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quinta-feira, abril 19, 2012

BONS DIÁLOGOS 

O filme SABRINA, o antigo, estrelado por Audrey Hepburn e Humphrey Bogart traz, além do charme da atriz (*), bons diálogos. E isso é uma das coisas que mais gosto nos filmes antigos: os personagens são interessantes, brincam com as palavras, com os sentidos das frases, de forma inteligente e nada grosseira. Dá gosto prestar atenção nas conversas deles.
Em SABRINA, em especial, anotei alguns diálogos que, se não fazem tanto sentido assim, de forma solta, vocês verão que, no contexto do filme, viram protagonistas!

- "Ninguém está sozinho porque quer." (Sabrina, a personagem de Audrey Hepburn, fala isso para Linus Larrabee, personagem de Humphrey Bogart durante um passeio de barco. Linus é muito sério e nunca é visto com ninguém. Parece que só vive para o trabalho. Pois Sabrina desconfia que isso seja uma fuga.)

- "Paris não é para trocar de aviões. É para trocar de perspectiva." (Novamente, é Sabrina quem fala isso para Linus. Sabrina, como se sabe, morou um tempo em Paris e se transformou: voltou linda, elegante, segura de si. Linus diz que nunca foi a Paris; somente passou pelo aeroporto da Cidade Luz quando precisou trocar de vôo (**), em uma viagem a trabalho. Eu, particularmente, adorei essa frase. Dá até vontade de colocar em uma camiseta. Ainda não fui a Paris (lei da atração: "ainda não fui"!), mas também pretendo trocar de perspectiva quando for lá!

- "A democracia pode ser algo perverso e injusto. Nunca chamaram um pobre de democrata por se casar com um rico." (Essa frase é ótima e inteligente! É dita pelo pai de Sabrina, o chofer da família Larrabee. Imaginem o escândalo: a filha do chofer namorando o ricaço da família!)

Ou seja, como se não bastassem o charme de Audrey, os vestidos de Givenchy, o talento dos atores, a história simpática, ainda temos diálogos desse tipo, que prendem a nossa atenção e, como diria um amigo, respeitam a nossa inteligência. (Quer dizer, não ficam só no "what a f*#ck is that?"!)

(*) Audrey Hepburn fez vários filmes em que ela começa se vestindo mal e, de repente, aparece estonteante. É uma fórmula que deu certo. Também pudera: a gente (bem, nós, mulheres...) fica doida para ver seus figurinos elegantes. Parece que o filme não está completo enquanto ela não se exibe em um Givenchy!
(**) Velha regra gramatical, ora pois!

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OS BONS DIÁLOGOS E BOGART 

Escrevendo este post, me lembrei de um outro filme em que Humphrey Bogart atua e que, da mesma forma, tem ótimos diálogos. Alguém adivinha? Isso mesmo! CASABLANCA! Também é um filme excelente, desses que ficam melhor com o tempo e com o número de vezes a que você o assiste, mas que talvez não fosse tão bom se não tivesse os diálogos que tem. Sempre vai ressoar na cabeça o "Play it, Sam." e o "We'll always have Paris.". E só de ouvir isso, já nos lembramos de CASABLANCA! Mas há outras frases do filme que não saem da minha cabeça:

Rick, o personagem de Bogart, diz para o Inspetor o motivo de estar em Casablanca:
- I came here for the waters.
Ao que o Inspetor retruca:
- What waters? We're in the desert.
E Bogart, sem perder sua fleuma elegante, se faz de sonso:
- I was misinformed.
.
Outra frase interessante é quando Rick é questionando se está ajudando uns estrangeiros a fugir de Casablanca. Ele responde:
- I stick my neck out for nobody. (***)

(***) Já me imaginei falando essa frase algumas vezes. Cheguei a treinar em frente do espelho. Imaginem a moral (e o impacto!) que deve ser dizer "I stick my neck out for nobody". Ainda quero falar isso, com o mesmo tom de voz usado por Humphrey Bogart!




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