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O clube de leitura "Chá com Jane Austen" mudou de nome. Agora é "O que Jane Austen faria?" Se quiser mais informações, envie-me um email para: rebecamiscow@gmail.com
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sábado, fevereiro 28, 2004
VIAGENS, LUGARES, IDEAIS, IMAGINÁRIOS
Tinha compartilhado com vocês, leitores do Desanuviando, uma intenção de viagem, na qual acompanharia o Viramundinho – sim, o viajante principal é o Vira; eu serei apenas acompanhante! Pois bem, ela ainda está de pé, mas como não me decidi pelo local, não ousei arrumar as bagagens – e afinal de contas, ainda que seja possível, é difícil se trasladar sem saber para onde ir.
É verdade que há a possibilidade de irmos para aquele lugar anunciado na revista de turismo, mas, vocês sabem, pontos turísticos são caros e os tais pacotes de agências nos tolhem a liberdade de conhecer os locais sem compromissos de horário.
Por esses motivos, a viagem está adiada e eu continuo me informando sobre lugares ideais, como os que estão descritos num livro de que fui informada: DICIONÁRIO DE LUGARES IMAGINÁRIOS. Ainda não tive acesso a ele, mas ouvi falar de duas viagens interessantes: uma, para a TERRA TEMPERAMENTAL, onde o clima é imprevisível, pois muda conforme o estado de espírito dos habitantes; outra, para a ILHOTA DA FELICIDADE – e quem é que não quer ir para lá? – em que o único porém é um caminho de obstáculos que se deve superar (mas deve valer a pena!).
Se tiverem mais sugestões, aceito!
**************************************************
Acabo de ler no jornal o anúncio de um livro, chamado A ARTE DE VIAJAR. Deve ser interessante, mesmo levando em conta que uma viagem é sempre pessoal e a impressão que um teve geralmente é diferente da de outro.
Mas o que me chamou a atenção mesmo foi uma revelação do autor desse livro, Alain de Botton, sobre quartos de hotel:
“quartos de hotel podem ser lugares muito inspiradores para fazer reflexões. Deitado na cama, o quarto quieto, com raras interrupções do elevador fazendo sua digestão nas vísceras do hotel, podemos pôr fim a conflitos nossos, sobrevoar faixas grandiosas e ignoradas de nossa experiência. (...)”.
Reparem bem no que ele disse: “deitado na cama”. Talvez o segredo para toda essa reflexão seja esse detalhe - estar deitado na cama. Penso isso porque há pouco tempo li um conto, cujo título era...DEITADO NA CAMA. E o li por três motivos – nossa, é impressão minha ou estou explicando tudo hoje? -: 1o.) era um dos contos mais curtos de um livro-coletânea de contos; 2o.) eu estava justamente deitada na cama, buscando algo para ler antes de dormir, e 3o.) é do Chesterton, escritor a que alguns amigos bloguistas se referem. Para resumir, o texto praticamente mudou a minha vida. Mudou minha forma de encarar esse hábito, já tão arraigado em mim, mas que muitas vezes me deixava com sentimento de culpa. Sempre gostei da P.H. (Posição Horizontal) e o texto é basicamente uma exaltação a essa posição – e um respaldo para aqueles que também gostam de ficar deitados na cama. Vejam o que o Chesterton diz:
“(...) estou seguro de que foi alguém na minha posição quem teve a inspiração original de cobrir os tetos de palácios e catedrais com uma profusão de anjos caídos e deuses vitoriosos. Tenho certeza de que foi graças ao antigo e honrado hábito de ficar deitado na cama que Michelangelo imaginou como o teto da Capela Sistina poderia se transformar numa incrível imitação do drama divino que só no alto pode ser encenado.
O tom que se usa hoje em dia em relação ao hábito de ficar na cama é insalubre e hipócrita. Entre todos os traços da modernidade com a marca da decadência não existe nenhum tão ameaçador e perigoso quanto a exaltação do mesquinho e secundário em detrimento do importante e primordial, dos trágicos e eternos princípios da moral humana (...). Ao invés de ser visto como devia ser, como questão de preferência ou conveniência pessoal, levantar-se cedo é considerado por todos como essencial a um caráter moral. É, no fundo, o resultado da popular visão pragmática das coisas, mas na verdade não há nada que se possa dizer objetivamente nem a favor de levantar cedo nem contra o oposto disso. (...)”.
E para finalizar, cuidado com isto, ou melhor, leia isto, mas, já vou avisando, você pode não querer mais sair da P.H.:
“A palavra de cautela é esta: se você ficar na cama até tarde, faça isso sem nenhuma justificativa. Não estou falando, é claro, para os enfermos. Mas se um homem saudável resolve ficar deitado, deve fazê-lo sem nenhuma desculpa; assim e só assim ele se levantará saudável. (...)”.
Tinha compartilhado com vocês, leitores do Desanuviando, uma intenção de viagem, na qual acompanharia o Viramundinho – sim, o viajante principal é o Vira; eu serei apenas acompanhante! Pois bem, ela ainda está de pé, mas como não me decidi pelo local, não ousei arrumar as bagagens – e afinal de contas, ainda que seja possível, é difícil se trasladar sem saber para onde ir.
É verdade que há a possibilidade de irmos para aquele lugar anunciado na revista de turismo, mas, vocês sabem, pontos turísticos são caros e os tais pacotes de agências nos tolhem a liberdade de conhecer os locais sem compromissos de horário.
Por esses motivos, a viagem está adiada e eu continuo me informando sobre lugares ideais, como os que estão descritos num livro de que fui informada: DICIONÁRIO DE LUGARES IMAGINÁRIOS. Ainda não tive acesso a ele, mas ouvi falar de duas viagens interessantes: uma, para a TERRA TEMPERAMENTAL, onde o clima é imprevisível, pois muda conforme o estado de espírito dos habitantes; outra, para a ILHOTA DA FELICIDADE – e quem é que não quer ir para lá? – em que o único porém é um caminho de obstáculos que se deve superar (mas deve valer a pena!).
Se tiverem mais sugestões, aceito!
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Acabo de ler no jornal o anúncio de um livro, chamado A ARTE DE VIAJAR. Deve ser interessante, mesmo levando em conta que uma viagem é sempre pessoal e a impressão que um teve geralmente é diferente da de outro.
Mas o que me chamou a atenção mesmo foi uma revelação do autor desse livro, Alain de Botton, sobre quartos de hotel:
“quartos de hotel podem ser lugares muito inspiradores para fazer reflexões. Deitado na cama, o quarto quieto, com raras interrupções do elevador fazendo sua digestão nas vísceras do hotel, podemos pôr fim a conflitos nossos, sobrevoar faixas grandiosas e ignoradas de nossa experiência. (...)”.
Reparem bem no que ele disse: “deitado na cama”. Talvez o segredo para toda essa reflexão seja esse detalhe - estar deitado na cama. Penso isso porque há pouco tempo li um conto, cujo título era...DEITADO NA CAMA. E o li por três motivos – nossa, é impressão minha ou estou explicando tudo hoje? -: 1o.) era um dos contos mais curtos de um livro-coletânea de contos; 2o.) eu estava justamente deitada na cama, buscando algo para ler antes de dormir, e 3o.) é do Chesterton, escritor a que alguns amigos bloguistas se referem. Para resumir, o texto praticamente mudou a minha vida. Mudou minha forma de encarar esse hábito, já tão arraigado em mim, mas que muitas vezes me deixava com sentimento de culpa. Sempre gostei da P.H. (Posição Horizontal) e o texto é basicamente uma exaltação a essa posição – e um respaldo para aqueles que também gostam de ficar deitados na cama. Vejam o que o Chesterton diz:
“(...) estou seguro de que foi alguém na minha posição quem teve a inspiração original de cobrir os tetos de palácios e catedrais com uma profusão de anjos caídos e deuses vitoriosos. Tenho certeza de que foi graças ao antigo e honrado hábito de ficar deitado na cama que Michelangelo imaginou como o teto da Capela Sistina poderia se transformar numa incrível imitação do drama divino que só no alto pode ser encenado.
O tom que se usa hoje em dia em relação ao hábito de ficar na cama é insalubre e hipócrita. Entre todos os traços da modernidade com a marca da decadência não existe nenhum tão ameaçador e perigoso quanto a exaltação do mesquinho e secundário em detrimento do importante e primordial, dos trágicos e eternos princípios da moral humana (...). Ao invés de ser visto como devia ser, como questão de preferência ou conveniência pessoal, levantar-se cedo é considerado por todos como essencial a um caráter moral. É, no fundo, o resultado da popular visão pragmática das coisas, mas na verdade não há nada que se possa dizer objetivamente nem a favor de levantar cedo nem contra o oposto disso. (...)”.
E para finalizar, cuidado com isto, ou melhor, leia isto, mas, já vou avisando, você pode não querer mais sair da P.H.:
“A palavra de cautela é esta: se você ficar na cama até tarde, faça isso sem nenhuma justificativa. Não estou falando, é claro, para os enfermos. Mas se um homem saudável resolve ficar deitado, deve fazê-lo sem nenhuma desculpa; assim e só assim ele se levantará saudável. (...)”.
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