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quinta-feira, abril 12, 2012

PORQUE AMADURECER DÓI. MAS É ALGO EXTRAORDINÁRIO. (ou o contrário: Amadurecer é algo extraordinário, mas dói!)

Agora, William Deresiewicz conta sobre seu encontro com ORGULHO E PRECONCEITO, uma experiência bem diferente da do seu encontro com EMMA.
Primeiro, porque ele se apaixonou por Elizabeth (Ela era a personagem mais encantadora que eu já encontrara. Brilhante, inteligente, cheia de alegria e bom humor - o tipo de pessoa que faz a gente se sentir mais vivo só por estar perto dela.). Segundo, porque ele amadureceu (ou aprendeu o que é amadurecer) lendo o livro e chegou a sábias conclusões para a vida:

Amadurecer pode ser a coisa mais extraordinária que alguém faz na vida. (...) Estava habituado a pensar em amadurecimento em termos de ir para a faculdade e arranjar emprego: passar nas provas, ser entrevistado, acumular títulos, desenvolver os conhecimentos e as habilidades que nos tornam empregáveis - os termos nos quais meus pais (e todos, nesse caso) haviam me ensinado a pensar. (...)
Mas, como se verificou, Austen não via as coisas dessa maneira. Para ela, amadurecer nada tinha a ver com conhecimento ou habilidades, pois tem tudo a ver com caráter e comportamento. 

Mas Deresiewicz também percebe que amadurecer dói. Dói porque, muitas vezes, a maturidade surge dos nossos erros, ou melhor: da dor que sentimos por causa dos nossos erros. Mas temos que errar (o autor fala de como foi ruim o fato de o seu pai sempre ter tentado evitar que os filhos errassem na vida, fazendo de tudo para que os filhos nunca se decepcionassem, nem perdessem tempo se arriscando por caminhos desconhecidos) e temos que sentir a dor pelos nossos erros. Jane Austen mostra uma personagem que sofre por causa de seus erros - Elizabeth, quando se dá conta do julgamento errado que fizera (ela que sempre se orgulhara de seu discernimento...) - e contrapõe com outra personagem que erra pra caramba, e nunca se arrepende de nada - a irmã de Elizabeth: Lydia. Não é preciso muito esforço para decidir qual a nossa personagem-exemplo, né?!
O autor de APRENDI COM JANE AUSTEN... compartilha o que aprendeu com a digníssima:

Austen estava nos dizendo que é preciso coragem para admitir nossos erros, e ainda mais coragem para nos lembrarmos dele.
Como é tentador reescrever nossa história pessoal de um modo mais lisonjeiro, e como todos nós conhecemos alguém que experimenta um momento de autoconhecimento - após uma ruptura, um fracasso ou um pecado - para logo depois voltar a ser a mesma pessoa que sempre foi. Para Austen, maturação significa se recusar a esquecer. Para ela, humilhação é uma dádiva que continua presenteando. 


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