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terça-feira, maio 19, 2009

CECELIA AHERN
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Uma amiga tinha me falado muito do filme P.S. EU TE AMO. Ela disse que tinha rido e chorado ao mesmo tempo e me incentivou: Você tem que assistir. Logo depois, minha mãe me liga para dizer que tinha assistido a esse filme e que eu precisava vê-lo também porque, além de mostrar a bela Irlanda, era um filme "fofo". Acabei vendo um tempo depois, no ano passado, e concordei com as duas: era fofo, me fez rir e chorar.
Pois hoje li uma entrevista com a autora do livro P.S. EU TE AMO (que deu origem ao tal filme). O nome dela é CECELIA AHERN, uma irlandesa de 26 anos, e que escreveu essa história com 21.
Um parêntese: eu gosto de comédias românticas, mas sou exigente. Hoje em dia há tantas tão bobinhas por aí, que tenho a impressão de que uma boa comédia romântica não é para amadores. Tanto que a melhor de todas é MENSAGEM PARA VOCÊ. Já vi milhões de vezes. Gosto do enredo todo charmoso, do desenrolar da história, da SHOP AROUND THE CORNER (minha livraria dos sonhos, coitadinha, fadada a desaparecer diante das megas livrarias...) e gosto, também, de me encontrar na personagem da Meg Ryan. Aliás, se a Nora Ephron me conhecesse, diria que ela se inspirou em mim! Fecha parêntese.
Pois nessa entrevista, tirada da Revista da Cultura (não sei o mês, nem o ano, pois estava só com a entrevista em mãos), Cecelia fala sobre a personagem do livro e de suas personagens em geral (ela tem outros livros, alguns deles já esgotados no Brasil):
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Meus protagonistas estão sempre em busca de autoconhecimento. Nós os encontramos quando atingem o ponto mais baixo de suas vidas e precisam continuar vivendo, encontrar força interior para continuar nesta experiência, em que aprendem mais de si mesmos do que em qualquer outra situação. Acho que quando passamos por alguma dificuldade na vida, se não desistirmos, ela pode nos tornar mais fortes. Podemos aprender muito mais sobre nós mesmos. (...) Minhas protagonistas são, em sua maoria, femininas. São mulheres que precisam aprender quem são e o que querem antes de encontrar a felicidade novamente.
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O que eu destaquei me fez lembrar uma conversa que tive hoje com uma grande amiga. Tinha lido uma frase do Jung mais ou menos assim: "a neurose é um problema não resolvido", e comentamos sobre pessoas que, para fugirem de um problema, enfiam goela abaixo milhares de remédios de tarja preta. Não estou querendo dizer que não há casos em que isso seja necessário. Mas mesmo quando é necessário um remédio pesado (*), a pessoa não pode se eximir de superar, na alma, o tal problema. De resolver, de trabalhar o perdão, de mudar, de crescer. Aquela história de que o sofrimento engrandece a pessoa é balela; o certo é: depende da pessoa. Assim como a pessoa também não precisa passar por uma doença para crescer.
É por isso que gostei de ter lido esse comentário da Cecelia Ahern. E é por isso, também, que admiro pessoas e personagens que transcenderam mesmo com doenças ou sofrimentos na vida. Minha avó sempre fala: problemas todo mundo tem, mas não deve jogar esses problemas nos outros. De fato: quem joga seus problemas nos outros ou se aliena em remédios dopantes não cresce.
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(*) eu ainda acho que só em último caso.
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