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domingo, novembro 20, 2005

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No filme MENSAGEM PARA VOCÊ, o personagem do Tom Hanks diz que O PODEROSO CHEFÃO é um oráculo, pois tem todas as respostas para os problemas da vida (Não é pessoal, são negócios, Vá para a arena etc).

Ontem me dei conta de que o LUNA DE AVELLANEDA se transformou no meu oráculo. Passei a manhã conversando com uma pessoa que também gosta desse filme e volta e meia uma frase do filme vinha se “encaixar” direitinho no que estávamos conversando. Por exemplo: essa pessoa me contava que o pai de um certo escritor teve que se aposentar cedo por motivos de saúde e, conseqüentemente, passou o maior tempo da vida em casa, inventando brincadeiras para os filhos. Ele me contou isso, pois estávamos falando sobre a mania que muitos têm em buscar prestígio profissional, social etc e que aquilo que o pai desse escritor fez pode não ter nenhum valor para muita gente. Então, a frase do LUNA que veio foi: ¿Pero que valor puede tener eso desde la razón?, frase que o Román diz para o advogado durante a assembléia que decidirá o futuro do clube. Para vocês entenderem a situação, o Román está defendendo a recuperação do clube e pergunta para os pragmáticos da vida: ¿Pero qué valor puede tener eso desde la razón? ¿Qué valor puede tener conocer a un tipo como Don Aquiles? ¿O ser amigo de Emilio? Seguro que no tanto como el laburo que vos proponés.

Logo em seguida, essa pessoa e eu passamos por um homem na rua, no momento em que ele arrotava bem forte. Nós nos olhamos e dissemos: ¡Eso es felicidad!, nos lembrando da frase dita pelo porco do Amadeo quando solta um peido (foi ‘peido’ porque foi barulhento! Se fosse suave, seria flatulência - mais educado!) no sofá do seu apartamento.

Depois, em mais uma hora de conversa, nos lembramos da idéia ingênua do Román e da analogia que o advogado faz com os emails que os internautas se encaminham para acabar com a guerra do Iraque, chegando a pedir a assinatura de quarenta milhões de pessoas que querem a paz: La macana es que Bush se caga en esos cuarenta millones.

Outra frase que apareceu foi quando essa pessoa e eu começamos a discordar de uma coisa e quando vi que ela tinha razão, disse, imitando o ar de resignação do Román: Tiene razón, tiene razón, no puedo decir nada porque tiene razón. E olhando para o seu rosto disse: Tenés razón.

E até o final da manhã, mais algumas foram ditas, sempre complementando o que estávamos falando: Dalma es más que una gran estrella; acá es feliz; Descubrí que puedo vivir sin cable, sin video, ..., pero no puedo vivir sin la admiración de mi mujer y de mi hijo, mis hijos.; Y porque tenemos poco, hacemos poco. Y queremos poco.; Tenés rico olor, papi.; Bueno, bueno, bueno (falando bem ligeiro, como se fosse uma única palavra, para chamar a atenção do público: buenobuenobueno).
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Foi engraçado. Até poderiam pensar que nossa conversa foi toda direcionada pelas frases do filme, mas foram elas que nos acompanharam e mesmo quando estou sozinha, uma dessas frases vem complementar o que estou pensando. Até os palavrões do filme, até os comentários engraçados, até os tristes. ...Y para la madre que lo parió; ¿Qué me importa?; ¡Siga el baile, siga el baile!; ¡Subí, subí, subí, aaah!; Tres cosas fundamentales: no pedís nada, no comprás nada, no tocás nada. (Esse último me veio ontem, quando passei, no Centro, por uma mãe que dizia para a filha pequena: Não vou comprar nada! Nem adianta insistir!)
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Isso é o que acontece depois de ter visto cinco vezes o mesmo filme em menos de dois meses.
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