<$BlogRSDURL$>

domingo, fevereiro 11, 2007

“RESPONSÁVEL E INOCENTE”
.
Meu amigo Átila (“daê, guri!”) leu um texto da Lya Luft que o fez refletir bastante. Segundo ele, a escritora falava o que já devemos saber: somos responsáveis pela nossa vida. Até aí tudo bem. Bons textos religiosos também nos lembram isso. Mas o que chamou a atenção do meu amigo, e que também me fez refletir, é que ela disse mais: cada um é responsável e inocente pela sua vida.
.
E se pensarmos bem, não é assim mesmo? Não somos também feitos de inocência? E o que me vêm à cabeça quando ela escreve “inocência” ao lado de “responsável” é ignorância, não no sentido de “anta, acéfalo etc”, mas no que deve ser mesmo: que ignora. As elucubrações a partir dessa afirmação podem ser várias, mas por enquanto pensei em algumas situações. No passado, por exemplo, se erramos por sermos ignorantes não foi inocência nossa? Mas se deixamos de ignorar o erro, tornamo-nos automaticamente responsáveis pelo acerto. Em relação aos outros. Alguém erra consigo e com o próximo, comete erros que, inclusive, de alguma forma, afetam a nossa vida e a de outros. Talvez essa pessoa ignore o que seja correto (ou talvez seja tão “cabra-da-pesti” que saiba do erro, mas prefere fingir-se ignorante, filho-da-mãe!!), mas nós, notando qual seja o erro, somos responsáveis por evitá-lo. Quando enxergamos o erro, mesmo o cometido por outrem, deixamos a inocência de lado e adquirimos a responsabilidade de não imitar. E quanto ao caminho que iremos tomar. Se tropeçamos e nos perdermos por não sabermos, ainda, qual o caminho que nos chama, não devemos nos culpar (arrepender-se é outra história...e muitas vezes necessário). Mas, descobrindo-o, é como se diz por aí: é preciso tomar as rédeas do próprio destino.
.
Li pouca coisa da Lya Luft, mas o pouco que li me fez considerá-la uma pessoa bastante sensata e equilibrada. Esse pensamento, então, de “responsável e inocente” reforça o que achava dela. Sempre penso que é um erro se martirizar pelo resto da vida por um erro cometido no passado, mas também não devemos ser eternas vítimas em nossa própria vida. Enxergar o que erramos é fundamental. E a partir disso ter uma firme convicção de fazer o que é certo. Perdoar-se, aceitando a inocência que muitas vezes nos impele a cometer erros, mas assumir a responsabilidade de que não se cometerá mais o mesmo erro. Isso me parece cheio de compaixão por si, e também o caminho do amadurecimento.
.
*************************************************
.
Mais ou menos a ver com o que disse anteriormente, detesto quando algum intelectual chama bandido de “criminalizado”, assim, num passivo-eterno-mais-que-coitadinho.
.
Comments:
gente,
eu tenho uma prima inteligente.
=D

bjao!
 
Menos, Ciça...

Boa semana!
 

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Site Meter