Desanuviando

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Meus botões me disseram, e concordo com eles: a pior coisa para um religioso, seja ele o Papa, o Dalai Lama ou outro, quando visita um país alheio, deve ser o encontro com os políticos. (Isso, claro, se o religioso não for um político disfarçado de religioso.) Sendo reliogoso mesmo, de corpo e alma, a oração dele deve ter muito destas palavras: Senhor, me ajude a lidar com os políticos. Me ajude a lidar com os políticos.

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A jovem enfermeira teve que fazer um estágio na "casa dos loucos", a conhecida Colônia de Santana, de Santa Catarina. Muito sensível, ela disse que saía de lá se sentindo mal, com o espírito bastante carregado. "Ambiente de manicômio é muito pesado, além de triste". Os médicos (de médico e de louco...), logo no primeiro dia do estágio, proibiam as enfermeiras de tocarem em assuntos religiosos quando estivessem com os pacientes. Essa enfermeira achava isso muito estranho. Em hospitais, por exemplo, ninguém proibiria uma coisa dessas. ("Onde já se viu proibir alguém de demonstrar sua fé?"). Mas ela mesma não deixou de orar: para ter forças para agüentar o estágio, dizia a si: "Senhor, entro em PAZ, permaneço em PAZ, saio de lá em PAZ". Essas foram as palavras mágicas dela, que lhe ajudaram a trabalhar naquele ambiente. Mas ainda se sentia incomodada por ninguém falar em Jesus: nem os médicos, nem os loucos.

Um dia, ao lado de um paciente revolto, ela não resistiu: olhou ao redor, viu que não tinha nenhum supervisor e cometeu uma infração: falou baixinho no ouvido dele: "Pensa em Jesus". Ela disse que o paciente se acalmou na hora.

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Depois de ouvir isso, falei com os botões: tenho minhas dúvidas se, ouvida por algum médico, ela não seria levada em camisa de força. Com regras de hospício tudo é possível.

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Eu sei! Bati o recorde de "dois pontos" por linha.

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se o certo é record ou recorde - tanto faz, mas preferi a forma aportuguesada -, encontrei a seguinte informação:

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"Em números, somente a Bíblia Sagrada é mais vendida que o Livro dos Recordes" (tirado da Wikipédia)

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