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domingo, março 23, 2008

O POST QUE DUROU 10 MINUTOS
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Hoje de manhã, entrei aqui e escrevi um post bem grande. Dez minutos depois deletei-o. Acho que ninguém teve tempo de ler. Pois esse post nunca mais vai aparecer, por motivos pessoais. Uma pena, devo admitir, mas a discrição falou mais alto... Em compensação, alguns trechos dele estarão aqui, mas, claro, de forma mais solta, menos explícita e um tanto incompleta.
Segue:
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Uma mulher bastante detestada, que tem idéias gélidas e que não acredita em nada, exceto na desgraça do ser humano, estava chorando. Todos que a conhecem e que a detestam ficaram impressionados com a cena. É capaz de ela, passado o choro, voltar à frieza habitual. Mas esse vislumbre que se teve dela jamais será esquecido. Isso prova que, por mais frio, mais seguro que aparente de suas convicções - às vezes desumanas -, mais analisado e mais interpretado, o ser humano continua sendo um mistério.
Isso me lembrou duas coisas:
Primeiro, da música da Maria Rita, a CARA VALENTE, que diz assim: Esse humor é coisa de um rapaz / Que sem ter proteção / Foi se esconder atrás da cara de vilão / (...) / Ele não é de nada / Essa cara amarrada / É só um jeito de viver / nesse mundo de mágoas (...). Cara amarrada - ou é fome ou é um jeito que a pessoa encontra de viver em um mundo de mágoas. Coragem mesmo é desamarrar a cara e o espírito e viver a vida.
Segundo: de uma passagem de O SENHOR DOS ANÉIS. Frodo reencontra o Sr. Magote, de quem ele sempre tivera medo, pois quando ia roubar cogumelos da casa desse senhor, este mandava os cães atacarem. No reencontro, a nova situação os faz ficarem amigos. No entanto, como Frodo tem que partir logo, diz ao senhor:
- Tive pavor do senhor e de seus cachorros por mais de trinta anos, Sr. Magote, apesar de o senhor poder rir do que digo. É uma pena. Perdi um grande amigo. E agora sinto em partir tão depressa (...).
Engraçado como uma nova situação pode trazer um novo sentimento.
E já estava para encerrar este post, mas acabo de encontrar um poema da Cora Coralina que há anos guardo em um caderno. Não é à toa que Carlos Drummond de Andrade se apaixonou por ela. Essa, definitivamente, não tinha a cara amarrada!
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EU CREIO
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Eu sou aquela mulher
A quem o tempo muito ensinou
Ensinou a amar a vida
Não desistir da luta
E ser otimista
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Creio numa força imanente
Que vai ligando a família humana
Numa corrente luminosa
da Fraternidade Universal
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Creio nos valores humanos
E na superação dos erros
E angústias do presente
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Acredito nos Moços,
Exalto sua confiança,
Generosidade e idealismo
Creio numa profilaxia futura
dos vícios e violências do presente.
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FELIZ PÁSCOA!
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Na sacola da Cacau Show: Chocolate é mágico. Abre sorrisos, traduz desejos, une pessoas, traz alegria, dá energia.
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