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domingo, outubro 26, 2008

PAI DOS ESFORÇADOS
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O dicionário (livro que recebe uma alcunha injusta, pois duvido que seja consultado pelo nosso presidente) é sempre uma boa distração.
Uma das palavras que busquei hoje, no velho e bom Aurélio, enquanto estudava uma determinada matéria para a faculdade, foi "escrutínio". Conhecia essa palavra pelo sentido de "exame minucioso", mas, no contexto, esse significado não servia. Então descobri outro sentido: "votação em urna, apuramento dos votos". Coincidência que hoje foi dia de escrutínio, e eu, particularmente, não acho uma coisa muito empolgante. É direito do povo, exercício da democracia etc, etc... Sei disso, mas prefiro ler Emma a ficar escrutando (e não escrutinando!) essa politicagem (e não política!). Por isso, achei que "escrutínio" combina com votação. É uma palavra pesada, cansativa. Só mesmo por obrigação.
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A outra palavra que me fez ir ao dicionário veio do querido Orgulho e Preconceito. Uma delonga: é a quarta vez que leio esse livro - a primeira em inglês -, e ele continua fascinante! Sei tudo o que vai acontecer, mas não deixo de me empolgar com as passagens, nem de suspirar pelo Mr. Darcy, ai, ai... Mas voltando. Como estou lendo pela primeira vez em inglês, há muitas palavras que me obrigam a ir ao dicionário. Uma delas, que está na carta do Mr. Collins à família Bennet, foi "olive branch" na seguinte frase: (...) and not lead you to reject the offerd olive-branch. Fiquei curiosa para saber qual o sentido de "ramo de oliveira" nesse contexto. Fui ao Oxford e, quando vi o significado, me dei conta de que deveria ter me lembrado do que já escrevi aqui sobre um dos florais de Bach, o OLIVE. Eis o que me diz o eficiente dicionário: an offer of reconciliation. (...) ORIGIN in allusion to the story of Noah in Gen. 8:1, in which a dove returns with an olive branch after the Flood, taken as a symbol of peace after God's punishmente of mankind.
Que bonito usar uma expressão assim, simbólica, na língua. Vou usá-la em português. Se brigar com alguém, trarei um ramo de oliveira e, humildemente, direi, estendendo a minha mão: que tal um ramo de oliveira? Aliás, o dia em que for à Grécia (com licença, minha lei da atração!), trarei um ramo de oliveira na mala e o deixarei em algum lugar da casa. É para que nunca falte, em meu lar, este espírito de reconciliação, de bonança.
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E para encerrar esse dia de escrutínio, uma reflexão para a semana: Se quiser paz, leve sempre um ramo de oliveira no coração.
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(Reproduced by courtesy of www.myolivetrees.com)
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