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terça-feira, julho 22, 2008

E AS COINCIDÊNCIAS VOLTAM A ACONTECER...
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Incrível, incrível, incrível.
Da prateleira de "auto-ajuda" das livrarias, além dos livros sobre florais, um ou outro sobre dicas de saúde e esportes, há um que considero realmente bom: Você pode curar sua vida, da americana Louise Hay.
Os melhores e mais sábios conselhos do mundo estão na Bíblia. Tudo já está lá: conselhos, orientações, dicas de educação, de comportamento, de filosofia. Quanto mais a lemos, mais impressionados ficamos. Mas passa um tempo, as pessoas a deixam de lado, e um dia aparece alguém para relembrar o que Jesus já havia nos dito - ou fazem algum experimento científico, mostrando que a oração tem poder etc etc, ou seja, essas constatações de que muitos não precisamos para começar a acreditar, mas, enfim...
No livro Você pode..., Louise Hay fala, por exemplo, do poder do perdão. Conta como, na sua própria vida, o perdão a curou. Ela descobriu que estava com câncer, o que a apavorou - como apavoraria qualquer pessoa. Mas Hay já vinha estudando tudo o que ela escreve no livro e percebeu que era hora de colocar em prática suas observações. Também descobriu, em seus recolhimentos (momentos íntimos, de reflexão), que o seu câncer era conseqüência de todo o ressentimento que guardara na vida: contra as pessoas que lhe haviam magoado, situações que lhe desagradaram etc. Viu, então, que era hora de se livrar desses ressentimentos e ... perdoar. Resolveu que deveria perdoar a todos que lhe haviam causado algum dano. Começou perdoando aos que seriam mais fáceis de absolver, passando para os mais difíceis, até chegar àquela que seria a pessoa mais difícil de perdoar: ela mesma. Louise diz, em uma linguagem bem simples: Perdoar significa soltar, desistir. Não tem nada a ver com desculpar um determinado comportamento. É só deixar toda a coisa ir embora. Quem já teve que perdoar alguém que seria muito difícil ou já viu uma pessoa com remorso por nunca ter dado ou recebido um perdão na vida, percebe como isso é poderoso. "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido"...
O interessante na experiência de Louise Hay é quem ela disse ter sido a pessoa mais difícil de perdoar: ela mesma! Por coincidência, ontem revi o filme GÊNIO INDOMÁVEL, com Matt Damon. Mais para o final da história, há uma cena dramática, mas comovente: o psicólogo, interpretado por Robin Willians, depois de tentar várias vezes chegar ao cerne do problema de Will (personagem de Damon), olha nos seus olhos e diz: Sobre tudo o que aconteceu, Will, não é sua culpa. O personagem de Damon, sempre meio arisco, dá uma risadinha. Willians olha novamente em seus olhos e repete: Não é sua culpa. Damon desvia o olhar e Willians insiste: Não é sua culpa. O paciente já começa a se mostrar vulnerável e o psicólogo repete: Não é sua culpa. Will, não é sua culpa. Até que Will não suporta mais e chora como uma criança. Naquele momento, o personagem de Matt Damon, o "gênio indomável", mostra sua fragilidade, reconhece-a e consegue dar o "grande salto" em sua vida. (*)
Voltando à Louise Hay, e para resumir: ela curou o câncer e não precisou fazer cirurgia nenhuma.
Falei isso tudo porque ontem, quando fui pegar o filme Gênio indomável na locadora, vi que existia o filme do livro Você pode curar sua vida. Também o trouxe para casa! Na verdade, não é bem filme. É mais documentário, com entrevistas, alguns depoimentos e uma historinha exemplificativa. Não substitui o livro, mas é bonzinho. E o que me fez escrever "incrível" três vezes no início deste post é que, logo no começo do filme, exatamente na primeira cena, aparece, NO ASFALTO, UMA FLOR ROSA COM MIOLO AMARELO E DE HASTE VERDE! Lembram-se do meu post de quarta-feira (18 de julho)? Pois não duvido que a flor que aparece no filme seja a Wild rose de que lhes falei, justamente o floral de quem vai dar uma volta por cima na vida. Incrível, não? Essa tal sincronia é realmente fabulosa.
E já que hoje estou de muito papo, o primeiro post do Desanuviando, cinco anos atrás, trata de uma cena muito wild rose. Vai lá ver.
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(*) John O'Donohue conta (ou no Anam Cara ou no Ecos Eternos, agora não lembro) que a pessoa que sofre abuso sexual, apesar de ser a inocente na história, fica se sentindo culpada pelo que aconteceu. Ela só consegue se libertar desse sentimento de culpa, ou seja, dessa culpa que não deveria ser sua, quando começa a sentir raiva. É a raiva que a liberta. Por isso se diz que existe raiva e raiva. Uma pode ser perigosa quando se instala no coração; outra, pode libertar.
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E JÁ QUE FALEI EM "AUTO-AJUDAs"...
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Uma das melhores afirmações que já li até hoje foi feita pelo escritor Affonso Romano de Sant'Ana em uma de suas crônicas semanais para o jornal ### (O GLOBO ou JORNAL DO BRASIL? Um dos dois...Faz tempo que não leio nem um nem outro. Para comprar, prefiro o jornal da Minha Aldeia; diz só o que preciso saber, e de forma resumida). Ele falava que a boa literatura era um tipo de auto-ajuda, mas mais especificamente uma "alta-ajuda". E é verdade verdadeiríssima. Nem vou me delongar citando exemplos de como a boa literatura pode ser uma grande ajuda para o indivíduo (**). Quem lê, sabe.
Mas acontece que há livros da chamada prateleira de "auto-ajuda" que também são de alta-ajuda. Quero dizer, uns estão nessas prateleiras porque os funcionários da livraria não leram o livro, e, pela capa, acharam que era dessa categoria. Outros, alguns poucos, são da "auto-ajuda", são de "auto-ajuda", mas são bons. Sobre os primeiros, cito dois e falo deles em outro post: ¿Quién eres? De la personalidad a la autoestima, do psiquiatra espanhol Enrique Rojas e Anam Cara, do filósofo irlandês John O'Donohue que, soube com pesar, faleceu em janeiro deste ano. Sobre a segunda classificação, os que realmente são de auto-ajuda, cito todos os que tratam de florais, de métodos de respiração, alguns sobre dicas de saúde, o do Nuno Cobra e o que já foi recomendado: Você pode curar sua vida, da americana Louise Hay.
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(**) Ontem, vi uma senhora fazer o desenho de um pássaro para uma amiga. Cada asa, segundo ela, representava um desenvolvimento que a pessoa deveria ter na vida para "crescer" (***): uma asa era para o desenvolvimento moral; outra, para o desenvolvimento intelectual. Ela completou a explicação dizendo que uma asa não poderia estar maior que a outra, pois o pássaro não conseguiria voar. Ambas precisariam crescer juntas.
Quando ouvi isso, me lembrei de uma frase que um senhor muito querido me enviou uma vez: A aprendizagem nunca atinge um ponto terminal. Enquanto alguém permanece vivo e com saúde pode e deve continuar a aprender. O corpo não continua a crescer depois dos primeiros dezoito ou vinte anos de vida. De fato, ele começa a declinar depois disso. Porém, o crescimento mental, moral e espiritual pode continuar e deve continuar a vida inteira" (Eu grifei, e a reflexão é de MORTIMER J. ADLER, no livro: The Paidea Proposal - An Educational Manifesto).
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(***) ela se referia a um crescimento espiritual, pelo que observei. Um sinônimo para isso seria: "evolução".
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MAS, MINHA NOSSA, COMO ESTOU PROLIXA HOJE! PARO POR AQUI. (Estou descontando em vocês o que me aconteceu hoje: estava sentada no ônibus, lendo um livrinho, quando percebi, sem tirar os olhos do meu livro, que a senhora da frente se virou para trás. Não ousei olhar para ela. Ela se virou para frente, mas deus uns 30 segundos e se virou para trás novamente. Continuei com os olhos no livro. Ela então me perguntou se o ônibus passava em tal lugar. No momento em que respondi, pronto! Ela começou a me contar sua vida, por que estava indo a tal lugar etc etc etc. Adeus, livro! Mas, sinceramente, se não a escutasse, ficaria com remorso: poderia ser a minha avó, a minha mãe ou, quem sabe, eu daqui a uns anos...)
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