preocupação. Ela me contou isso. E hoje, seis anos depois, acordei pensando nesse som.
Incrível como um som pode perdurar - ou renascer.
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quinta-feira, junho 29, 2006

VEJA NO SUPERMERCADO E CONSTATE:
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O papel higiênico Pétala é um cinismo.
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sexta-feira, junho 23, 2006

PACIÊNCIA, my dear!
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"Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade. Aprendo todos os dias, à custa de sofrimento que abençoo: a paciência é tudo."
(RILKE, em POEMAS E CARTAS A UM JOVEM POETA)
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MAIS PACIÊNCIA
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Depois do jogo de ontem, entrevistaram o Fenômeno e ele disse que o que o acompanha nos momentos difíceis é a paciência.
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(E haja paciência pra agüentar a prrrrrressão da imprrrrrrrrensa!)
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quarta-feira, junho 21, 2006

IT'S NOT TODAY.
IT'S NOT TODAY, BUT IT'S NOT TOO LATE.
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Na trilha sonora do Forrest Gump, tem uma música que se chama Turn! Turn! Turn! (to Everything There Is a Season). Era uma das minhas favoritas e me dava a impressão de ser uma música bastante engajada, dando indireta pela Guerra do Vietnã, por causa do último verso: A time of peace, I swear it's not today!
Somente no ano passado, quando ressuscitei o cd do filme, é que li a letra completa da música e descobri que era mais esperançosa: o último verso diz, na verdade, A time for peace, I swear it's not TOO LATE!!
Que diferença, né?!
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AINDA O MESMO CD
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Uma outra música que também adoro e teve mudança para mim, não na letra, mas no ouvi-la é a Blowin' in the wind, do Bob Dylan. Notei que ela fica mais interessante quando a ouço em dias de Vento Sul. O vento uiva pelas janelas e o Bob Dylan sussura: The answer, my friend, is blowin' in the wind, The answer is blowin' in the wind.
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E para os dias de cowboy (seja lá como forem esses dias!),
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a melhor é Sweet Home Alabama! Disparado!
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terça-feira, junho 20, 2006

DETERMINISMO
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Email que recebi depois do post de ontem:
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"Quem nasce pra ser bobo da corte não pode ser rei"
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segunda-feira, junho 19, 2006

Retrato de uma princesa desconhecida
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
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Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
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PRÍNCIPE CHARLES
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Faz algumas semanas, uns amigos e eu falávamos sobre o príncipe Charles.
Não é triste que ele tenha passado a vida inteira sendo preparado para se tornar rei e isso talvez não venha a acontecer?
E se não acontecer mesmo, que tragédia não ter se casado com a mulher que amava desde o começo.
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p.s.: bom, talvez ele ainda tenha chances de ser rei, talvez quando estiver bem velhinho. Mas, putz, precisava de todos aqueles desenlaces por causa do "vir-a-ser-rei"?
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domingo, junho 18, 2006

MEDO E CORAGEM
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Estava lendo um livrinho sobre Medo e Coragem e encontrei uma citação bem oportuna e contextualizada do Armando Nogueira, feita no Jornal do Brasil, em 1996:
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O idioma do esporte sempre evitou a palavra medo. Prefere uma saída eufemística: fala de tensão, de emoção da estréia. Bobagem, medo é sinal de vida. É um sentimento salutar. A mente avisa o resto do corpo que há perigo por perto. E se a própria mente não tomar cuidado, o juízo vai-se embotando, os músculos vão-se retesando, o corpo acaba fugindo à luta. É a estação da covardia que se instala na alma humana. Quem não conhece a velha metáfora do 'tirar o corpo fora' ? Didi, antes de ser campeão do mundo em 58, não dormia, pensando, sobressaltado, no jogo do dia seguinte. Fosse estréia, fosse final, passava acordado a noite da véspera. Antes do jogo, era uma pilha de nervos. Mas bastava a bola começar a rolar, e ele convertia-se num príncipe de lucidez e sangue frio. Aqui está a chave do problema: é saber transformar em impulso a energia vital que o medo encerra".
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"MEDO É SINAL DE VIDA"!
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Gosto de ler sobre o Medo e a Coragem. Aliás, meus personagens favoritos costumam ser os covardes e os preguiçosos porque geralmente são esses os que costumam fazer a coisa certa na hora certa, apesar de toda a falta de confiança deles e dos outros com relação a eles.
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Aliás, aliás, transformar o leão em rato é uma bela alquimia.
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Se bem que, às vezes, o leão continua leão.
Mas o Daniel saiu ileso da cova.
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CONCLUSÃO: Os leões só te devoram se você fingir que não os vê; se quiser escondê-los debaixo do tapete por anos a fio. O segredo é: você os transforma em ratos ou reza para que eles não te devorem.
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sábado, junho 17, 2006

NA SEÇÃO DE AUTO-AJUDA
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Faz poucos meses, encontrei na seção de auto-ajuda de uma livraria o livro Pensamentos para uma Vida Feliz - Calendário da Sabedoria, que não é de quem alguns devem estar pensando, mas é do escritor Leon Tolstoi.
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Nesse livro, há uma reflexão para cada dia do ano, às vezes contendo citações de outros escritores e pensadores, outras, com comentários próprios do autor. E ele, que escreveu Guerra e Paz, disse que o Pensamentos para... foi "sua maior contribuição para a humanidade, a obra dos últimos anos de sua vida".
É ler pra crer!
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Sempre achei que livros com reflexões ou frases de outros autores são interessantes porque a gente pode até não concordar com o autor, mas pelo menos vai pensar sobre um assunto, o que é válido.
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Para vocês fazerem o mesmo, aí vai uma reflexão do dia 1o. de junho. Não estou pensando em nada, nem ninguém especificamente, ao destacar esta reflexão, embora tenha certeza de que pode tocar alguns muito mais que outros. Aí vai:
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"Muitas vezes nos recusamos a participar das pequenas alegrias da vida porque estamos ocupados demais fazendo algo que achamos que temos de fazer. Devemos aceitar tais momentos, porque uma brincadeira simples e alegre é muitas vezes mais importante e necessária do que a maioria das outras coisas. Muitas vezes os negócios com os quais as pessoas ocupadas afirmam estar fazendo não têm a menor importância, e por vezes seria mesmo melhor que não fossem feitos."
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Mas melhor "reflexão"
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foi a que ouvi de um garoto de 14 anos hoje: O jogo deveria ser EUA contra México. Daí os mexicanos fariam falta só pra ganhar o "green card".
(Qual será a companhia desse garoto? Digam-me com quem ele anda!)
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sexta-feira, junho 16, 2006

MAIS COPA
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Quando ouvi que o técnico da Argentina já foi taxista, passou pela minha cabeça um filme retrospectivo de todos os táxis que peguei na vida. Quantos taxistas que julguei serem meros palpiteiros esportivos e políticos não seriam grandes especialistas?
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Mas deram ouvidos ao torneiro mecânico...
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(Que até no futebol dá palpite fora de hora.)
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quinta-feira, junho 15, 2006

CAUSAS HUMANITÁRIAS
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Ela detesta futebol, mas assiste a todos os jogos da Copa só para torcer pelos times de países colonizados. Quer que pelo menos no futebol eles mostrem superioridade. Mas quando vê o Beckham, vixi Maria!, um conflito interno toma conta de seus ideais. Chega a pensar em abandonar as causas humanitárias por causa do loiro inglês.
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quarta-feira, junho 14, 2006

FRESH AIR
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Quem melhor labuta nessa época de Copa são os publicitários. Ouvi um dizer que a copa do mundo traz fresh air à cabeça deles e por isso as propagandas andam tão inspirada-da-da s. (Embora ninguém mais agüente ouvir o da-da-da, que não sai mais da-da-da cabeça.). Até o "Ai, caramba! Que pesadelo!", do Maradona, é comentado em todos os cantos de ônibus, bares, salões de beleza, supermercados, casas etc. e sempre que ligo para alguém, digo como se narrasse um jogo: olácomovaivocêboanoiteatéapróximaesperoqueestejabemumbeijooooooo!
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EU QUERIA...
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ter contado que a primeira graça de Santo Antônio deste ano aconteceu no sábado, dia 10 de junho. Minha amiga Marcia e eu estávamos no ônibus que vai até o bairro Santo Antônio de Lisboa e, quando ele chegou no ponto final, a catraca (primeira vez que escrevo essa palavra!) estragou. O cobrador, coitado, ficou desesperado porque, pelo que deu a entender, os chefes o obrigariam a pagar com o próprio dinheiro.
Nós duas ficamos um tempão dentro do ônibus (já estávamos atrasadas para a pizza que nos aguardava) enquanto o cobrador e o motorista brigavam para decidir alguma coisa.
O que resolveram, a muitas custas, é que quem fosse descer em Santo Antônio mesmo não pagaria nada. Quem fosse descer depois do bairro, teria que descer no terminal, pagar a passagem e entrar novamente no ônibus.
Do ponto final até o começo do bairro (última esperança para quem não quisesse pagar passagem de ônibus), os passageiros entraram pela parte de trás, surpresos - e, depois, contentes - com a situação. Um senhor bem simples ficou feliz da vida e não parava de dizer o quanto estava contente por não pagar a passagem UMA VEZ NA VIDA. (No final, ele teve que pagar a passagem porque ia descer depois do bairro Santo Antônio de Lisboa e ficou chateadíssimo. Reclamou por terem aumentado a passagem do ônibus na semana passada. A catraca ter estragado foi castigo pelo novo aumento das passagens!)
Mas cheguemos à graça de Santo Antônio. Quem desceria em Santo Antônio de Lisboa não pagaria a passagem, certo? Por coincidência, o bairro estava comemorando o dia do santo e naquela hora começaria a missa em sua homenagem, na igreja que recebe o seu nome. Os únicos que desceram em Santo Antônio estavam indo justamente para a igreja e NÃO PAGARAM A PASSAGEM. Não parece graça de santo? Uma graça pequena, é verdade; quase uma gracinha de Santo Antônio com os passageiros dos ônibus e os seus fiéis, mas uma gracinha significativa. Aquele senhor bem simples teria ficado agradecido por essa graça de não pagar a passagem UMA VEZ NA VIDA.
Quando esses passageiros desceram, o cobrador, que até então estava resmungando com todos por causa do problema, falou de brincadeira para os que desceram:
- Já que vocês não pagaram, podiam dar o dinheiro da passagem pra igreja.
E todos os demais, já conformados em ter que pagar, riram com a gracinha do cobrador.
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(Mas eu queria ter contado isso antes, no máximo até domingo. Hoje já perdeu um pouco do vigor e não sei se volto a escrever enquanto o Brasil estiver na Copa. Não estou com o fresh air dos publicitários.)
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p.s.: Esqueci alguns detalhes pitorescos dessa "história". Quando entramos no ônibus, pedimos informação ao cobrador sobre o local onde teríamos que descer. Ele não sabia explicar, então perguntamos a ele se o motorista saberia nos dizer, mas ele disse que não porque o motorista era "meio esquecido". Logo imaginamos um senhor dirigindo o ônibus, mas quando chegou o tal motorista meio esquecido, vimos que ele era muito mais novo que o cobrador.
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sábado, junho 10, 2006

O QUE EU ACHO DA COPA?
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Deixe-me lhe contar algo. Gosto dos meus vizinhos, os síndicos. Eles são simples, educados e estão sempre cuidando do prédio.
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O vizinho, em particular, é gente boa, mas um pouco mais sério. Quer dizer, eu o vejo sorrir, mas nunca o vi sorrir muito.
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Ontem, ele tocou a campainha do meu apartamento. Meus irmãos e eu estávamos conversando na cozinha. Do lado de fora, ele disse: É o vizinho. Pode ficar tranqüilo que não é nenhum cobrador. Meus irmãos e eu rimos com a piadinha e eu fui abrir a porta. Ao abri-la, quis retribuir com um comentário que a minha mãe ou a minha avó - ou as duas - sempre fazia de brincadeira quando ia abrir a porta para alguém: Só tem pão velho, meu caro. E a reação do vizinho me deixou surpresa: ele GAR-GA-LHOU e ainda repetiu: Só tem pão velho! HAHAHA
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Você está vendo como esse clima de Copa é salutar e por que o Brasil deve ganhar sempre?
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Até o Bar dos Sábios (*) (aquele bar próximo que só fecha nas férias de fim de ano) estava mais animado do que o normal. E mais concorrido também. Jovens e crianças estavam lá para assistir aos jogos na televisão que talvez seja tataravó das televisões de plasma.
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(*) Bar dos Sábios é o nome que meus irmãos deram ao tal bar porque sempre que passam ao lado ouvem alguma pérola, cheia de sabedoria. Depois conto uma.
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sexta-feira, junho 09, 2006

NÃO RECOMENDO O LIVRO O CAÇADOR DE PIPAS
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para o ônibus. Você vai perder o ponto onde deveria descer e ainda chorar na frente dos demais passageiros. Melhor deixar esse livro em casa, quietinho, à sua espera, num canto só seu e dele.
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AVISO: Você perderá a noção do tempo em companhia d'O CAÇADOR DE PIPAS.
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A PROPÓSITO,
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O escritor Khaled Hosseini tem uma voz própria, e é linda.
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quinta-feira, junho 08, 2006

CONFIDÊNCIA A UM INGLÊS
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- Era uma família muito acolhedora, Mr. Brown. Mas depois ela se fechou em si e eles ficaram muito sarcásticos. Então, se tornou difícil a convivência. Ninguém escapava dos comentários deles. Ninguém, Mr. Brown.
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(Além disso, Mr. Brown, os pensamentos deles começaram a gritar. Antes mesmo de eles falarem, já ouvíamos os comentários maldosos. E os olhos, Mr. Brown. Aqueles olhos passaram a nos olhar de esguelha. E isso é muito desagradável, Mr. Brown.)
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A PARTILHA DO PÃO
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Era o último pão folhado da casa. Eles o desfolharam em três e chamaram isso de "partilha outonal".
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quarta-feira, junho 07, 2006

DO LIVRO A MINHA ALDEIA, DE NORMA BRUNO
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A autora, contando sobre a avó:
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"Lembro algumas passagens muito engraçadas. Estávamos, as duas, sentadas na sala, vendo televisão, quando, de repente, ela começou a puxar a minha saia, tentando encobrir as minhas pernas - O que foi, Vó? Ela disse: - Cobre as pernas, minha filha, que aquele homem tá olhando...Era o Cid Moreira, apresentando o Jornal Nacional."
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terça-feira, junho 06, 2006

CONVERSÕES
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Um dia desses, estava passando na TV Ufsc um documentário sobre mulheres do candomblé. Não sei quase nada a respeito do candomblé, mas acho o ritual bonito: aquelas roupas brancas, aquelas flores, aqueles altares bem cuidados, as danças, os simbolismos. Vê-se muito isso na Bahia. E antes que alguém torça o nariz, gente boa e gente ruim há em qualquer canto do mundo, em qualquer religião, e há praticantes de umbanda e de candomblé que se ofendem quando ouvem que eles fazem pacto com o demo...Porque muitos deles só querem fazer pacto com Jesus e com a alegria. (Viver para ver...).
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Uma das mulheres entrevistadas contou que nasceu numa família de protestantes. Quando era criança, "coisas estranhas" aconteceram com ela e a família chegou à conclusão de que ela estava "encapetada". O que fizeram? A expulsaram de casa. (Nessa parte, a mulher até se conteve para não chorar.) Para a sorte da criança, uma senhora espírita a encontrou na rua e viu que ela não estava encapetada coisa nenhuma - ela era médium. A criança cresceu no lar dessa senhora, aprendeu a controlar as "coisas estranhas", e acabou indo para o candomblé. Então, a ex-criança mostrou, na casa dela, uma imagem de madeira escura, que simbolizava o "preto velho" dela, e disse rindo para a câmera: "o mais engraçado é que agora até os meus irmãos vêm se consultar com o meu 'preto velho'. Mas eles vêm quando eu não estou em casa. E sem o pastor deles saber."
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A outra conversão apareceu em não lembro qual canal da rede aberta. Mostraram um argentino com a camisa da seleção brasileira. Perguntaram para ele o que o fez torcer para o Brasil e ele respondeu: "me converti depois de morar três anos na Bahia". (Viva a terra da alegria!)
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"Mais teim uns qui são tão cabra-da-pesti que num se rendi neim qui a vaca tussa" (Frase de um nordestino muito observador.)
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segunda-feira, junho 05, 2006

PRINCIPIO, MEIO, FIM
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ELA: ... é que sou melhor com o meio.
ELE: Então eu começo com o princípio.
ELA e ELE: E chegaremos juntos ao fim ! (?) !!!!!
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