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segunda-feira, agosto 26, 2013

Tempo de delicadeza, please! 


Falar de delicadeza, mostrando onde ela não existe, levaria alguns posts...e todos nós ficaríamos deprimidos por ver a agressão que a delicadeza sofre no dia-a-dia (no seu bairro, na nossa cidade, no Brasil, no mundo...).
Faz uns anos, comentei sobre um artigo escrito pelo Affonso Romano de Sant'Anna (AQUI). Ontem reli essa crônica e me deu vontade de transcrever um trecho, em que o autor fala sobre os filmes ingleses. Quem vê filme inglês antigo fica nostálgico, sentindo saudades da delicadeza dos gestos e das palavras - ou seria porque a gente torna esses filmes o nosso parâmetro de gentileza?
Eis o que ele falou:

Confesso que buscando programas de televisão para escapar da opressão cotidiana, volta e meia acabo dando em filmes ingleses do século passado. Mais que as verdes paisagens, que o elegante guarda-roupa, fico ali é escutando palavras educadíssimas e gestos elegantemente nobres. Não é que entre as personagens não haja as pérfidas, as perversas. Mas os ingleses têm uma maneira tão suave, tão fina de serem cruéis, que parece um privilégio sofrer nas mãos deles

Isso me lembra o porquê de gostar tanto da Jane Austen. Aliás, a melhor reflexão que já li sobre o porquê de a digníssima ser um grande conforto é da Raquel, do site Jane Austen em Português. Tanto que eu já copiei por aqui! Porque traduz o que a gente sente:

Jane é sempre um grande conforto. Não pelas palavras amáveis, mas pelas pequenas verdades ditas com elegância.

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