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domingo, outubro 23, 2011

DEPOIS DE FLORBELA ESPANCA, É A VEZ DO POETA GUILHERME DE ALMEIDA
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Depois de reler uns poemas de Florbela, fiquei com saudades de Guilherme. Então li um poema dele que me lembrou da história do casal de velhinhos americanos que morreu de mãos dadas (ver post do dia 21 de outubro de 2011). Vejam que lindo:
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LONGE DA VISTA
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Vou partir, vais ficar. "Longe da vista,

longe do coração" - diz o ditado.

Basta, porém, que o nosso amor exista,

para que eu parta e fiques sem cuidado.


Dentro em mim mesmo, o coração egoísta,

quanto mais longe, mais te quer ao lado;

tanto mais te ama, quanto mais te avista

e, antes de ver-te, já te havia amado.


Vou partir. Para longe? Para perto?

- Não sei: longe de ti tudo é deserto

e todas as distâncias são iguais.


Como eu quisera que, na despedida,

quando se unissem nossas mãos, querida,

nunca pudessem desunir-se mais!

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