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segunda-feira, abril 14, 2008

O FAROESTE DO FIM DE SEMANA:
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Em português: O JUSTICEIRO IMPLACÁVEL. Esse filme me cativou totalmente. A atuação do John Wayne e da Katharine Hepburn é simplesmente perfeita! Seus personagens foram feitos um para o outro: ele, um xerife caolho, já velho e meio dado a bebida, que é readmitido para caçar um bandido perigoso; ela, uma missionário com a maior coragem que já vi, que tem o pai assassinado por esse bandido. Eles vão juntos atrás do assassino e ficam cada vez mais amigos. Há partes muito engraçadas, outras, um tanto tensas, e aqueles diálogos maravilhosos que os filmes de faroeste têm (pelo menos os do John Wayne têm).
E sabe do que mais gosto nesses filmes? É que o certo e o errado são tão óbvios. Nada dessas complicações modernas, que devaneiam sobre o que não precisa. Quando o John Wayne defende as terras, por exemplo, não o faz por causa de uma "verdade inconveniente", mas porque ama o lugar em que mora e quer que outros tenham o prazer de amá-lo também.
Já me falaram que os filmes de faroeste são preconceituosos porque mostram os índios como maus. Pois quem diz isso não viu os faroestes do John Wayne. Neles, há os índios bons e os índios maus, os cara-pálidas bons e os cara-pálidas maus, as mulheres boas e as más, e até os bandidos com mais consideração e os com menos consideração. Sem maniqueísmos. Muito próximo à realidade.
Ainda estou para falar do filme O HOMEM QUE MATOU O FASCÍNORA (e de outros mais...), e vocês vão ver: faroestes são filmes para os nossos tempos.
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APROVEITANDO O ENSEJO...
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Já que ainda me sobra um tempinho, falo sobre O HOMEM QUE MATOU O FASCÍNORA. Aqui, além do grande John Wayne (de quem já sou fã, e não rio mais do jeito como ele caminha), tem um outro grande ator: James Stewart. Quem já viu um pouquinho de bons filmes antigos, certamente viu o James Stewart, pois ele estava em vários. Em O HOMEM QUE..., ele é um advogado recém-formado em uma cidade do Leste, que vai começar a vida profissional no Oeste (no far west). Chegando lá, carregado de princípios republicanos, democráticos (de educação, de dever e direito do povo etc), ele se depara com uma cidade cujas leis são inexistentes. O que governa aquele lugar são a arma e o medo. Para completar, há um fascínora, que o próprio xerife de lá tem medo de prender. O personagem do James Stewart fica indignado com isso, pois ele mesmo havia sido assaltado pelo fascínora e sua gangue, e queria que tomassem providências.
É então que aparece o personagem do John Wayne, a única pessoa capaz de colocar um pouco de ordem naquele lugar, e a única pessoa que o fascínora respeita.
John Wayne e James Stewart formam claramente um contraste: o primeiro defende a ordem pelas armas; o segundo, pelas leis. Eles são mais ou menos: o realista e o idealista. O mais interessante é que ambos têm razão. Naquela situação imediata, só o John Wayne consegue proteger a cidade. O problema, por outro lado, é que, se ele morresse, a cidade ficaria à mercê de qualquer um - bom ou não. E o James Stewart (que, por sinal, devia gostar dos tais valores republicanos e democráticos) acredita que só a educação poderá ajudar aquele povo. Em uma cena, ele está ensinando as pessoas a ler, e aparece escrito no quadro negro a seguinte frase: Educação é a base da lei e da ordem.
Mais para o final do filme, a gente vê que o John Wayne fez um grande bem àquela cidade graças ao modo como pensava e agia, e o James Stewart também. Este último, quando volta mais velho ao oeste, vê como a cidade progrediu, já tem irrigação, escolas. Foi a semente que ele plantara quando era jovem. E que só conseguiu (apesar do fascínora, do medo e da desordem) porque havia o bravo John Wayne por perto.
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