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domingo, junho 03, 2007

PARA COMEÇAR A SEMANA...
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Revi o bonito filme Sob o Sol da Toscana, e hoje vi os comentários da diretora. Ela disse mais ou menos com estas palavras: este filme não é uma comédia-romântica; o par da protagonista só aparecerá no final do filme. É um filme sobre a busca interior, sobre alguém que vai se encontrar e se resgatar.
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Na história, meus personagens favoritos são o corretor e a "loira louca", que sempre têm o conselho certo na hora certa. O corretor, por exemplo, para consolar a protagonista e pedir para ela ter fé, conta a história de uns trilhos de trem que foram colocados, ligando duas regiões, muito antes de existir um trem que passasse por ali. Mas os trilhos foram colocados justamente porque as pessoas acreditavam que, um dia, um trem passaria por ali.
Outro lance bacana desse corretor é quando ele dá uma imagem de São Lourenço para a protagonista. Ele o dá porque ela tinha se lamentado, dizendo que fora loucura comprar aquele casarão, sem ter, ao menos, alguém para quem pudesse cozinhar. Pois ele diz que São Lourenço é o padroeiro dos cozinheiros e a ajudará a cozinhar para alguém.
Já a "loira louca" (como a chamam quando ela está imitando a Sylvia, personagem de A DOCE VIDA, do Fellini), é meio doidinha ("excêntrica"), mas é a pessoa mais sensata e perceptiva na hora de aconselhar. Ela, até mais do que o corretor, parece adivinhar o que a protagonista está sentindo e diz as palavras chaves que ela precisa ouvir.
Quando a protagonista sofre mais uma desilusão amorosa, acaba se encontrando com a "loira louca", e não fala nada do que aconteceu. Mesmo assim, a loira olha para ela e conta o seguinte:
Você sabe quem eu mais amo de todos aqueles filmes? (ela se refere aos filmes de Fellini. Ela sempre fala dos filmes dele e dos conselhos dados por ele, a quem chama de Fefè). Cabiria. Lembra-se do final, quando outro homem a deixa de uma forma terrível, e ela acha que está tudo acabado para ela? Ela vê algumas crianças brincando na rua, tocando música e, antes que perceba, ela está sorrindo de novo. Fefè sempre disse isto: "Não importa o que aconteça, sempre mantenha a sua inocência infantil. É a coisa mais importante."
Esse conselho, obviamente, toca a protagonista, porém ela ainda está desconsolada. Volta para casa, esbraveja sozinha...mas vê que o casal jovem da história está sofrendo por um determinado motivo. Então, ela resolve ajudá-los e, sem perceber, vai estar superando o próprio sofrimento também. De onde se tira uma outra sabedoria de bolso...
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VILAREJO
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Já houve uma época em que fui fã da Marisa Monte. Depois, sei lá, acho que acabei me enjoando um pouco. Mas há uns dias escutei uma música dela bem bonitinha. Chama-se Vilarejo. Ouvi na rádio (no meu radinho de pilha), e a música fala em "Shangri-la". Ouvi essa música pela primeira vez na época em que estava lendo Horizonte Perdido e, como vocês bem sabem, Shangri-la estava me perseguindo - até aqui no litoral!! Quem quiser ouvir a música, clique no link abaixo. O clip, na minha opinião, é meio clicherizado, mas vá lá...(Para constar nomás: falaram tanto de Shangri-la como sendo um paraíso na Terra, mas eu não faria a mínima questão de me mudar para esse mosteiro. Só porque eu não poderia sair dele. É que quem vai para Shangri-la é proibido de deixar o lugar. Onde já se viu uma coisa dessas?!? Cruz credo!)
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http://www.youtube.com/watch?v=u8M8lBTXxik
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