<$BlogRSDURL$>

domingo, março 01, 2009

FIM DE RAZÃO E SENSIBILIDADE:
.
Hoje, lá no grupo CHÁ COM JANE AUSTEN, terminamos a leitura de RAZÃO E SENSIBILIDADE. Enviamos nossos comentários finais e agora estamos ansiosos pela leitura do próximo livro: PERSUASÃO.
.
Eis o meu comentário final e, depois, o primeiro parágrafo de PERSUASÃO:
.
Pessoal,

terminei o livro
Razão e Sensibilidade e pensei: putz, gosto mais dele do que de Orgulho e Preconceito. Depois pensei um pouco mais e vi que não: ainda prefiro Orgulho e Preconceito. Mas Razão e Sensibilidade é tão bom, tão bom...
Comecei o livro adorando a Elinor e o Cel Brandon, e não gostando tanto da Marianne e do Edward. Terminei o livro: ainda adorando o Cel Brandon, ainda gostando da Elinor, mas achando que ela deveria "perder a etiqueta" de vez em quando (entenda-se: na presença da chata da Fanny e da mãe dela); gostando muito da Marianne e até sentindo mais compaixão pelo Edward.
A história é realmente forte. E o que mais me tocou foi como elas - as irmãs - foram ficando mais amigas, mais unidas e mais amadurecidas. Se um dia tiver duas filhas, vou querer que tenham a união da Elinor e da Marianne! Vibrei muito com um trecho em particular. (E para vocês terem uma idéia, li este trecho enquanto estava no ônibus. Minha vontade era de dar uns pulinhos de empolgação! Mas me controlei por causa dos passageiros desconhecidos). É no capítulo XII. As irmãs estão com a Fanny e a senhora Ferrars (além de outros), e essas duas começam a dar indiretinhas para rebaixar a Elinor. (Elas começam a elogiar a senhorita Morton, moça que a senhora Ferrars sonha para o filho, Edward). Marianne, apesar de ainda fragilizada por ter tomado conhecimento do caráter de Willoughby, percebe essas indiretas e fica indignada. Acaba dando uma estocada nas duas chatas. Aí também percebemos como as duas irmãs foram ficando mais amigas. Eis o trecho para relembrar:
.
Marianne não pôde suportar isso. Já se encontrava bastante aborrecida com a senhora Ferrars e o exagerado elogio feito à outra moça à custa de Elinor, se bem que ela não tivesse a menor noção de por que aquilo tudo estava acontecendo, levou-a a dizer com calor:
- Essa admiração da senhora é muito particular! Quem é a senhorita Morton para nós? Quem a conhece, quem se importa com ela?
(...)
A senhora Ferrars pareceu ficar muito zangada e erguendo-se mais majestosamente do que nunca, informou, com ácida superioridade:
-A senhora Morton é filha de lorde Morton.
Fanny também demonstrava-se irada e seu marido ainda estava paralisado com o choque causado pela audácia de sua irmã. Elinor sentia-se mais angustiada pela defesa calorosa de Marianne do que pelo fato que a provocara; mas os olhos do coronel Brandon, que se mantinham fixos em Marianne, declaravam que ele notara apenas o que havia de amoroso na atitude dela e vira apenas seu afetuoso coração que não tolerava que espezinhassem sua irmã, um mínimo que fosse.
(...) (tradução de Therezinha Monteiro Deutsch, ed. Best Seller)
.
Muito bom, né?!
E depois de ler o livro, comecei a conversar um pouco com os meus botões, ainda enlevada com a história, e pensei: gostamos tanto das heroínas da Jane Austen e detestamos tanto alguns de seus personagens, que imaginei a Jane Austen como uma orientadora de caráter. Foi uma espécie de auto-reflexão,
mea culpa, ou seja lá como chamem isso. Fiquei pensando: "com qual personagem me identificaria mais?" Como tenho medo de virar uma dessas personagens que detesto: Willoughby e sua falta de caráter, Fanny, senhora Ferrars, Lucy, Jennings e suas mesquinahrias, posso "usar" Elinor e Marianne (do fim da história) como bons exemplos de conduta. Assim como a Elizabeth... e por aí vai. Isso porque eu vi Razão e Sensibilidade como mais um desses clássicos que podem nos ajudar a crescer como pessoas.
Por esses motivos, Razão e Sensibilidade, para mim, está logo atrás de Orgulho e Preconceito. Mas um atrás bem pertinho, quase alcançando.
.
******************************************************
.
E começamos com PERSUASÃO...
.
Sir Walter Elliot, do Solar de Kellynch, em Somersetshire, era um homem que para seu próprio divertimento nunca se valia de nenhum livro além dos Anais dos Baronetes; lá ele encontrava ocupação para as horas de ócio e consolação para as horas tristes; lá ele sentia estimulados o respeito e a admiração, ao contemplar o pouco que restava dos primeiros títulos nobiliárquicos; lá, quaisquer sensações desagradáveis provocadas por assuntos de natureza doméstica transformavam-se naturalmente em pena e desdém, assim que acabava de folhear a quase interminável lista de pares criados no último século; e lá, se todas as outras páginas não surtissem efeito, ele lia a sua própria história com um interesse que nunca diminuía.
(...) (da editora Landmark)
.
***********************************************
.
UMA BOA NOTÍCIA PARA QUEM ESTÁ ENTRANDO AGORA NO GRUPO CHÁ COM JANE AUSTEN OU AINDA QUER ENTRAR:
.
Meninas e meninos: começamos com PERSUASÃO e ficamos com ele em março e abril. Como vai ter a Páscoa nesse meio tempo, vai ser uma delícia ler Persuasão, comendo uns chocolatinhos!
.
Para depois, está previsto o A ABADIA DE NORTHANGER, seguido por MANSFIELD PARK. Esses dois são os mais difíceis de serem encontrados, mas já falaram por aqui que há previsão de lançamento deles, ainda este ano. Então é capaz de darmos um tempinho até eles chegarem às livrarias. Enquanto isso, e como tem mais gente entrando no grupo, podemos deixar este tempo de espera para que os novatos do grupo leiam os livros que já lemos (e os antigos os releiam, se quiserem!). Foi o que várias pessoas me sugeriram por email. Achei boa a idéia.
Abraços,
Rebeca
.
Comments:

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Site Meter