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sábado, setembro 18, 2004

PODER ULTRAJOVEM?

Faz poucos meses, encontrei um garoto que tinha estudado comigo em 1995. Naquele ano, tinha um certo receio dele, pois eu ainda era criançona e ele era um aluno "répi" (repetente) e, por isso, mais velho, com barba grossa - o único da sala que tinha barba - e muuito sério. Para ser sincera, ele era tão sério e tinha uma barba tão grossa, que mais parecia um daqueles rostos de "retrato falado". (Acho que agora vocês compreendem o meu receio.)
Mas dizia que o havia encontrado há alguns meses.
Pois bem, eu passei por ele e o reconheci de cara: não mudou nada, nem a barba ficou mais grossa, nem a seriedade de seu rosto aumentou, nem ele cresceu de tamanho. No entanto - e talvez por isso - , sua imagem agora era tão amigável que resolvi falar com ele. Conversamos por alguns minutos e me dei conta de que o meu receio fora em vão. O rapaz era sério porque era quietão mesmo e, além disso, devia estar desenturmado no meio daqueles pré-adolescentes de voz fina.
Nada como o tempo para nos tirar certos medos.

Bom, mas o mais interessante desse encontro é que no mesmo dia, quando voltava para casa, vi do ônibus (volto com as histórias de ônibus) esta cena:

Estava um garotinho em seu triciclo, a toda velocidade, na calçada. Suas perninhas se moviam freneticamente e assim ele ia desviando de corredores e passando na frente de pedestres. Vi um outro garoto, de mãos dadas com a mãe, olhando admirado para o jovem "ciclista". E este, ao perceber a admiração de uma outra criança, pela sua façanha, continuou a pedalar, mas olhando para trás, acho que sorrindo orgulhoso para o outro. E sem ver o que vinha na frente, não reparou que um enorme São Bernardo surgia no meio do seu caminho...

No momento em que o garotinho olhou para frente e viu aquele cachorrão parado, seu rosto enrijeceu e ele imediatamente freou o triciclo com os pés, reiniciando a pedalada frenética... só que de ré!

O resto vocês já sabem: o ônibus passou e eu perdi a continuação. Mas ao principal pude assistir. E achei muita graça. Assim como o garotinho também deverá achar graça quando ficar maior, quando trocar o triciclo por uma bicicleta com rodinhas, esta por uma sem rodinha e então passar por um cachorro grande, mas menor que ele. E mais graça deverá achar quando perceber que o cachorro que lhe assustara era um São Bernardo, um dos cachorros mais sonsos e amigáveis que há.
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