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sábado, março 29, 2008

Estou orgulhosa do meu bairro!
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Em toda a minha vida, nunca recebi um convite destes:
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Convidamos a todos para
AUDIÊNCIA PÚBLICA DO BAIRRO ***
do novo Plano Diretor
Participativo
Dia ***/***/08 -*** horas – local:*********

DELIBERAÇÃO SOBRE OS SEGUINTES ASSUNTOS:

SEGURANÇA
GABARITO DE EDIFICIOS,
TRANSFERENCIA DE INDICE,
SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE,
TRANSITO E SISTEMA VIÁRIO,
REVITALIZAÇÃO DA ORLA
DENTRE OUTROS
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Participe e traga sua reivindicação e apoio à manutenção da qualidade de vida em nossos bairros.
Não deixe que outros decidam por você !!
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No bairro onde moro, havia um lixão. Várias vezes pediram para a prefeitura dar um jeito naquilo, mas nada. Um dia, alguns moradores, por conta própria, começaram a construir um parque. Parque pronto, tudo bonito e arrumado...a prefeitura pegou o parque para si. Se foi melhor ou não, como já deu polêmica, nem vou entrar no mérito (embora o mérito do parque seja todo dos moradores do bairro!). Mas a lição que se tira é: as coisas funcionam quando nós tomamos a iniciativa - e não o Estado e afins. (Em um bairro bem próximo ao meu, soube de um condomínio simples, em que havia um grave problema de esgoto. Diversas vezes, moradores de lá suplicaram para que a prefeitura desse um jeito, mas nunca eram atendidos. Então, os moradores se reuniram e, também por conta própria, ou seja, com o próprio dinheiro, começaram a resolver o problema do esgoto. Chamaram até a imprensa para mostrar o que estavam fazendo. - E depois de ter aparecido no jornal, não sei se a prefeitura sentiu vergonha e foi fazer algo. (O injusto nisso, como disse um dos moradores, é que pagamos imposto para não nos preocuparmos com essas coisas, mas só dessa maneira é que as coisas funcionam...Será que o imposto serve para algo?) (*)
Outra coisa em que sempre penso: muitos problemas de cidade seriam resolvidos se todos se sentissem um pouco mais responsáveis pelas suas cidades, seus bairros. Com isso, também se orgulhariam mais do lugar em que vivem e, conseqüentemente, cuidariam mais. Quem é que tem coragem de jogar papel no chão do lugar que ama? Só o mais porco dos porcos. Mas acho que mesmo esse infeliz, se visse tudo arrumadinho, tudo limpo, sentiria vergonha de ser o sujismundo.
Até problema de superpopulação em algumas cidades poderia ser sanado se as pessoas já estivessem satisfeitas com o lugar em que moram. Durante a última Copa do Mundo, era bonito ver as cidades alemãs. Tirando as principais, as demais tinham, no máximo, 300 mil habitantes. E eram todas caprichadas. Aqui no Brasil, em uns estados mais que outros, há cidades do interior que parecem abandonadas. Mesmo sem a desculpa de hiperpopulação, a cidade fede, é suja e maltratada.
Isso também traz outra reflexão: está tão na moda ser politicamente correto, mas, antes disso, é preciso ter, intríseco a cada pessoa, muitos outros valores. Quando isso acontecer, nem precisaremos clamar pelos clichês modernos, simplesmente porque não haverá os problemas que tais clichês querem combater.
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(*) Me lembrei de uma cena do filme MATAR OU MORRER. Depois comento.
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AINDA FALANDO EM CIDADES...
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Um amigo que trabalha com a fiscalização da distribuição de renda para hospitais e escolas disse que, em Santa Catarina, o menor índice de analfabetismo está em Pomerode (cidade colonizada por imigrantes alemães, e onde até hoje se fala esse idioma.) Lá, meu amigo disse que toda a verba destinada à educação é integralmente revertida para... a educação. Já em outra cidade (que agora não lembro o nome), onde há o maior índice de analfabetismo, quando perguntam "Cadê o dinheiro das escolas?", ninguém sabe, ninguém viu...
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E sobre ensino e a não dependência do cidadão com relação ao Estado, entre aqui e leia o artigo A POLÊMICA DA EDUCAÇÃO EM CASA
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