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terça-feira, setembro 04, 2012

AMAR A ROTINA...
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Quando uma pessoa próxima a mim teve que se operar de emergência, fazendo uma cirurgia bem delicada, no primeiro dia em que a visitei no hospital, ela, bastante emotiva, se lembrou de uma professora que tivera na faculdade e que sempre dizia aos alunos:
- Amem a rotina de vocês.
Essa pessoa hospitalizada se lembrou disso porque a cirurgia a pegou de surpresa: aparentemente, ela estava bem, cumprindo com suas obrigações diárias, seguindo a sua rotina um tanto frenética, e, de repente, foi parar no hospital, tendo que dar um freio prolongado à correria em que se encontrava. Ela se viu no hospital e ficou com saudades da sua rotina, mesmo sendo cansativa.

Não é fácil pensar como essa professora, mas dá o que refletir. Porque a gente ama "quebrar a rotina" quando essa "quebra" significa uma viagem gostosa, um almoço no restaurante famoso em um dia qualquer da semana (sem ter nenhum motivo para isso), uma ida inesperada à praia etc. Mas quando essa "quebra" lhe é imposta e o faz ficar "amarrado" num hospital, num trânsito ou em qualquer outra opção que a gente não quer ver nem pintada, daí fica fácil pensar em como a rotina é uma coisa boa.

Hoje de manhã, tendo que quebrar minha rotina para ir ao dentista, enquanto esperava para ser atendida, terminava o livro SEUS PONTOS FRACOS. O autor, o psicólogo Wayne W. Dyer, transcreve um trecho interessante que ele leu na revista Seleções. Copio aqui, pois resume o que escrevi sobre essa história de amar a rotina:
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Nada no mundo torna a felicidade mais inatingível do que o esforço de tentar encontrá-la. O historiador Will Durant descreveu como procurou a felicidade no saber, e encontrou apenas desilusão. Então procurou a felicidade nas viagens, e encontrou o enfado; na riqueza, e encontrou discórdia e preocupação. Procurou a felicidade em seus escritos e apenas ficou fatigado. Um dia, viu uma mulher esperando num automóvel pequenino, tendo nos braços uma criança que dormia. Um homem desceu de um trem, foi até ela e a beijou com gentileza e depois beijou o bebê, muito suavemente, de modo a não acordá-lo. A família afastou-se, deixando Durant com uma estupenda compreensão da verdadeira natureza da felicidade. Ele se descontraiu e descobriu que "cada função normal da vida contém alguma dose de delícia".
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