<$BlogRSDURL$>

quarta-feira, março 06, 2013

O QUE SE FAZ COM A VIDA QUE TEM  E O QUE APRENDEMOS COM A VIDA DOS OUTROS
.
Quando o mundo soube que o presidente Hugo Chávez estava com câncer, ouvi algumas pessoas dizerem:
- Tomara que morra logo. Ele só faz mal ao mundo.
Agora ele morreu, mas, vendo as imagens pela televisão, acho que o mal que ele fez continua por aí; não morreu junto com ele. É só ver aquele povo sofrido, chorando como se o indivíduo fosse a reencarnação de Jesus Cristo.
Não entendo como há pessoas que olham para um político e enxergam um santo. Muita ignorância? Muita falta de educação? Eu acho que é isso tudo e mais uma coisa: falta de Fé (a autêntica), pois como dizia Chesterton: "quando um homem não acredita em Deus, não é que não acredite mais em nada - é que ele acredita em qualquer coisa". E, no caso, "qualquer coisa" pode ser até um ditador.
Mas também acho ingênuo acreditar que a morte de uma pessoa ruim signifique a morte de suas maldades. Nessa hora, me lembro do encontro do jovem Karol Wojtyla com um senhor desconhecido que lhe fala de São João da Cruz pela primeira vez. Aparece no filme KAROL - O HOMEM QUE SE TORNOU PAPA. Para contextualizar: os nazistas estavam deixando a Polônia. Os poloneses vibravam com a notícia. No lugar dos nazistas, vinham os comunistas. O povo, ingenuamente, estava esperançoso. O tal senhor diz ao jovem que se tornaria papa algo mais ou menos assim: o mal, se não for destruído pelo Amor, se consome a si mesmo e renasce com outro nome. Foi o que aconteceu com a Polônia. É o que acontece com a morte de qualquer político ruim ("político ruim", infelizmente, anda redundante): ele morre, mas suas maldades já estão aí, se perpetuando, e um outro "iluminado" aparece para continuar o papel de desorientar um povo inteiro. 
Além disso, não costumo desejar que um político morra, pelo simples fato de que a morte, para um político, costuma ser a melhor coisa que pode lhe acontecer: era o que faltava para sua canonização. 
Aliás, não só para o político. Para alguns, a morte era o que faltava para ser eternizado como um ser iluminado que veio à Terra com uma mensagem divina. Assim, políticos viram santos e cantores muito xexelentos (e tão problemáticos) viram, oh!, poetas.
Respeitar a pessoa que morreu por ser um ser humano, por ter uma família, tudo bem. Mas presenteá-la com qualidades que não tinha é falta de respeito com milhares de pessoas que silenciosamente se esforçam por se melhorar, por se corrigir, por aprender; pessoas que burilam sua personalidade diariamente, que se humilham e se engrandecem, erram mas se arrependem, sem que nenhum holofote testemunhe isso. Pior: muitas vezes, sem nem a gente se dar conta de que existem esses indivíduos realmente nobres, independentemente da classe social, da cor, do credo, da profissão.
O que leva algumas pessoas a levarem a vida de forma tão deprimente, seja fazendo o mal a outras ou fazendo o mal a si mesma, não sei explicar, mas quando há exemplos de indivíduos que conseguem fazer da sua existência uma mensagem de beleza, de bondade, de superação, de luz, devemos prestar atenção. Estes, sim, têm muito a nos inspirar.
É o caso, por exemplo, de um médico norte-americano chamado Benjamin Carson. Sua vida foi retratada em um filme pouco conhecido, chamado MÃOS TALENTOSAS. Vale muito a pena assistir. Carson é o modelo de alguém que superou tudo o que havia de negativo em sua vida (e por estar vivo, certamente, ainda está corrigindo fraquezas que só não podemos mais corrigir quando "a indesejada das gentes" chega): as dificuldades financeiras e familiares, o mau gênio da adolescência, as más influências de amigos, as inseguranças amorosa e profissional etc etc.
Me lembrei desse filme ao saber das últimas mortes noticiadas e por ter recebido este vídeo, cujo palestrante é...o próprio médico Benjamin Carson! Se vocês, como eu, têm sede de histórias e pessoas bonitas (de caráter bonito, alma bonita), então, vejam o filme MÃOS TALENTOSAS e o vídeo que posto a seguir:
.


.
Comments:

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Site Meter