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domingo, dezembro 14, 2003

É INTERESSANTE o que lembramos de alguns filmes assistidos no cinema - tudo menos o filme!

Quando era criança me levaram para assistir a uma versão inglesa de ORGULHO E PRECONCEITO da Jane Austen. Comece a juntar os fatos, caro Watson: eu era criança – e esse foi o fator principal para eu não estar à vontade naquela seção - , o filme era inglês e a história não tinha bruxas ou aventuras ou qualquer outro detalhe que prendesse a atenção de uma “child”.

O que me lembro da sala de cinema é que havia muitas senhoras, algumas acompanhadas por seus maridos, e bem poucas crianças, provavelmente também “arrastadas” para aquele filme. Quando ORGULHO E PRECONCEITO começou, tive a impressão de que metade dos espectadores dormia na poltrona. Ao meu lado, estava um casal de meia-idade e o homem, além de dormir, roncou. Algumas vezes ele abriu os olhos, mas, não se interessando pelo que via, voltava a dormir. (Numa dessas despertadas, ele virou-se para mim e, não sei por que, sorriu. Talvez tenhamos nos compreendido.).

Em certa cena, uma em que o galante Mr. Darcy aparece para falar com Elisabeth, meu “colega” dorminhoco acordou e cantou para sua esposa em um tom que acabou sendo alto:

- Ele tá de olho é na butique dela!

Sinceramente, acho que sua intenção não foi chamar a atenção dos outros, visto o seu embaraço estampado no rosto. Mas foi o ponto alto do filme: todos riram e quem estava dormindo acordou para ver se o Mr Darcy estava realmente interessado na "butique" da Elisabeth.
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