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sábado, dezembro 13, 2003
Quero compartilhar com vocês um texto do meu amigo Sanderson, do blog:
www.sandersoncs.blogspot.com
Todo elogio é uma forma de cobrança.
-Todo elogio é uma forma de cobrança, dizia ele.
-É isso mesmo, continuava, não que seja ruim, mas é uma cobrança
Ela que acabava de o elogiar, não entendia aquela maneira rude de retribuir a um tão singelo elogio, inocente sim, na sua forma mais pura e desinteressada.
Mas ele insistia em defender sua idéia, naquele monólogo à dois (afinal o mais pobre e triste de todos os tipos de monólogos) que ele parecia não querer acabar:
-É assim, se você fala a uma pessoa que acha o cabelo dela bonito, é porque não quer que corte ou mude, quer que fique assim, porque é assim que você o acha bonito.
-Mas... ela esboçou uma reação.
-Se quer que alguém se comporte assim, diz a ela que ela é legal e se gosta que ela estude, a elogia por ser estudioso, é assim.
-É... fracassou ela em dizer algo.
-Não eu não quero que você me peça desculpa ou se justifique, mas é que acaba sendo, a pessoa que recebe se sente cobrada.
Nesse ponto ele já se sentia, era o dono da conversa, da razão, da verdade e acabava, tudo estava provado, assim como dois e dois são quatro.
O certo é que pra variar ele estava certo, era o dono da verdade, ela concordou em não mais elogiá-lo.
-Afinal, se você pensa assim o que eu posso fazer.
Apenas isso ele aceitou, era a única reposta pra qual ele se calava.
O certo também é que dali uns dias ela foi embora, ele ficou e numa terça à noite ele já diria tudo o contrário. Mesmo que todo elogio seja uma cobrança. Até mesmo se fosse uma cobrança, mas o que ele queria era alguém para cobrar-lhe.
(Amigo, você está querendo um chamego da "alma azul", hein?!)
www.sandersoncs.blogspot.com
Todo elogio é uma forma de cobrança.
-Todo elogio é uma forma de cobrança, dizia ele.
-É isso mesmo, continuava, não que seja ruim, mas é uma cobrança
Ela que acabava de o elogiar, não entendia aquela maneira rude de retribuir a um tão singelo elogio, inocente sim, na sua forma mais pura e desinteressada.
Mas ele insistia em defender sua idéia, naquele monólogo à dois (afinal o mais pobre e triste de todos os tipos de monólogos) que ele parecia não querer acabar:
-É assim, se você fala a uma pessoa que acha o cabelo dela bonito, é porque não quer que corte ou mude, quer que fique assim, porque é assim que você o acha bonito.
-Mas... ela esboçou uma reação.
-Se quer que alguém se comporte assim, diz a ela que ela é legal e se gosta que ela estude, a elogia por ser estudioso, é assim.
-É... fracassou ela em dizer algo.
-Não eu não quero que você me peça desculpa ou se justifique, mas é que acaba sendo, a pessoa que recebe se sente cobrada.
Nesse ponto ele já se sentia, era o dono da conversa, da razão, da verdade e acabava, tudo estava provado, assim como dois e dois são quatro.
O certo é que pra variar ele estava certo, era o dono da verdade, ela concordou em não mais elogiá-lo.
-Afinal, se você pensa assim o que eu posso fazer.
Apenas isso ele aceitou, era a única reposta pra qual ele se calava.
O certo também é que dali uns dias ela foi embora, ele ficou e numa terça à noite ele já diria tudo o contrário. Mesmo que todo elogio seja uma cobrança. Até mesmo se fosse uma cobrança, mas o que ele queria era alguém para cobrar-lhe.
(Amigo, você está querendo um chamego da "alma azul", hein?!)
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