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domingo, setembro 27, 2009

COMENSAIS DA MORTE
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É no Harry Potter que há os 'comensais da morte', né? Pois lembro que quando li a descrição deles, achei-a perfeita. Porque há comensais da morte por toda a parte. Algumas pessoas podem não perceber, porque alguns deles andam bem disfarçados, com roupa normal, com rosto normal; até perfume passam. Mas quando você se aproxima deles, daí se dá conta de que está diante de um comensal da morte: algo frio começa a se aproximar de você. Tudo o que é belo, alegre e esperançoso começa a desaparecer e você fica sem forças para agarrar esses sentimentos. Uma escuridão fica ao seu redor e você se sente fraco. É como se houvesse um abismo na outra pessoa, e esse abismo quisesse te puxar.
Tive uma professora que era assim. Saía das aulas dela pálida e com olheiras. Acho até que perdia peso. Precisei aprender a lidar com esse tipo de pessoa: sinal da cruz na testa, na boca e no coração ("Pelo poder da Santíssima Trindade, Deus, nosso Senhor, livrai-nos de todos os nossos inimigos, Amém"). Não é exagero meu. Uma amiga e eu passamos a fazer isso - e deu certo. A outra técnica, aprendi um tempo depois, no livro do John O'Donohue, quando ele cita Pascal: "em tempos difíceis, devemos manter algo belo no coração". Isso ajuda muito. Quer um exemplo: você está ao lado de um comensal da morte, então se lembra de uns versos da Adélia Prado (*).... ou da luz dourada que aparece de vez em quando. Aliás... essa luz dourada...comensal da morte nenhum é capaz de apagá-la
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(*) Mais um da Adélia, pois estou relendo alguns de seus poemas...
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(...)
Que noite tão clara e quente,
ó vida breve e boa!
A cigarra atrela as patas
é no meu coração.
O que ela fica gritando eu não entendo,
sei que é pura esperança.
(Módulo de Verão)
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