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O clube de leitura "Chá com Jane Austen" mudou de nome. Agora é "O que Jane Austen faria?" Se quiser mais informações, envie-me um email para: rebecamiscow@gmail.com
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quinta-feira, junho 19, 2003
ESTÁ PEGANDO FOGO!
Quem diz que o ser humano é a criatura mais imprevisível do planeta não conhece o cão da rua por onde passo.
No dia 16, contei-lhes de como o vira-lata se auto intitulou meu guarda-costas. De 2a-feira até hoje, recebi e-mails e comentários de amigos que se comoveram quando o cão me defendeu do puddle. Uma amiga, estudante de veterinária, me pediu para ter mais consideração por ele. Um colega, publicitário, disse que esse é o cachorro-propaganda da vida dele. Uma grande amiga sugeriu a possibilidade de o meu príncipe encantado estar nele e não num sapo que passou por mim, na Floresta da Tijuca, uns anos atrás – antes que alguns leitores, ávidos por análises psicanalíticas, queiram opinar sobre essas histórias, digo: “sapo”, “cachorro” e tudo o mais estão no sentido literal! Não são metáfora de nada, nem representam o alter-ego de ninguém. O que há, confesso, são alguns retoques feitos pela imaginação, mas não revelo onde. -; e tenho, ainda, um amiguinho de 10 anos, um garoto com tendência a São Francisco de Assis, pensando em adotar o cão e levá-lo para o zoológico que está montando em sua casa, para o desespero da mãe.
Enfim, muitos se afeiçoaram ao vira-lata e já estava repensando sobre a minha maneira de tratá-lo. Porém, ontem à noite, passando pelo caminho de sempre, o danado latiu para mim e eu cheguei a pensar que seria mordida e levaria não sei quantas vacinas na barriga. A cena foi assim: andava calmamente e ele veio correndo e latindo. Obviamente, levei um susto, pois não esperava essa atitude. Em frações de segundos, temi ser mordida, mas, ao mesmo tempo, consegui me concentrar e, um pouco hesitante, bati o pé no chão e disse “xô!”. Ele se afastou, mas, percebendo minha insegurança, tornou a latir e a se aproximar. Então, não tive dúvidas: reuni toda a bravura heróica que surge nesses momentos e esbravejei: “sai daqui, feioso!”. E o cachorro obedeceu, sumindo da minha vista.
Mas fiquei preocupada: manso uma hora; bravo, outra...Isso é mau sinal. Ele me chamou para a arena e há poucos dias assisti ao filme O Poderoso Chefão. Ou seja, se ele realmente está pensando em uma disputa por território, ele que se cuide porque “it´s not personal; it´s business”!
Sorte minha não ter nenhum amigo fiscal do Ibama.
(Os manterei informados, não se preocupem.)
Quem diz que o ser humano é a criatura mais imprevisível do planeta não conhece o cão da rua por onde passo.
No dia 16, contei-lhes de como o vira-lata se auto intitulou meu guarda-costas. De 2a-feira até hoje, recebi e-mails e comentários de amigos que se comoveram quando o cão me defendeu do puddle. Uma amiga, estudante de veterinária, me pediu para ter mais consideração por ele. Um colega, publicitário, disse que esse é o cachorro-propaganda da vida dele. Uma grande amiga sugeriu a possibilidade de o meu príncipe encantado estar nele e não num sapo que passou por mim, na Floresta da Tijuca, uns anos atrás – antes que alguns leitores, ávidos por análises psicanalíticas, queiram opinar sobre essas histórias, digo: “sapo”, “cachorro” e tudo o mais estão no sentido literal! Não são metáfora de nada, nem representam o alter-ego de ninguém. O que há, confesso, são alguns retoques feitos pela imaginação, mas não revelo onde. -; e tenho, ainda, um amiguinho de 10 anos, um garoto com tendência a São Francisco de Assis, pensando em adotar o cão e levá-lo para o zoológico que está montando em sua casa, para o desespero da mãe.
Enfim, muitos se afeiçoaram ao vira-lata e já estava repensando sobre a minha maneira de tratá-lo. Porém, ontem à noite, passando pelo caminho de sempre, o danado latiu para mim e eu cheguei a pensar que seria mordida e levaria não sei quantas vacinas na barriga. A cena foi assim: andava calmamente e ele veio correndo e latindo. Obviamente, levei um susto, pois não esperava essa atitude. Em frações de segundos, temi ser mordida, mas, ao mesmo tempo, consegui me concentrar e, um pouco hesitante, bati o pé no chão e disse “xô!”. Ele se afastou, mas, percebendo minha insegurança, tornou a latir e a se aproximar. Então, não tive dúvidas: reuni toda a bravura heróica que surge nesses momentos e esbravejei: “sai daqui, feioso!”. E o cachorro obedeceu, sumindo da minha vista.
Mas fiquei preocupada: manso uma hora; bravo, outra...Isso é mau sinal. Ele me chamou para a arena e há poucos dias assisti ao filme O Poderoso Chefão. Ou seja, se ele realmente está pensando em uma disputa por território, ele que se cuide porque “it´s not personal; it´s business”!
Sorte minha não ter nenhum amigo fiscal do Ibama.
(Os manterei informados, não se preocupem.)
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