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terça-feira, fevereiro 07, 2012

UMA, TRAGICÔMICA; OUTRA, COMOVENTE. NO MESMO DIA.
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Hoje, no salão de beleza, enquanto fazia a unha, duas histórias me chamaram a atenção: pelo tema em comum, mas pelos 'caminhos diversos'.
A primeira, foi contada por uma manicure. Ela foi ao enterro do marido de uma conhecida. Durante o velório, essa conhecida estava com um óculos escuros bem grande, vestia preto, e dava pra ver uma lágrima escorrendo pelo rosto. 
A manicure foi confortá-la e falou:
- Tenha força. Você vai ficar bem.
A viúva olhou para os lados e disse baixinho:
- Quê?!? Ainda bem que esse desgraçado morreu. Eu só tô fingindo que estou triste por causa da família dele.
A manicure ficou em estado de choque com a sinceridade, mas depois descobriu que o tal falecido espancava a mulher, saía pra gandaia, enfim, era um desgraçado mesmo.
Não preciso dizer que o salão inteiro se matou de rir com essa história.

Mas passou um tempo e, enquanto esperava meu esmalte secar, entrou uma senhora bem devagarinho, com bengala, e se sentou para pintar as unhas.
Do nada, ela começou a chorar. A dona do salão veio e lhe deu um abraço. Depois comentou:
- A senhora ainda está triste por causa do seu marido, né?!
A senhora só acenou a cabeça, concordando.
Então a dona do salão acrescentou:
- Foi mais de cinqüenta anos que a senhora viveu com ele...
E a senhora, entre lágrimas, corrigiu:
- Não vivi com ele; eu convivi com um homem muito bom. Não consigo parar de pensar nele...
Também não preciso dizer que, com essa história, o salão inteiro se comoveu, como eu me comovo agora só de lembrar a senhora sentindo essa saudade.
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