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domingo, janeiro 22, 2006

Divago com os meus botões.

Quando se gosta muito de algo, você fala disso o tempo todo, sem perceber. Você respira esse algo e por isso o comenta sempre.
Há uma diferença entre falar de algo para ser esnobe e falar de algo porque faz parte da sua vida. Ler e falar de livros, por exemplo, poderia ser algo corriqueiro entre as pessoas (e no nosso país). Poderia e seria bom, pois assim os que lêem não se sentiriam superiores aos demais e os que não lêem não se gabariam por isso nem desdenhariam aqueles que costumam ler.

Rubens Ewald Filho

Conheço muita gente que o acha “estranho”, mas sabem que gosto dele? Prefiro os comentários dele aos de outros críticos de cinema.
Ele é um exemplo de pessoa que está sempre falando de algo de que gosta muito. É cinema o tempo todo e imagino que é preciso gostar de cinema também para estar ao lado dele, caso contrário ele parecerá um chato ou um... esnobe.

Nas vezes em que ele fala com empolgação sobre um filme, dá para ver que realmente se entusiasmou quando o assistiu. E quando a gente se entusiasma com algo, logo pensa que outros também poderão se entusiasmar. Assim, fala aos quatro ventos o quanto esse algo é bom. Compreendem? O que não é esnobismo pode ser altruísmo.

E para ser altruísta, desejando momentos de entusiasmo, digo quais foram os três melhores filmes e os dois melhores livros dessas férias.

Melhores filmes (na ordem em que os vi, pois os três ficaram empatados em primeiro lugar):

- RAY (um artista cujo auge da carreira não coincidiu com a morte por overdose. Ele começou com a maconha, passou para a heroína, sua vida foi “desandando”, mas conseguiu se livrar das drogas e continuou sendo ótimo. O filme bastava por essa mensagem, mas ainda é bem feito, tem boa interpretação e as boas músicas do REI Charles!)

- A RECRUTA BENJAMIN (é engraçadíssimo no começo e muito bom no final. Já deve ter passado na sessão da tarde, mas só vi agora. A Goldie Hawn é tão engraçada quanto a filha, a Kate Hudson - e vice-versa.).


- DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA (é de 1957 e foi o melhor filme de júri - só juri, sem juiz, sem advogado - que já vi e um dos melhores da minha vida. Roteiro excelente, muitíssimo bem representado, tenso e psicológico. Você fica doido para saber o final, mas também não quer perder nenhum desenrolar da trama.)

(Em segundo lugar no pódio, e estou falando bem sério, vem DOIS FILHOS DE FRANCISCO. Se não se tratasse da história de uma dupla sertaneja seria melhor – sei que estou sendo preconceituosa... Bom, o filme é bonitinho e quem me conhece sabe que o meu “bonitinho” pode ter uma carga de elogio grande. Bonitinho o Gianecchini, não?; Ah, que bonitinho o presente que você me deu.).

Melhores livros:

- ORGULHO E PRECONCEITO (de novo e que sempre vai estar no pódio! Minha avó, minha mãe, uma tia e uma amiga da faculdade também adoram a Jane Austen e em particular esse livro. Dá para entender porque as mulheres gostam mais do que os homens – oh, Mr. Darcy...-, mas o livro é muito bem escrito. Você, homem, pode até não se sensibilizar com os pares românticos da história, mas há de concordar que só pelas cartas escritas pelos personagens já se pode notar o talento da Jane Austen.)

- ARGENTINOS – MITOS, MANIAS E MILONGAS (que meu pai me deu depois que uns amigos e eu falamos exaustivamente de Buenos Aires. Foi escrito por duas jornalistas brasileiras e é uma leitura bastante agradável. Bom para ver se o que falamos deles coincide com a imagem descrita pelas jornalistas e com a imagem que eles se têm.)
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