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domingo, julho 31, 2005

QUASE(*) deixei este recado para o carteiro quando esperava por uma encomenda importante:

SENHOR CARTEIRO:

ESTE EDIFÍCIO TINHA DOIS NÚMEROS: 611 E 323.
RECENTEMENTE, ELE FOI PINTADO E PASSOU A TER SOMENTE O NÚMERO 323.
NO ENTANTO, CARTAS QUE ESTIVEREM DESTINADAS AO NÚMERO 611, FAVOR ENTREGÁ-LAS NORMALMENTE.

GRATO,
EDIFÍCIO M. I.


(Só faltou dizer que a decisão de pintar o edifício havia sido tomada há mais de um ano, mas só terminaram de pintá-lo agora porque há inadimplentes morando aqui. Foi uma lenha para juntar o dinheiro, escolher a empresa que pintaria e as cores com que pintaria. No final, acabou agradando: o prédio ficou azul e amarelo. Cores boas. Aliás, as cores do meu blog. Sim, eu tenho um blog. Mas isso não vem ao caso agora. O que eu queria dizer é que até semana passada o edifício tinha dois números e pasou a ter um. Aliás, até semana retrasada, pois nas duas últimas semanas ele ficou sem número. Deve ter faltado dinheiro para a tinta preta, que é a cor do números. Mas, sabe, seu carteiro, nem dá para culpar muito os inadimplentes daqui. Há tanta roubalheira neste país... Esses moradores pelo menos trabalham. E pagam. Com certo atraso, mas pagam. O senhor deve compreender. Vai ver que deixar o prédio com um número só é uma medida de economia. E o certo também. Para quê ter dois números? Não entendia. Só que eu tive o azar de escolher o número rejeitado e não deu tempo de avisar ao meu remetente. Portanto, a encomenda destinada ao Edifício M. I., número 611, e o número do meu apartamento, por favor, entregue para mim!)


(*)Digo “quase” porque, felizmente, o carteiro que entregou a minha encomenda já é velho conhecido do prédio.
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