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sábado, janeiro 16, 2010

FILMES QUE FALTA EU COMENTAR: RAN
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Daqueles filmes que eu gostaria de ver (ver post do dia 29 de novembro de 2009), já consegui assistir a O TERCEIRO HOMEM e RAN.
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Com relação a O TERCEIRO HOMEM, o comentário que um amigo me enviou fala por mim. O filme é realmente muito bom. Vai conduzindo o espectador por um suspense crescente. E há algo que chama a atenção: os diálogos dos filmes antigos eram muito mais ricos. Os personagens pensavam antes de falar, e pronunciavam frases mais elaboradas, não apenas os "fuck you" dos filmes de hoje. E o ponto alto do filme, o tchan dele, é quando aparece o Orson Welles pela primeira vez. Ali na sombra, sua cara de cínico é impagável. Dá vontade de rever essa cena.
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Quanto ao RAN...Bom, vamos lá. As imagens são belíssimas, o figurino está ótimo, é um filme do grande Kurosawa...mas eu não agüentei. Fui até o final do filme só para ver como ia terminar, mas fiquei com vontade de cometer um harakiri. Me desculpem os orientais se disser alguma besteira, mas gostaria de saber se é preciso ser um oriental pra entender o filme. O filme SONHOS, do Kurosawa, é um dos meus favoritos, mas este filme, o RAN... o que é isso? O filme mostra um pai e três filhos. Se um filho faz uma rebeldia pro pai, este se vira de costas e diz: Nunca mais quero olhar para você. O que é isso?? Daí tem desgraça atrás de desgraça, um irmão passando a perna no outro, uma cunhada pedindo a cabeça da outra criada... Tem filmes que só mostram desgraceira, mas que são bons. Mas este... Deve estar além da minha compreensão. Talvez esse drama que aparece em RAN seja o ponto alto do filme, mas é um drama tão seco, tão sem o "vamos-conversar-pra-tentar-melhorar", que fui ficando agoniada. Por isso que me passou pela cabeça que talvez seja necessário ter uma cabeça de oriental para compreender os comportamentos dos personagens. Mas se eu estiver equivocada, então peço que alguém me corrija e venha me explicar melhor o filme.
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Durante o filme RAN, quando estava começando a compreender por que o harakiri surgiu onde surgiu, uma música veio me salvar, me lembrando de pequenos prazeres da vida, alguns cheiros remotos - e saborosos - e da luz que tanto me fascina. É uma música que eu sabia que vinha de algum filme, mas não lembrava qual. Até que me veio à memória: do filme UM BOM ANO (ver post do dia 10 de abril de 2009), num jantar de Max com Fany. Ouçam:
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A esse respeito, comento mais no próximo post.
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