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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Muitas reflexões para um simples acontecimento
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Ontem, estava lendo na minha escrivaninha. Quando chegou a hora do almoço, interrompi a leitura, ajeitei minhas coisas e fui comer. Um detalhe importante: na hora, resolvi colocar o livro e as papeladas que estavam sobre a mesinha em outro lugar (coisa que eu nunca faço: mesa é pra ter algo em cima mesmo!).
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Comi. Quando terminei e voltei para o quarto, uma novidade na decoração: algum passarinho defecara sobre a minha mesa. E pior: fez isso enquanto voava, pois o negócio dava a impressão de que fora lançado do espaço! Desculpem contar isso, elegantes leitores, mas esse episódio rendeu o que falar. Várias elucubrações surgiram. Ei-las: (e hoje estou usando muito “dois pontos”...)
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Primeiro: como sei que foi um passarinho? Pelo aspecto da coisa e outros indícios. Em frente à minha janela, há uma fiação elétrica, onde um joão-de-barro tem casa e filhotes. Esses filhotes estão sempre voando e dando rasantes perto das janelas dos apartamentos. Ontem, então, eles estavam eufóricos. Devia ser por causa da trégua dada pela chuva. (O que também explica por que minhas janelas estavam abertas).
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Segundo: por que ele entrou no meu quarto? Aí é que estão o mistério e as hipóteses:
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- Foi o cheiro de rosas inglesas que coloco no quarto. É uma frescurinha, mas deve ter agradado ao pássaro.
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- Sobre a minha escrivaninha, há uma florzinha de madeira. Vai ver ele pensou que era natureza mesmo. Quando bateu o bico na madeira, ficou tão chateado, que voltou para fora, mas fez questão de expressar a sua indignação.
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- Em uma estante, há a imagem de São Francisco de Assis, um dos santinhos favoritos – para mim e, sem dúvida, para os pássaros. A imagem é pequena, mas o poder dele é grande. O pássaro devia estar desconsolado, pobrezinho, (problemas intestinais, talvez) e o consolo foi o santo. Dessa hipótese eu já gostei um pouco mais.
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- Alguém lembrou que São Valentino (ontem era “Valentine’s Day”) envia um pássaro para avisar quando alguém é escolhido para o amor (bons ventos soprando, afinal). Se o pássaro só tivesse entrado, sem deixar sinal, eu não o teria notado por estar em outro cômodo (na cozinha). Mas ele fez questão de dizer que esteve ali e que eu fora escolhida, por São Valentino, para o amor.
Gente, as pessoas andam muito poéticas ao meu redor. E de todas as hipóteses, essa foi a minha favorita!
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p.s.1: felizmente, o pássaro só sujou a mesa; não acertou nenhum material meu.
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p.s.2.: devaneios a parte, adivinhem quem teve que limpar a sujeira? Eu, "a escolhida"!
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