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O clube de leitura "Chá com Jane Austen" mudou de nome. Agora é "O que Jane Austen faria?" Se quiser mais informações, envie-me um email para: rebecamiscow@gmail.com
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domingo, março 18, 2007
AMÉLIE POULAIN
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A Carol (*) disse que o post anterior estava "muito amélie poulain". Pois saiba que eu adoro esse filme e adoro a entrevista com o diretor dele (que pode ser vista no DVD mesmo). Ele conta que várias cenas do filme foram cenas que ele observou na rua, durante anos, e guardou. Quando foi fazer o filme da Amélie, achou que seriam oportunas.
Eu nunca mexi com filme, nem sei se um dia me envolverei com a preparação de um, mas depois de ter visto essa entrevista, sempre que vejo uma cena interessante pela rua penso: "se eu fizesse um filme, colocaria esta cena".
Uma que, certamente, entraria para um filme meu seria a que presenciei num trem em Buenos Aires. Havia uma mulher com traços indígenas, bem pobre e com ar carrancudo. Uma mãe com duas crianças sentou-se perto dela e ela resmungou alguma coisa. Ao lado das crianças, estava um senhor muito engraçado, que começou a fazer brincadeiras com a garotinha mais nova. Não lembro direito o que o senhor fez; acho que mostrou um chaveiro ou algo do tipo para a criança. Em um determinado momento, a criança puxou o chaveiro da mão dele. Nisso, a mulher carrancuda olhou bem séria para eles. O senhor começou a fazer umas mágicas com um outro objeto, para a menininha se enjoar do chaveiro. Foi nessa hora que a mulher dos traços indígenas abriu um primeiro sorriso. Em seguida, o senhor começou a fazer sons com a boca, aqueles sons que adulto faz quando brinca com criança, e a índia começou a gargalhar. Na boca dela faltavam vários dentes, mas ela pareceu não ligar. E era até simpático o sorriso dela. A medida que o senhor continuava com as brincadeiras, ela gargalhava mais. (E não só ela estava gargalhando: os passageiros ao redor e eu também estávamos rindo muito, pois o senhor era realmente engraçado!). Chegou uma hora em que a mulher enxugou as lágrimas de tanto que ria. Quando chegou o ponto em que o senhor teve que descer, ela deu tchau para ele e, até a parte em que vi, ela não parou mais de sorrir. Ficou sorrindo para si, para a criança, para a irmã dela, a mãe e os pasasgeiros. Foi um dos sorrisos mais surpreendentes, abertos e alegres que já vi, apesar de quase nenhum dente ali dentro.
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(*) Vou começar a denunciar os amigos que só comentam por email!!
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Não é a primeira vez que falo em sorriso no Desanuviando. Eu gosto de sorrisos. Desses espontâneos, sabe? Que enrugam os olhos, que deixam a bochecha vermelha, que saem alto, meio desajeitados. Uma amiga disse que está usando aparelho porque sentia vergonha dos dentes tortos. Engraçado que sorriso, para mim, não tem muito a ver com dentes. Às vezes tem até mais a ver com os olhos, ou melhor, com o brilho que aparece neles quando o sorriso é sincero e prazeroso. (E não os tais "sorrisos colgates" de out-door). Um dentinho ligeiramente torto dá até um charme extra, pois nos faz ficar olhando para ele, sem cansar. Mas isso já entra no campo pessoal e esse gosto é meu...
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Comments:
Ah prima, qualquer sorriso é bom mesmo, te apoio nessa campanha!
=D
bom inicio de semana!!
beijos da prima!
=D
bom inicio de semana!!
beijos da prima!