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segunda-feira, agosto 26, 2013

Tempo de delicadeza, please! 


Falar de delicadeza, mostrando onde ela não existe, levaria alguns posts...e todos nós ficaríamos deprimidos por ver a agressão que a delicadeza sofre no dia-a-dia (no seu bairro, na nossa cidade, no Brasil, no mundo...).
Faz uns anos, comentei sobre um artigo escrito pelo Affonso Romano de Sant'Anna (AQUI). Ontem reli essa crônica e me deu vontade de transcrever um trecho, em que o autor fala sobre os filmes ingleses. Quem vê filme inglês antigo fica nostálgico, sentindo saudades da delicadeza dos gestos e das palavras - ou seria porque a gente torna esses filmes o nosso parâmetro de gentileza?
Eis o que ele falou:

Confesso que buscando programas de televisão para escapar da opressão cotidiana, volta e meia acabo dando em filmes ingleses do século passado. Mais que as verdes paisagens, que o elegante guarda-roupa, fico ali é escutando palavras educadíssimas e gestos elegantemente nobres. Não é que entre as personagens não haja as pérfidas, as perversas. Mas os ingleses têm uma maneira tão suave, tão fina de serem cruéis, que parece um privilégio sofrer nas mãos deles

Isso me lembra o porquê de gostar tanto da Jane Austen. Aliás, a melhor reflexão que já li sobre o porquê de a digníssima ser um grande conforto é da Raquel, do site Jane Austen em Português. Tanto que eu já copiei por aqui! Porque traduz o que a gente sente:

Jane é sempre um grande conforto. Não pelas palavras amáveis, mas pelas pequenas verdades ditas com elegância.

domingo, agosto 25, 2013

Projeto para o futuro: aprender alemão 

No momento em que começamos a nos dar conta dessa capacidade de síntese e abrangência do alemão, que sentimos que podemos dialogar neste nível de compreensão, é aí que nos apaixonamos pelo idioma. É essa força que o alemão tem em nos motivar a seguir aprendendo, pois ele exige do aluno uma capacidade que vai além do aprendizado de uma língua. É aprender a pensar de outro jeito. (Karen Schneider)

Amo as línguas latinas, todas elas. São as mais sonoras e agradáveis. Para os meus ouvidos, pelo menos. Já o alemão, é língua de quem está dando bronca. É o estereótipo que fazemos. Até você ouvir alemães, digamos, suaves (sim, existem!), falando esse idioma. Até você ouvir os suíços da parte alemã da Suíça. Daí o alemão fica mais agradável.
Hoje li um artigo muito interessante de uma jornalista contando suas impressões sobre o idioma alemão. Me deixou ainda com mais boa vontade com relação a essa língua.
O texto completo, que vale a pena ser lido (mesmo que você não tenha vontade de aprender alemão), está AQUI.

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Ignorância é uma bênção!

Em Zurique, recebi o maior xingão em alemão de um ciclista porque fui atravessar a ciclovia, sem ver que ele vinha na minha direção. Percebi que ele ficou nervoso pelo tom de voz, mas não entendi nada. Ainda bem! Também não sabia pedir desculpas em alemão, então só fiz a cara do gatinho do Shrek, um gesto universal:



















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Mas curiosidade é a mãe das descobertas!
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De tanto ouvir meu irmão conversar em alemão com sua namorada alemã - forma de ele preservar a privacidade de suas conversas, já que ninguém sabe alemão na família -, eu comecei a "aprender" algumas palavras. Não sei se é pelo tom de voz, pelo contexto ou por telepatia mesmo (!), eu acabo descobrindo algumas coisas que ele está falando - para o seu desespero! E, só para inquietá-lo, ele fala alguma coisa em alemão com a namorada, daí eu repito, em voz alta - tipo voz de fundo, sabe? -, em português (ou o que eu acho que seria em português). 
Dia desses, ele ficou tão assombrado com esse meu "aprendizado" dinâmico, que ele disse para a namorada:

- Meine Schwester versteht alles.

Para quem não sabe alemão, isso significa:

"Minha irmã entende tudo."

E não é que eu logo imaginei que fosse esse o significado? Desespero total para o meu irmão, que está sentindo sua privacidade ameaçada!

sábado, agosto 24, 2013

"Ridículos!" - ou: Post para todos os 'ridículos' do mundo! 


Do livro A DESCOBERTA DO OUTRO, de Gustavo Corção, um livro que li há mais de 5 anos, mas cujas palavras ainda ressoam dentro de mim:

Fiquei então convencido, nesse tempo, de que o mundo estava torto, intencionalmente torto, por malícia humana, para benefício exclusivo da detestada classe burguesa. (...)
Encontrei amigos velhos e conheci novos. Em todos havia a mesma sanha antiburguesa (...)
Formamos logo um grupo conspirador onde havia um pouco de tudo o que fosse revolucionário: leninistas, trotskistas e fascistas. (...)
Passávamos as noites trocando idéias para a retificação do eixo da Terra, com alarido, gastando generosidade, vivendo uma espécie de adolescência mental, citando autores mal lidos, condenando outros absolutamente ignorados, inventando filosofias (...) Os problemas mais diversos do mundo, desde o trigo até o sexo, teriam soluções fáceis desde que pudéssemos fazer um reajustamento de caráter plutônico na geologia social. (...)
Para mim e para o amigo Fred, quando os marxistas não estavam presentes, o problema era mais psicológico do que econômico. Havia melhor entendimento entre nós; e, em lugar de divisão da sociedade em classes, que nos parecia simples demais e um pouco ingênua, víamos a separação dos homens pela linha meridiana da mentira. Fred queria salvar o mundo da mentira ainda que devesse ser implacável e cruel. (...)
Faltava-nos, porém, uma técnica revolucionária (...)
Às vezes os amigos vinham a minha casa (...) o meu maior receio era que os amigos percebessem o burguesismo do meu interior. Nessas noites não havia beijo em filho, e quando a mulher subia para o sobrado levava como despedida um aceno de camaradagem soviética. Um dia, já por essas razões e também pelo heroísmo de nossas conversas, minha mulher declarou-me que eu e meus amigos éramos ridículos.
(...)
Quantas vezes já tenho pensado em vocês, meus bons companheiros de noitadas! Apesar de tudo, nós nos queríamos bem. Hoje vocês estão longe, espalhados pelos quatro ventos, alguns exilados por terem passado da conversa fiada e inofensiva para os atos perigosos e irrefletidos. Meus bons companheiros, minha mulher tinha razão: nós éramos ridículos.

terça-feira, agosto 20, 2013

Tempo, tempo, tempo... 


(de Salvador Dali)












Não sei que mensagem o universo quer me passar quando, no mesmo dia, dois relógios páram de funcionar: o de pulso que uso todos os dias e o da parede do meu quarto. Muita coincidência, né?! Mas eu não acredito em coincidências...
Isso foi ontem. Daí, hoje, li justamente duas reflexões que falam sobre o tempo:

Hagamos del presente um momento eficiente y feliz
(Narciso Irala)

Às minhas costas, sempre escuto
a carruagem alada do tempo se acercando, apressada. 
(Andrew Marvell)

Com os meus botões: É pra eu correr? Ou é pra eu parar? Ou é só pra aproveitar o presente, como recomenda Irala, porque a carruagem alada do tempo não descansa?

domingo, agosto 18, 2013

Música para toda hora 


Essa semana, um cara que trabalha pro IBOPE me perguntou na rua quais rádios eu costumo ouvir e quais os horários. Eu estava com pressa, mas acabei ajudando ele com sua enquete. Disse quais eram as duas rádios que eu mais ouvia (ultimamente, a Itapema FM e a Antena 1. Fico variando: quando uma está chata, vou para a outra e vice-versa) e que as ouvia quando acordava e quando jantava.
Mas, na verdade, eu as ouço muito mais. Quando acordo, já ligo o meu radinho de pilha na cozinha e ouço música enquanto tomo meu café-da-manhã. Também ouço música quando estou tomando banho. E quando lavo a louça e quando arrumo minha cama e meu quarto. Meu velho radinho de pilha me acompanha sempre. É prático, me alegra e desestressa! (Só o desligo na hora da Voz do Brasil, que, ultimamente, mais parece programa de governo ditatorial, do tipo Big Brother, querendo nos convencer de como o governo é maravilhoso.)
Acho que música não pode faltar na nossa vida. Pode ser música calma, música mais agitada; depende do momento.
Pois descobri, há pouco, um site interessante. Ele separa por blocos sempre 6 músicas para determinadas situações da vida. Por exemplo, há sugestão de "6 músicas para fazer as malas", "6 músicas para curtir o frio", "6 músicas para lavar a louça" (!), "6 músicas para acordar de bom humor" etc. É meio Melvin, no filme MELHOR É IMPOSSÍVEL, mas é legal. Porque, ao ouvir as músicas que eles sugerem, você tenta se imaginar na situação proposta. E, também, depois de visitar esse site, você vai começar a ouvir uma música e se perguntar: "em que situação da minha vida essa música se encaixaria?"
Vale a pena a visita ao site e, também, o exercício de prestar mais atenção na música que você está ouvindo. Acho que a vida de qualquer um fica mais leve com um bom fundo musical (*).
O site é este AQUI.

(*) Tenho um CD velhinho, um "Concerto para cordas, de Bach", que, para mim, é o meu fundo musical para os momentos que preciso de "vontade". Ele me estimula muito. Quando o ouço, fico com vontade redobrada para cumprir minhas obrigações e ir atrás dos meus objetivos. E, dia desses, li no jornal que Bach é mais terapêutico do que eu pensava: em uma matéria sobre bebês ansiosos, o médico entrevistado sugeria que os pais colocassem Bach para os bebês se acalmarem e não se tornarem crianças e adultos ansiosos. Já anotei a sugestão!

domingo, agosto 04, 2013

"Durante minhas viagens aprendi que..." 


Estou fora da Minh'Aldeia e, por esse motivo, não apareci aqui esses dias. 
No entanto, apareço hoje, só para compartilhar um texto muito interessante que acabo de ler no site Vagabundo Profissional. É um texto que fala sobre o que um viajante aprendeu em suas viagens. São lições valiosas porque mudam o nosso espírito, mudam a maneira como encaramos o contato com o outro. Lições que nos ajudam a abrir a mente (e o coração) para as nossas próximas viagens (e, por que não?, para a nossa Viagem maior, que é a nossa passagem pela Terra).
Algumas das lições de que mais gostei - e com as quais concordo - são estas:

3. Se perder faz parte da jornada
Você terá inúmeros mapas, aplicativos no celular e indicações de pessoas que já foram para aquele destino. Mesmo assim você irá se perder em algum momento. Isto faz parte da sua jornada e talvez você ache algo inusitado nesta mudança de rota.
5. A natureza é grandiosa
Você já reparou que as melhores paisagens são aquelas formadas pela natureza? A grandeza do Grand Canyon, do Monte Everest, do Deserto do Atacama, do Salar de Uyuni e muitas outras obras incríveis da natureza te deixam impressionado e fazem você parecer pequeno perto da imensidão do mundo
6. O homem é genial
As obras da natureza são grandiosas e o homem é genial. É só ver alguns dos monumentos de Nova York ou apreciar as inúmeras obras de arte do Museu do Louvre. O que os humanos precisam é direcionar esta genialidade para o bem.
7. As amizades de viagem são verdadeiras
Geralmente as pessoas tem algum amigo de infância que é verdadeiro e que a amizade durará muitos anos. Porém, na sua vida você também terá amigos que possuem interesses pessoais. Em uma viagem, não importa as suas posses no seu país de origem, as amizades que você fará não irão depender disso, mas sim, da sua harmonia com a outra pessoa. Estas são as amizades que tem mais probabilidade de durar uma vida toda.
8. As pessoas são bondosas
A maioria das pessoas do mundo são bondosas e nós somos direcionados a acreditar no contrário pela quantidade de notícias ruins que vemos na mídia todos os dias. Viajando você percebe que as pessoas podem ser bondosas e prestativas, não importa o país que você esteja.
12. Eu tenho mais coisas do que eu realmente preciso
Em uma viagem as coisas que você precisa estão condensadas na sua mochila. É impressionante o que compramos diariamente e não precisamos. Antes de comprar qualquer coisa eu converto em viagens que eu poderia fazer com a mesma quantia de dinheiro. Depois de um tempo você percebe que os bens imateriais são muito mais importantes do que os materiais.
O texto completo, você lê AQUI.

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