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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O DISCURSO, O CISNE E O JOHN WAYNE
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Passou o Oscar, mas comento (beeem) rapidamente sobre três filmes que estavam concorrendo.
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O DISCURSO DO REI
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Nem vou falar que é ótimo, ainda mais depois que ele ganhou o prêmio. (O que não quer dizer muita coisa, mas de vez em quando escolhem certo.) Vi duas vezes no cinema (uma com pai e irmão; outra com namorado).
Vale pelo delicioso humour inglês, pelas interpretações, pela esposa do rei. Mas vale, também, para ver que às vezes é mais difícil vencer uma batalha interna que uma externa. Me lembra do verdadeiro 'Bravura Indômita', com sua música que diz: But others have known few battles are won alone.
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CISNE NEGRO
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É nojento em certas partes e pesado em todas. Preciso, agora, de cinco comédias pastelões para o espírito voltar ao normal. Mas...é excelente! E a interpretação, vixi!, é perfeita! Sabe quando o filme é bom e você volta para casa, se lembrando de cada cena e recompondo cada momento do filme, como se terminasse de colocar a última peça do quebra-cabeças? Pois Cisne Negro é desses filmes: você volta percebendo que tudo fez sentido na história, que tudo se encaixa perfeitamente. Isso é sinônimo de ótimo enredo.
Já no final do filme, quando a personagem de Natalie Portman finalmente consegue interpretar o cisne negro, é de arrepiar.
Kiko me lembrou que o diretor de 'Cisne Negro', Darren Aronofsky, é o diretor de RÉQUIEM PARA UM SONHO, filme que, até então, era o mais pesado que tinha visto na vida. Bom, ainda é. Mas isso é louvável: um filme (esse 'Réquiem para...') que mostra a vida de uns drogados e de uma hiponcondríaca não pode ser leve. Tem que ser como é na vida real: pesadíssimo.
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BRAVURA INDÔMITA
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Apesar de ser fã do John Wayne, e de Bravura Indômita ser um dos meus filmes favoritos com esse ator, fui assistir ao 'Bravura Indômita dos irmãos Coen' de peito aberto.
E olha: gostei bastante. E gostei porque eles pegaram um filme excelente e conseguiram deixá-lo com a marca registrada deles. Kiko até pegou no meu pé, pois toda hora eu dizia: "ficou com a cara dos irmãos Coen", como se houvesse uma marca registrada deles. (*)
Mas há. Quem conhece os filmes dos irmãos Coen (tirando o ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ que, fora o sotaque dos personagens, você não diria que é um filme desses irmãos), se visse este novo Bravura Indômita, sem ter visto o antigo, diria que é um filme deles e que é ótimo e pronto.
Porém...o problema é pra quem já viu o filme antigo. Porque o novo filme está muito bom e Jeff Bridges interpreta o 'federal Rooster' de forma espetacular. Mas passei o filme sentindo saudades do John Wayne. Saudades? Saudades mesmo. Como se ele fosse um avozinho querido que não está mais entre nós. O personagem Rooster é tão John Wayne... Qualquer outro ator que interprete esse papel será apenas um ator. Já John Wayne era o Rooster! E é por esse motivo que os filmes do John Wayne são únicos. Qualquer filme dele que queiram refilmar será apenas uma refilmagem, jamais um substituto. Como este, que é um 'Bravura Indômita dos irmãos Coen'.
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(*) "Como definir um filme dos irmãos Coen?", foi a pergunta que o Kiko me fez. Eu não soube responder. Disse: "Não sei, mas sei que é quando vejo um". E então passei o resto do dia pensando em como definir um filme dos irmãos Coen. Ainda não me satisfiz com a resposta, mas acho que é um certo humor inesperado, meio nonsense, uma cena engraçada colocada ali ao acaso, como se fosse um parêntesis no meio de um momento tenso. Ah! E o sotaque norte-americano sulista bem carregado, quase caricato.
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QUIZ irmãos Coen:
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- Em que filme aparece George Clooney cantando "You're my sunshine"?
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quarta-feira, fevereiro 23, 2011

OU SEJA, TUDO IGUAL
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Um amigo ouviu a seguinte piada em Israel:
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- Qual a diferença entre o muçulmano e o judeu?
Os dois vendem a mãe, mas o judeu não a entrega.
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Uns dias depois, ouvi um descendente de sírio contar a mesma piada, mas em "nova versão":
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- Qual a diferença entre o muçulmano e o judeu?
Os dois vendem a mãe, mas o muçulmano não a entrega.
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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

PARA O 'KIKO'!
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domingo, fevereiro 20, 2011

EXCELENTE COMENTÁRIO!
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Faz umas duas semanas, o canal GNT mostrou uma prévia de um documentário que passou nos canais estrangeiros, chamado CONHEÇA A LONDRES DE VIVIENNE WESTWOOD.
Só hoje consegui transcrever trecho desse programa. Merece ser lido com atenção!
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Vivienne Westwood cria peças únicas há mais de 40 anos e é considerada um dos ícones do mundo da moda. Embora faça 70 anos em 2011, Westwood se mantém vibrante e ocupada como sempre, criando coleções inspiradas em arte e história, questões que aconselha jovens estilistas a estudarem se quiserem fazer sucesso.

Vivienne Westwoodo: - "Se você mora em Londres, visite galerias de arte. Não meta o nariz nas revistas de moda. Nessas revistas, tudo é copiado. É preciso estudar as fontes reais, de onde pessoas desenvolvem idéias originais. Estude pinturas não só pela moda, mas também para aprender a ver.
"Para entender o mundo em que vivemos, precisamos do passado. Se jogar o passado fora, só restam cópias e hábitos. Fica sem obras originais. (...)
"Vamos falar de cultura, pois essa é minha motivação para este programa. Acredito que cultura pode mudar nossas vidas. Se alguém ler todos os jornais que for capaz em um dia todos os dias, terá uma perspectiva plana e horizontal, sem profundidade para entender nosso mundo.
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Demais, né?! Muito bom ouvir alguém falar uma coisa dessas. Mostra a diferença entre um criador e um copiador. Os grandes pintores, músicos e escritores, antes de suas criações, beberam das "fontes reais, de onde pessoas desenvolvem idéias originais". Não ficaram observando os simples copistas.
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Prestarei mais atenção aos trabalhos de Vivienne Westwood depois dessa.
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P.s.: Mais um detalhe que gostei de ler no comentário de Vivienne Westwood: ela diz para estudar pinturas para "aprender a ver". Ela está certíssima em usar a palavra "aprender". Para o que é bom, a gente aprende - aprende a ver, aprende a ouvir, (enfim, aprende a apreciar), aprende a ser melhor. Isso consola e ao mesmo tempo chama a atenção: consola porque qualquer um pode aprender o que é bom e belo; chama a atenção porque nos lembra que não podemos nos acomodar com as imagens, sons e exemplos que vêm até nós. Temos que ter uma atitude ativa para descobrir o que realmente vale a pena para as nossas vidas.
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sexta-feira, fevereiro 18, 2011

I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL
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Preciso contar esta, pra ver se alguém consegue entender a lógica que eu não entendi na história.
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Quero voltar a praticar natação, um dos meus prazeres. Então fui ao clube que tem no meu bairro (por enquanto não vou revelar o nome desse clube) para me informar sobre horários e preços.

Chegando lá, fui informada de que posso fazer natação nos seguintes dias:
segunda e quarta;
terça e quinta;
segunda, quarta e sexta ou
todos os dias.
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Acontece que os únicos dias que eu poderia fazer são: quarta e sexta.

Eis o diálogo que se seguiu entre mim e o funcionário da secretaria:
Eu: - Olha, estou com vontade de fazer natação, mas só posso na quarta e na sexta. Pode ser?
Funcionário: - Não.
Eu: - Por quê?
F.: - Porque duas vezes por semana só pode: segunda e quarta ou terça e quinta.
Eu: - Mas é que eu não posso na segunda; só posso na sexta.
F.: - Então você tem que pagar por segunda, quarta e sexta.
Eu: - Mas eu não posso vir na segunda.
F.: Você paga pelos três dias, mas não vem na segunda.
Eu: - Ah, daí eu posso repor esta aula de segunda no sábado?
F.: - Não.
Eu: - Tá, 'amigo' (pra não dizer outra coisa), mas eu vou pagar por algo que eu não vou usar?
F.: - Tem que ser.
Eu.: - Mas se alguém pode fazer aula na segunda, na quaaarta e na seeeexta, por que eu não posso fazer quarta e sexta?
F.: - Porque não.
Eu: - Com todo o respeito do mundo, mas você não acha isso meio estúpido?
F.: Outras pessoas já reclamaram, mas é assim.
(Nessa hora, eu tive que me controlar. Não quis explodir com o cara, pois sei que ele só estava cumprindo ordens. Então respirei fundo e continuei:)
Eu: - Olha, eu sei que não é você que resolve isso, então com quem que eu posso falar sobre essa situação?
F.: - Com ninguém.
Eu: - Como assim? De quem é a culpa por isso?
F.: Do sistema.
Eu.: E por que vocês não alteram o sistema?
F.: Não dá. Ele é antigo; já é assim há anos.
Eu: - Vocês preferem perder dinheiro por causa desse sistema?
F.: Não podemos fazer nada.
...
E ficou por isso mesmo. Vocês acreditam nisso? Eu até agora estou incrédula, pois nunca vi tanta estupidez e falta de visão empresarial junta. O pior é que este clube já teve os seus tempos áureos na cidade. Hoje, ele está rezando para atrair gente. Está mal das pernas. Mas, sinceramente, com um pensamento desses, tem mais é que se arrombar mesmo. Não acham?
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O pior é que eu queria muito voltar à natação. Vou dar uma chance ao clube e voltar lá para falar com o presidente ou gerente ou seja lá qual for a "ôtoridadi" responsável pelo sistema. Tenho três opções: burlar o tal do sistema retardado; tentar mostrar pro presidente que isso é estupidez (se for preciso, eu até desenho); ou dar um show de indignação e nunca mais voltar.
Depois eu conto pra vocês.
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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

GREAT BOOK!
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Comecei a ler o livro RETRATO DE UMA SENHORA, de Henry James, no ano passado. Porque entrei na fase do Cabo das Tormentas, tive que deixá-lo de lado. Agora, já na calmaria das águas da vida, fui retomar a leitura e, impressionante!: lembrava direitinho em que cena havia parado e tudo o que tinha lido até então: os detalhes, os personagens, as entrelinhas...
Isso não é comum. Já interrompi a leitura de outros livros e, quando retomei, tive que voltar algumas páginas para relembrar as cenas.
Agora vejo que RETRATO DE UMA SENHORA tem o título certo, pois Henry James escreve como se pintasse um quadro. E isso faz o livro ficar mais vívido na nossa mente.
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Gosto da protagonista da história, a Isabel. Ela dá a impressão de não ser uma personagem linear, mas, por enquanto, ela o é. Seus maiores feitos, até agora, foram: ter viajado para a Europa e ter recusado dois pedidos de casamento. Pode parecer muito, mas, para o que ela espera do futuro, é pouco. Fora isso, ela ainda é mais espectadora que protagonista - pelo menos em sua vida. Explico: ela quer muito ser protagonista, e uma protagonista de grandes aventuras, mas, no momento, ela só observa as pessoas ao seu redor e ouve suas experiências.
Mas fica no ar a impressão de que ela ainda fará muitas coisas. Será?
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quarta-feira, fevereiro 16, 2011

FALTOU ESTA FOTO!
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Esqueci esta foto. Mais uma de pássaros que tirei na minha viagem.
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terça-feira, fevereiro 15, 2011

OS DIAS FELIZES
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Ganhei da minha madrinha uma canga linda com estampa de pássaros. No pacote, minha tia copiou trecho de um poema da Cecília Meireles. Transcrevo-o inteiro aqui (em negrito, o que a minha tia copiou):
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OS DIAS FELIZES

Os dias felizes estão entre as árvores, como os pássaros:
viajam nas nuvens,
correm nas águas, desmancham-se na areia.
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Todas as palavras são inúteis,
desde que se olhe para o céu.
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A doçura maior da vida
flui na luz do sol,
quando se está em silêncio.
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Até os urubus são belos,
no largo círculo dos dias sossegados.
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Apenas entristece um pouco
este ovo azul que as crianças apedrejaram:
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formigas ávidas devoram
a albumina do pássaro frustrado.
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Caminhávamos devagar,
ao longo desses dias felizes,
pensando que a Inteligência
era uma sombra da Beleza.

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quinta-feira, fevereiro 10, 2011

SEREI UMA PESSOA MELHOR DEPOIS DE LER ESTE LIVRO:
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(Dicionário de Símbolos, de Jean Chevalier)
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Há anos eu queria comprar este livro. Mas só agora, com esta curiosidade sobre os pássaros nas jóias de Toledo, é que o comprei.
Fiz a compra pela internet, e o livro acabou de chegar. Agora me dêem licença, que eu vou ver o que ele fala sobre pássaros.
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(...)
Eu acertei. Chico Buarque também:
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O verbete sobre pássaros fala da leveza deles. Fala, também, que eles representam a amizade dos deuses com os homens ou a simbologia dos mundos espirituais.
Diz que o pássaro se opõe à cobra: pássaro é celeste; cobra é terrestre. (Lembram?: "lugar de cobra é no chão / o céu é dos passarinhos, que cantam lindas canções...").
Algumas vezes, os pássaros podem simbolizar as operações instáveis da imaginação, distração.
Etc, etc, etc...
Não fala a simbologia para o Renascimento especificamente. Fala do significado para várias culturas, várias épocas e religiões.
Estou começando a achar que o Renascimento pintava pássaros por puro modismo. Como agora, depois que a Miu Miu lançou sua coleção de birds.
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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

... o céu é dos passarinhos / que cantam lindas canções e alegram os corações...OU: MINHA VIAGEM EM PÁSSAROS
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Minha atração pelos pássaros não é de hoje. Aflorou quando me mudei para este apartamento, de onde vejo diariamente aquelas aves de praia, e intensificou-se nesses últimos meses, graças à sintonia que tive com a marca Miu Miu, que resolveu lançar sua linda coleção de 'birds'. (Em conseqüência, todo mundo colocou pássaros nas estampas. Pronto! Os pássaros entraram na moda, e eu pude projetar minha admiração naïve nas compras que fazia.)
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(Estampa da marca Miu Miu, Prada)
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Há pássaros que contemplo, e há pássaros que me intrigam. Algumas pessoas conhecidas já foram a Toledo, na Espanha, e me trouxeram colares e pulseiras típicas dessa região. As quatro peças que tinha (uma pulseira e três colares, que ganhei de quatro pessoas diferentes), tinham o desenho de pássaro. Fiquei curiosa: o que significa o pássaro nessas jóias? Descobri parcialmente este ano: é marca do Renascimento. Ok. Mas por que pássaro, e não outro animal? Se alguém souber e quiser aplacar esta minha curiosidade, favor me mandar um email.
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(O tal desenho renascentista.)
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Não conto por aí para não pensarem que tenho um parafuso a menos, mas como vocês, queridos leitores do Desanuviando, têm espírito lírico, vou contar:
Certo dia, estava atrasadíssima para um compromisso importante. Tive que chamar um táxi para não atrasar mais. Porém, para minha falta de sorte, a cidade inteira resolvera usar táxi nesse dia, então tive que esperar quase meia hora em frente ao prédio.
Mas não esperei sozinha...no momento em que cheguei, um pássaro pousou no poste que estava na minha frente. Passava carro de um lado pro outro, e nada do táxi - mas nada, também, do pássaro sair do poste. De repente, o pássaro mexeu as asas e voou. Pensei com os meus botões: o táxi chegou! Dito e feito: era o meu táxi chegando!
Ou seja, o pássaro só estava me fazendo companhia.
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Como anunciei aqui no Desanuviando, estive de férias, e meus olhos (des)atentos encontraram alguns pássaros pelo caminho. Vejam: (Antes que algum biólogo me corrija: uso a palavra "pássaros" no sentido de "aves de médio e pequeno porte". Sei que, técnicamente posso estar equivocada, mas, licença poética, my dear!)
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(Este deve ser o meu conhecido, o que estava no poste quando esperava pelo táxi. Encontrei-o lá.)
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(Os turistas. Os que comem, os que alimentam ou só os que tiram foto de cenas assim.)
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(Estes eu não conhecia. Meus amigos gaúchos diriam que eles são gremistas: preto, azul e branco).
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(Fofos, não?! Tive que tirar a foto rapidamente, antes que os japoneses me imitassem e assustassem os pobres com suas máquinas fotográficas).
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(O que eu temia: os japoneses, com suas máquinas, assustaram os passarinhos, que voaram para esta sacada. Reparem que um dos pássaros está de costas. Duas hipóteses: 1) é o Judas no meio deles; ou: 2) só é mais distraidinho que os demais.
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(Último pássaro que vi na viagem. Estava morto, coitado, como se me mandasse uma mensagem simbólica: acabou a pachorra! Hora de voltar pra casa e retornar à labuta!)
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