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sexta-feira, fevereiro 22, 2013

RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA: ASSISTIR AO FILME O LADO BOM DA VIDA
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Cartaz do filme


















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Faz umas duas semanas, assisti ao filme AMOR com o Kiko. Esperava um drama, mas um drama bonito, em que dois velhinhos se cuidam e suportam juntos a doença da esposa. Acontece que o final desse filme é impactante: inesperado e chocante. Quando acabou o filme, ficou um silêncio sepulcral na sala do cinema. Detalhe: como era uma sessão cedo, depois do almoço, a sala estava cheia de idosos. A vontade que tive foi de, em nome do diretor, pedir desculpas a todos os velhinhos que presenciaram aquilo: Olha, foi mal aí. Não queríamos deixá-los tão deprimidos. Apesar de tudo e da velhice, a vida é bela etc etc.
Que as interpretações do filme AMOR são excelentes, isso não se nega. Mas um diretor deprimir os outros no meio da semana, puxa, isso não se faz...
Em compensação, ontem, Kiko e eu assistimos ao O LADO BOM DA VIDA. Desde o filme MELHOR É IMPOSSÍVEL (já vi umas quinhentas vezes!) (*), não via um filme com problemáticos-maluquinhos tão gostoso. E embora seja triste ver alguém com problemas psiquiátricos, o filme consegue passar leveza e esperança. É a esperança que cura os protagonistas (Patrick e Tiffany), assim como foi a esperança que curou Melvin, em MELHOR É IMPOSSÍVEL - e não é a esperança que nos cura a todos? 
Além da esperança, esse filme mostra que há algo que sempre dá um empurrãozinho: é a confiança que os outros nos depositam. Dizem que não é bom ficar dependendo de motivação alheia, que temos que buscá-la dentro de nós etc. Ok, está certo. Temos que ter um manancial de forças dentro de nós suficiente para nos levar adiante. Porém, quando estamos na pior, poder contar com o apoio de outros sempre ajuda, seja você bipolar, portador de TOC ou não. Se Melvin, Patrick e Tiffany não tivessem pessoas que os vissem além de seus problemas, dificilmente eles teriam melhorado.
Por isso, O LADO BOM DA VIDA mostra que, muitas vezes, se curar é uma questão de encontrar o caminho certo, as atividades certas, as pessoas certas. Encontrar "os seus" e se deixar surpreender pelas coisas boas que a vida tem a oferecer. Porque há dificuldades e há também o lado bom da vida.
Acabou o filme e o cinema inteiro estava alegre pelas ótimas gargalhadas que o filme proporciona. Todos saíram mais alegres e esperançosos. Até eu saí com esperanças de voltar a fazer dança de salão com o Kiko. É que, por causa de umas cenas de dança, ele comentou: "(até) dá vontade de dançar". Obviamente, gravei essa afirmação (sem o "até"), registrei em cartório e vocês, leitores, são minhas testemunhas. 
Kiko não me escapa mais!

(*) Aliás, vejam o primeiro post do Desanuviando, no dia 23 de maio de 2003. Aqui.
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