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quarta-feira, fevereiro 04, 2004

O PROBLEMA DE OBSERVAR, de dentro do ônibus, episódios que se passam fora dele é que, na verdade, quem passa (*) é o próprio ônibus e, então, não vemos a cena completa - e, com nossa mania de querer explicar tudo, chegamos a conclusões que podem não corresponder com a realidade. Não sei se fui clara, mas o que quero dizer é que, de vez em quando, me questiono se o que vi, de passagem, é o que pensei ter visto...Ficou mais confuso? Bem, o que quero, na verdade, é contar uma cena que "presenciei", ainda em 2003, e me fez tirar uma conclusão que, justamente por não poder confirmá-la, não a deixarei tão explícita neste post; somente a insinuarei...

O ônibus havia parado no sinal. Nesse instante, olhei pela janela e vi, na calçada, um homem de roupas simples beijar o chão e, ajoelhado, levantar os braços para o céu. (O que, vocês hão de convir, é uma cena inusitada.) Então o ônibus prosseguiu e eu só consegui pensar no que havia em frente à calçada desse homem, do outro lado da rua: o presídio da minha cidade.

(*) Isso lembra aquela sbedoria: "NA VIDA TUDO É PASSAGEIRO, MENOS O COBRADOR E O MOTORISTA".
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