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quarta-feira, outubro 03, 2012

FUNGAR...NÃAAAAAAAAAAAAOOOOOOOO!
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Peguei minha primeira gripe do ano. A primeira! Estava me vangloriando que, até agora, não tinha pego nenhuma. Coisa rara, pois, geralmente, pego umas duas ou três. Mas este ano estava esnobando saúde. Fruto das vitaminas que ando tomando, certamente; abandono de vez da lactose, provavelmente.
Mas fui pega de surpresa e, agora, faço uma retrospectiva para saber como fui dar bobeira. Semana passada, as temperaturas caíram drasticamente. Peguei muito Vento Sul de manhã cedo e muito ar-condicionado na sala de aula do cursinho. Para completar, várias pessoas ao meu redor estavam gripadas. Ou seja, fui bombardeada!
Mas reflito um pouco mais e descubro que tudo isso junto não foi capaz de me derrubar. Meu íntimo sabe a resposta, sabe o porquê de eu estar com a garganta ruim e o nariz entupido. O motivo por eu ter pego a primeira gripe do ano foi... aquele rapaz que fungava! 
Façamos uma retrospectiva juntos.
Na semana em que caiu a temperatura, ventou Vento Sul e um monte de gente ao meu redor esteve gripada, eu fui ao cursinho. Passei uns quatro dias só driblando os vírus da gripe que vinham na minha direção. Era "olé" pra tudo quanto é lado. Mas, na quinta-feira, o garoto que funga há mais de um ano, se sentou ao meu lado. Parêntesis: há um contrato social velado na sala de aula (uma sala em que ninguém se fala) em que nós, alunos, acordamos que ninguém se senta ao lado do outro. É uma cadeira ocupada e a do lado vazia; uma ocupada e a do lado vazia. Então, em hipótese alguma, você deve se sentar ao lado de outra pessoa; precisa deixar uma cadeira vazia entre você e o colega com quem você nunca conversa. Fecha parêntesis. Pois aquele rapaz, completamente alheio ao acordo da sala, se sentou entre mim e uma outra garota. E começou a fungar. E a fungar forte. Muito forte. Cada fungada que ele dava, eu levava um susto e ficava enojada. Pensei mil vezes em oferecer um lencinho para ele assoar o nariz, mas me contive. E, nessa de me conter, senti, na hora, que fiquei doente. Pronto! Foi o que me deixou gripada! Não foi o frio, não foi o vento sul, não foram as pessoas gripadas ao meu redor. Foi o nojo que senti por cada fungada que o rapaz deu.
Da próxima vez, vou oferecer o lencinho.
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"Aconteceu uma terrível desgraça", recomeça o Nariz Escorrendo, que, diabos!, em vez de assoar, funga.
Essa não. Ele funga ruidosamente, devolvendo o vazamento nasal para o lugar de onde nunca saiu, e sou obrigada, pela rapidez da ação, a assistir às contrações febris de seu gogó a fim de facilitar a passagem do dito vazamento. É repugnante mas, sobretudo, desconcertante. (A ELEGÂNCIA DO OURIÇO, de Muriel Barbery)
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NO JAPÃO...
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Ouvi dizer que, no Japão, é falta de educação assoar o nariz em público. Então, pergunto aos meus botões: como eles fazem? Fungam?
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