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segunda-feira, setembro 05, 2011

PRA BRASILEIRO VER
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Passemos agora ao caso dos trustees: observamos o mesmo sistema. Os trustees se comprometem, mediante uma certa renda, a conservar um trecho de estrada em muito bom estado. Todo homem que perceber que eles não cumprem suas obrigações, pode acioná-los e fazer com que sejam condenados à multa. O grande júri, na falta dos particulares, pode exercer esse direito e muitas vezes o exercem.
P.(*) - Tudo isso é muito engenhoso. Todavia, creio que o sucesso de semelhante sistema só pode ser obtido com o passar do tempo e decorre em parte de hábitos e de um estado de civilização que ele não é o único a criar. Vossas paróquias são quase sempre habitadas por um certo número de particulares abastados que possuem cavalos e carro. A grande maioria da população nessas paróquias é bastante instruída para sentir a utilidade prática e o atrativo dos bons caminhos. Em semelhante paróquia, é natural que se esperem grandes resultados dos trabalhos do surveyor e que ele seja atacado de bom grado se não desempenhar muito bem e completamente sua tarefa. Não apenas o interesse particular é armado do poder de criar um bem geral, mas também tem a vontade de agir. A mesma observação é aplicável às grandes estradas.
Talvez, num país ainda pouco instruído, pouco rico, pouco desenvolvido, seria difícil obter o concurso que vos basta: a própria Inglaterra, há 80 anos, tinha, segundo dizem, estradas detestáveis. Reconheço, além disso, que, com o tempo, vosso sistema é infinitamente preferível ao nosso. Há, além disso, vantagens políticas que não tenho tempo de enumerar. (...)
(do livro VIAGEM À INGLATERRA E À IRLANDA, de Alexis de Tocqueville, em 1835!)
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(*) Aqui, é o Tocqueville se dirigindo ao seu entrevistado.
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