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quarta-feira, abril 22, 2009

BONEQUINHO DE PÉ
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Estava para comentar brevemente sobre alguns filmes excelentes a que assisti nos últimos tempos.
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O primeiro é o francês CONVERSAS COM O MEU JARDINEIRO, com o talentoso Daniel Auteuil.
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Ele é ótimo por vários motivos. Para começar, o título diz "conversas com o meu jarneiro", pois o enredo é isto mesmo: conversas com o jardineiro. Só isso. O filme inteiro. E poderia ser enfadonho por causa disso, mas não é nem um pouco. As conversas nos cativam logo na primeira cena do filme, em que o pintor e o seu jardineiro relembram um episódio da infância - ambos tinham estudado na mesma sala. Cativados por essa primeira cena, já nos acomodamos no sofá e acompanhamos a história com a maior tranqüilidade e satisfação do mundo. Para completar, ficamos deleitados com a sabedoria do jardineiro e com a gratidão do pintor pelo amigo que cuida do seu jardim.
Uma coisa me fez pensar: tem sido raro encontrar pessoas em atividades "menores" com tanta sabedoria. Talvez fruto de muita televisão - que extingue qualquer sabedoria que ainda possa existir em um pobre infeliz. Às vezes encontro uma ou outra faxineira por aí, um ou outro cobrador de ônibus que nos empresta uma "reflexão do dia", mas não é o comum. Uma pena... Pois CONVERSAS COM O MEU JARDINEIRO me fez pensar em como seria bom se houvesse mais pessoas como o jardineiro do filme. Não foi de se estranhar que o personagem do Daniel Auteuil, o pintor, tenha ficado tão grato ao jardineiro. Precisamos de pessoas simples a nos dizer verdades simples.
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O segundo filme é FUGA DE COLDITZ.
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Na verdade já o vi há uns três anos, mas acabei não comentando no Desanuviando. Peguei esse filme na locadora imaginando que seria uma coisa e acabou sendo outra. Explico melhor: tinha ido à locadora com o meu irmão caçula para pegar alguma aventura. Era o nosso espírito do dia. Quando vimos a capa do dvd desse filme, pensamos que seria um ótimo filme de aventura. Levamos para casa e...surpresa! Ele é, sim, uma aventura, mas só até a metade do filme. A partir daí, ele vai se tornando um drama super pesado. Até alguns personagens que eram bonzinhos e engraçados vão se transformando e adquirindo personalidades cruéis. Um horror! Ficamos decepcionados, pois o nosso espírito estava para aventura. E eu não sei dizer se foi o diretor que se perdeu no meio da história, se da metade pro final outra pessoa dirigiu o filme...sinceramente, não encontro explicação.
Mas quis comentar esse filme por dois motivos: primeiro para alertá-los quanto ao estado de espírito. Se vocês, como o meu irmão e eu, estiverem com o espírito aventureiro, cuidado! Ou preparem-se para um drama. Segundo porque o filme tem uma grande "sacada" - já na parte do drama: é que na prisão Colditz, há um prisioneiro que ajuda os outros prisioneiros a fugirem, mas ele nunca foge. As pessoas não entendem por que ele ajuda os outros, mas ele mesmo não se ajuda. E então descobrimos: ele ganha drogas dos carcereiros, é um viciado. Antes de preso ao cárcere, ele está preso ao vício; e deste, ele não consegue - nem tem mais vontade de - se libertar de jeito nenhum. Nem preciso dizer que ele é um dos personagens que revelam, depois da primeira metade do filme, ter uma personalidade não confiável.
Ah! E quem trabalha neste filme é o Damian Lewis. Mas aviso: preparem-se para ver um personagem bem diferente do Cap. Winters!
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E o terceiro é VIRTUDE FÁCIL, filme inglês com ótimos atores, enredo bem escrito e aquele bom e velho humor...
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Só vou dizer uma coisa: ele é catártico. Não, tá bom: vou falar mais porque não me agüento. É catártico porque vemos a situação humilhante por que fazem a protagonista passar, que nos imaginamos no lugar dela e ficamos torcendo para que ela dê a volta por cima. Mas conto melhor: o filme tem uma americana que vai conhecer a família inglesa do marido. Há frieza no clima (do tempo mesmo), na recepção, nos comentários. Mas a americana tem uma segurança e uma presença de espírito admiráveis. No final a gente vibra com a saída de cabeça erguida da estrangeira, com a "verdade" que os outros não querem ouvir (de que aquela família só se manteve unida por manipulação) e com o conselho que ela dá às cunhadas recalcadas-maldosas: fujam, vão ver o mundo com os próprios olhos. E isso é muito sábio, pois para algumas pessoas basta verem um pouco do mundo ao redor que já melhoram.
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